Esta época, por mais fotos bonitas que se tirem às bancadas, por mais publicações sorridentes que se façam nas redes sociais, por mais tentativas de mostrar uma falsa normalidade, é uma época profundamente negativa. Olhar para o que o Rio Ave Clube se tornou — ou melhor dizendo, para o que a sua SAD se tornou — entristece qualquer verdadeiro Rioavista.
A época começou com alguém ao leme que foi quase impingido por quem dirigia o clube na altura, através de uma renovação de contrato ridícula, feita meses antes do início das negociações para a conversão da SAD sem que esta consultasse o investidor. Um ato apressado e intencional que terá levado à SAD a permitir que o mesmo começasse a época. Um erro.
Luís Freire foi dispensado, e, já a meio de uma temporada e sem grande mercado disponível, contratou-se um treinador conhecido apenas por segurar equipas na Primeira Liga — sem grande qualidade de jogo, sem identidade, sem ambição. Mas acima de tudo, apenas para acabar a época, sem qualquer visão futura e de continuidade.
A equipa tornou-se numa verdadeira máquina de lavar roupa: entra quem o investidor quer, sai quem este não quer — muitas vezes de forma lamentável e desrespeitosa. Deixámos de ver uma equipa, uma estrutura, uma família. Hoje, assistimos a um desfile de interesses.
A ligação aos adeptos desapareceu. As decisões que foram tomadas alienaram quem verdadeiramente sente o Rio Ave.
Há um conjunto de pessoas — alguns que nem sequer são sócios do clube — que conseguem pacotes de deslocação mais atrativos do que aqueles que sempre pagaram quotas, bilhetes e viagens com sacrifício e que aconteça o que acontecer, sem eu entender porquê, acabam sempre a bater palmas.
Há um conjunto de pessoas — alguns que nem sequer são sócios do clube — que conseguem pacotes de deslocação mais atrativos do que aqueles que sempre pagaram quotas, bilhetes e viagens com sacrifício e que aconteça o que acontecer, sem eu entender porquê, acabam sempre a bater palmas.
Esta é a nova realidade.
Uma realidade onde até adeptos-ícones, pessoas que em tempos foram escolhidas para representar o clube na SportTV, hoje são silenciadas na bancada.
Uma realidade onde até adeptos-ícones, pessoas que em tempos foram escolhidas para representar o clube na SportTV, hoje são silenciadas na bancada.
Uma realidade onde olhamos para o banco e vemos jogadores sem ligação ao Rio Ave, sem amor à camisola, a fazerem frete à espera do próximo clube.
Esta é a nova realidade.
Uma realidade onde nem os membros da administração da SAD sentem necessidade de acompanhar a equipa em todos os jogos. Seja por destituição ou férias.
Uma realidade onde nem os membros da administração da SAD sentem necessidade de acompanhar a equipa em todos os jogos. Seja por destituição ou férias.
Esta é a nova realidade.
Uma SAD sem identidade, sem paixão e sem respeito por quem construiu o que hoje tentam transformar num negócio frio e distante.
Uma SAD sem identidade, sem paixão e sem respeito por quem construiu o que hoje tentam transformar num negócio frio e distante.
Que a próxima temporada pelo menos seja de mudança