O Rio Ave defronta amanhã o Sporting, no segundo jogo das meias-finais da Taça de Portugal, e apesar da importância do que vai acontecer dentro de campo, há um tema fora das quatro linhas que merece ser falado.
Na semana passada, o clube anunciou a venda dos bilhetes para esta partida. No entanto, algo saltou de imediato à vista: a comunicação inicial referia a venda de bilhetes para o “público geral” na bancada central — a mesma onde costumam estar os sócios e adeptos do Rio Ave. Rapidamente surgiram dúvidas entre os nossos sócios: estaria o clube a abrir a bancada central a adeptos do Sporting? Iriam os dois conjuntos de adeptos ser misturados?
Confesso que, na altura, pensei tratar-se apenas de um erro de comunicação, sobretudo tendo em conta que o clube apressou a venda de bilhetes depois do que aqui foi escrito.
Contudo, nos últimos dias, dois amigos meus, sportinguistas, enviaram-me mensagens retiradas de fóruns leoninos onde se debatia uma “solução criativa e barata” para garantir bilhete: tornar-se sócio do Rio Ave e assim ter acesso à compra de ingressos através da loja do clube ou mesmo online.
Para lém disso, que em jogos como este, há sócios que emprestam os seus cartões a familiares ou amigos de outros clubes para que possam assistir à partida, algo que tende a aumentar nesta fase em que jogamos “fora de casa”, em Paços de Ferreira.
A pergunta impõe-se: teremos uma bancada central cheia de adeptos do Sporting — ainda que disfarçados, sem adereços visíveis — no setor onde deveriam estar os nossos?
É certo que o clube não pode controlar tudo, nem todos os comportamentos individuais. Mas há uma coisa que tem de ser assegurada: a segurança e o bem-estar dos seus sócios e adeptos. Espero que haja um reforço a nível de segurança.
Que amanhã, em Paços, quem lá estiver a vestir verde e branco… seja mesmo pelo Rio Ave.