A Descida Mais Perto do Que Parece

Perdemos.
Perdemos bem e maioritariamente por culpa própria.

O árbitro condicionou de novo? Claramente que sim. 4 faltas à entrada da área por marcar, amarelos que saem com mais facilidade para o Rio Ave do que para o Aves e faltas a meio campo só para um lado.

Se o que Daniel Ramos disse no final do jogo, sobre o reparo que o árbitro lhe fez, por ter comentado a sua actuação num outro jogo anterior, então isso deve ser motivo de queixa pelo Rio Ave FC. Chama-se perseguição.

1º golo: estupidez do Rio Ave. Afonso Figueiredo está de costas. Acredito que Leo lhe tenha dito para "deixar". Mas quando se diz para deixar tem de se ter a certeza que se chega primeiro à bola. Assumindo que assim foi: o erro é de Leo. Contudo, um defesa experiente ali chutava a bola...

A questão é: a culpa aqui é do treinador? Com Mourinho, Jesus, Lage, Conceição, Ancelotti ou com Guardiola, ... Leo e Figueiredo entenderiam-se? Não creio.


2º golo. Estavamos com 10 por não estar lá Semedo. Desorientados e desorganizados: levamos um golo no contra-ataque. Má adaptação da equipa aquela circunstância e golo. Culpa do treinador? Parcialmente sim... mas exige-se que dentro do campo quem lá anda tenha a noção de que com 10 é preciso alguém fazer a posição. Ninguém a fez.

Contudo, o Aves fez esses 2 golos, mas podia ter feito mais. Se marcássemos primeiro seria diferente? Seria e os 2 treinadores assumiram isso na flash. Mas íamos marcar primeiro como? Tivemos alguma oportunidade de golo? Não. E o Aves sim. Antes de marcar teve duas. E entre o primeiro e o segundo golo outras duas. E mais uma após o 0-2.
E aqui entra a responsabilidade do treinador, principalmente após 15 dias para trabalhar a equipa.
Eu vejo princípios no jogo, vejo movimentações e triangulações no meio campo... mas depois não vejo criação de jogadas que me digam que são claras de golo.
Será porque não tem os jogadores que quer para trabalhar? Será que o mataram com a saída de Vinícius? Não sei. Sinceramente não sei.

Agora, sei que temos de ser coerentes...
Não se pode numa semana dizer que Daniel Ramos é um treinador de equipa pequena porque joga no contra-ataque e depois dizer que quando ele tem bola, o melhor era jogar no contra-ataque porque temos jogadores rápidos, e com muita bola não criámos oportunidades...
Mesmo frustrados, tristes e desesperados... temos de ser coerentes...

Mais... neste contexto, não adianta nada massacrar. Remar todos para o mesmo lado pode não chegar. Se andarmos desencontrados do treinador e dos jogadores será praticamente impossível.

Posto isto, 7 jogos para o final, dos quais 6 contra equipas dos primeiros 7 classificados.
O outro jogo é em Setúbal.
21 pontos em disputa. Se me perguntarem se acho que vamos fazer mais ou menos que metade dos ponto, eu queria dizer mais... mas racionalmente tenho de dizer menos. Acho que faremos 3 ou 4 pontos... E isso implica ou morrer na praia ou... sobreviver na praia... porque vai ser ali no limiar da linha de água.
36 pontos podem não chegar...
E das 18 equipas temos o calendário mais difícil até final do campeonato.
Há que acreditar... Há que ter fé...
Mas sinceramente neste momento... não tenho muita.
Vejo uma descida a pique para o fundo do poço... e o poço pode não ter fim.

PS1: Nos jogos contra o Benfica e o Porto... gostava de ver as bancadas como vi hoje. Verde de um lado... e apenas com os bilhetes obrigatoriamente cedidos para o outro lado...

PS2: Nuno e Dala voltaram. Saúdo. E espero que possam ser jokers.

(derrota por 2-0 com o Aves) Vai mudar alguma coisa?

1) O Rio Ave jogou o que tem jogado noutros jogos, sobretudo nos mais recentes: pouco e mal. Quase não cria perigo e não marca. Precisamos de um novo estilo de jogo (com extremos, em 4-3-3?)

2) Se cada jogador que joga para trás pagasse multa, era uma poupança em ordenados... Precisamos de uma nova atitude;

3) Há jogadores que bateram no fundo ao nível da confiança (Jambor, Diego, Bruno Moreira, Galeno, por exemplo); Precisamos de muito mais confiança e de uma mudança psicológica;

4) Houve erros de arbitragem? Há sempre (curiosamente na grande penalidade reclamada na segunda parte, nenhum dos jogadores pressionou o árbitro para se pedir o VAR). O Rio Ave perdeu pelo árbitro? Não. No final o treinador pediu mais respeito. Temos tido razões de queixa em muitos jogos mas se não há que se possa fazer, acho que precisamos de nos libertar das arbitragens e olharmos apenas para nós;

Vai ficar tudo na mesma ou vai mudar alguma coisa?

O Fábio e o Coentrão (ATUAL)

"Jambor e Fabio Coentrão trabalharam também no período da tarde por se encontrarem ausentes durante a manhã, devidamente autorizados, por motivos pessoais" (site, 26/3/2019)

"Coentrão aproveitou a paragem no campeonato para passar alguns dias na ilha, onde jogou ao serviço do Nacional, e tinha viagem marcada para regressar na terça-feira, mas acabou por não conseguiu viajar e apenas esta quinta-feira deverá retomar os trabalhos com o plantel vila-condense" (O Jogo, 28/3/19)

atualizado a 31/3:  Fábio Coentrão saiu lesionado do jogo frente ao CD Nacional e esteve a cumprir o período de recuperação, pelo que não entrará nas contas para o jogo deste domingo, disse Daniel Ramos.

Apenas um lesionado

Esta não foi só a época em que mais decisões de arbitragens nos foram desfavoráveis.
É também a época com mais lesões de que tenho memória (ainda por cima, lesões graves, como as de Nuno Santos, Joca, Makaridze, ou prolongadas, como as de Dala ou Borektovic).
Por isso dizer que nesta altura há apenas um jogador a contas com uma lesão (Nelson Monte,  recuperando da cirurgia ao tornozelo, mas já a fazer trabalho no ginásio) é algo nunca visto.
Daniel Ramos tem nesta altura 28 jogadores à disposição, ainda que alguns estejam ainda a recuperar a forma física (tenho grandes esperanças em Dala para os últimos 7 jogos do campeonato).
Um Rio Ave na máxima força para domingo?

A nova época começa segunda-feira

O Rio Ave vai ganhar ao Aves (já agora, com uma boa exibição) e os 3 pontos garantem a manutenção.
A partir daí começa a preparação da próxima época.
Uma nova época que todos queremos que comece o mais depressa possível, para fazer esquecer esta.
Haverá renovações, dispensas e contratações.
Haverá - espero - promoções da equipa sub23 (nomes mais óbvios: Costinha, Tiago André, Kelechi, Vitó, Diogo Teixeira).
Quanto ao treinador, uma preocupação: depois do que nos aconteceu nesta época (e na anterior), o nome escolhido, qualquer que seja *, deve ter uma cláusula de rescisão mais pesada (em simultãneo com objetivos pontuais bem definidos). Será possível?

* Daniel Ramos assinou contrato até ao final desta época, com mais uma de opção

Eleições - notas finais

1) O texto ontem publicado despertou muito interesse (foi visto 400 vezes, mesmo sendo um domingo), o que nos diz que o tema tem atualidade entre os Rioavistas;
2) Vale o que vale, mas apenas um dos comentadores no Facebook se manifestou contra ASC. Isto significa que o apreço global pelo trabalho da Direção se mantém em alta mas também que quem está a preparar candidaturas ainda acha cedo para aparecer;
3) Mais importante: vários comentadores partilham da ideia de que ASC está a cometer alguns erros que poderia, com maior ou menor facilidade, corrigir. Que o Presidente entenda este nosso contributo é o que esperamos. 

Falar de eleições a um ano e 8 meses?

Há cada vez mais rumores sobre candidatos e listas às eleições do Rio Ave FC, em novembro de 2020.
Sobre o assunto escrevi esta semana este texto no Terras do Ave, que podem ler abaixo.
Mas deixo desde já duas ideias:
- Quem vier para servir o Clube é bem vindo e discutir - com elevação - a realidade do Rio Ave só nos beneficia;
- Mas eu não esqueço o que ASC fez pelo nosso Clube nestes 10 anos. Se se recandidatar e mantiver a mesma ambição terá, à partida, o meu apoio (julgar 10 anos por uma época que está a ser em muitos aspetos infeliz não faz parte da minha forma de estar).

Futsal: vitória incrível

O Rio Ave ganhou 4-2 ao Quinta de Lombos num jogo difícil de descrever.
Ao intervalo a nossa equipa perdia 2-0, resultado da maior qualidade do adversário mas também de alguma falta de intensidade e desacerto do Rio Ave.
No recomeço, Renato Pontes veio trazer a agressividade que faltava e o Rio Ave empatou 2-2.
A partir daí, e quando o Rio Ave se preparava para jogar com o guarda-redes avançado, em busca da vitória, acontece o inesperado: o adversário começa a cometer erros disciplinares, que resultam em livres diretos e grandes penalidades e em expulsões (boa arbitragem, refira-se). No entanto, é justo dizer que o Rio Ave dominou a segunda parte por completo e chegou a 'abafar' o Quinta de Lobos, justificando assim a vitória.
A equipa continua em último mas matematicamente nada está decidido. Ainda assim, faltam apenas 3 jornadas e Benfica e Sporting são os últimos adversários.

PS - não faltou apoio, sobretudo da claque. A equipa soube agradecer.

Nuno Santos regressou e já marcou!

Excelente notícia, quase 8 meses depois.
Hoje num jogo-treino com os sub23.

Confirmado: Leo é jogador do Rio Ave e tem 4 anos de contrato

O Jogo de hoje:

Grande entrevista:

Vendas novas

Há jogadores com valor no plantel do Rio Ave.
Assim, de memória, Coentrão, Monte, Filipe Augusto, Jambor, Borevkovic, Diego Lopes (para referir os que não são emprestados e apenas aqueles que têm jogado). E Leo.
Pelas mais variadas razões, parece lógico que o Rio Ave faça apenas uma venda no final da época: o guarda-redes.
Ontem já se falou no assunto, mas hoje o Record acrescenta que Benfica, FC Porto e Braga também estão interessados no jogador. Mesmo que seja especulação, sempre serve para valorizar a posição de quem vende.
Neste contexto parece absurdo pensar numa venda de 3 milhões.
Se assim for, e não estivermos aflitos de massas, mais vale esperar um época e conseguir o dobro ou triplo.

Sporting interessado em Leo (ATUAL.)

3 milhões (o Rio Ave terá pago um milhão pelo jogador).
Pelo que diz o Record, o Grémio ainda tem uma parte do passe do jogador.
Sporting quer mandar jogadores para a troca. Dala?

(ATualizado  a 21/3: pelos vistos não é só o Sporting...)

Lateral Direito... Quem?

Para o jogo com o Desportivo das Aves, Nadjack, o nosso lateral direito mais utilizado e a quem tenho tecido mais críticas do que elogios desde que o vi jogar pela primeira vez quando cá chegou em 2016, está castigado.
Quem jogará?

1- Júnio é o substituto natural, tendo feito um jogo horrível pelos sub-23 esta semana... e tem a desculpa de não estar entrosado. Ok. Mas não nos esquecemos do inicio de época tenebroso que apresentou. Apesar de achar que será a primeira opção do treinador, para mim nem a última seria.

2- A segunda opção do treinador para substituir o 2 e por já ter tentado apresentar esse jogador na posição este ano incluindo-o num 11 onde acabou por se lesionar no aquecimento, mas também por já ter ocupado o lugar pontualmente com Pedro Martins e Luis Castro seria Nelson Monte. Está lesionado: não é opção.

3- Um jogador que numa situação de recurso, após uma expulsão de Júnio fez o lugar e que também o fez pontualmente no Real Madrid é Fábio Coentrão. Contudo, contra o Nacional saiu lesionado. A paragem para as selecções pode dar-lhe tempo para recuperar, mas está tão bem no lado esquerdo que eu não mexia. Mexer num lado já vai ser mau... mexer nos 2 para mim é pior.

4- Os outros laterais do plantel são esquerdos. Matheus e Figueiredo. Se Fábio jogar à direita, Matheus jogará na esquerda... mas e porque não Matheus na direita? Ou se o treinador achar que se adapta melhor... porque não A. Figueiredo jogar no lado contrário ao seu? São laterais... e se vemos tantos laterais direitos a jogar bem dos 2 lados... um lateral esquerdo também poderá cumprir à direita.

5- A solução que eu preferia parece que não é solução. Costinha. Excelente época nos sub23... mas está na seleção de sub19. Creio que os sub19 ficarão até mais tarde que os AA e sub 20... mas mesmo que não fiquem, já percebemos que jogadores da formação não são opção e já nem vale a pena pensarmos nisso.

6- Enquadrando no ponto 2 uma opção natural seria pôr um central lá. Muitos treinadores o fazem em recurso. São defesas por natureza e sabem defender... ou deveriam... Buatu? Ficava muito agradecido ao angolano, apreciaria a sua disponibilidade, contudo, por favor, obrigado... mas não. A ser um central prefiro Bore e é quem eu acredito que o treinador vá colocar se não for Junio e não quiser mexer em Coentrão. 

7- Um médio? Pedro Moreira jogou o ano passado a lateral num jogo em que estavamos com muitas lesões e castigos... creio ter sido em Portimão. Este ano quem seria? Leandrinho? Se não é seguro na sua posição faço ideia fora dela... Tarantini? por toda a experiência que tem e por cumprir bem tacticamente em qualquer lugar porque tem um conhecimento enorme do jogo seria algo a ponderar. Mas teria a capacidade de subir e a velocidade mínima necessária para compensar a falta de rotina no lugar? Não creio.

8- Colocar um extremo como aconteceu um dia com Coentrão e que durou para a vida toda, ou como já aconteceu noutros anos em situações de recurso e a precisar de ganhar por exemplo com Ukra e até numa situação de desespero mais recente com Gabrielzinho... Ora bem, quanto a este estou como relativamente a Leandrinho... se já na posição deles é o que é... faço ideia numa outra... ou talvez eu não perceba nada disto e possa ser Gabrielzinho o Cafu dos Arcos (o brasileiro ex-AC Milan e bicampeão do mundo e não aquele banal que passou pelo Boavista).

Há muitas opções para o lugar. E quando assim é das duas uma... Ou temos uma equipa de craques e todos sabem jogar em todo o lado e portanto são opções válidas... ou a insegurança e falta de confiança nos jogadores é tão grande que quando se olha para a equipa nem se sabe quem deva jogar porque não sabemos qual deles é o menos inválido... Infelizmente estamos claramente perante a segunda.
Não falo nos outros porque se alguns destes já têm pouca lógica... os outros não teriam lógica nenhuma... 

Contudo...,

Daniel Ramos mostrou já que por vezes gosta de "inovar" seja taticamente, seja estrategicamente ou até nas posições dos jogadores ... Pois bem destas todas em cima... E repito, não havendo Costinha, seja lá porque razão for, eu apostaria diferente: um jogador que assumo ter criticado a sua contratação quando olhei para um avançado que tinha marcado 1 golo em 23 jogos no Brasil - Carlos Junior.
E Porquê? Tem uma disponibilidade e uma compromisso de equipa incrível, é esforçado, entra bem quando está no banco, lê bem o jogo, apoia o lateral quando está na ala e não sendo um portento técnico é no trabalho que está o seu grande ponto positivo. Tacticamente muito disciplinado. Teria também grande projecção ofensiva… e vamos jogar contra uma equipa de quem temos de descolar rapidamente.
Quase só faltou falar em Paulo Vítor... mas acho que não estamos mal a esse ponto.

EU QUERO IR PARA A ILHA

Açores e Madeira: obrigado. 3 jogos = 3 vitórias.

Ganhamos, jogando muito mal, sendo muito fracos, mas ganhamos.

E o que era preciso era ganhar. Portanto: ida à Madeira – objectivo cumprido.

Fizemos um jogo muito mau, principalmente na segunda parte. Pouco ataque organizado, mas muito trabalho defensivo e muito dele eficaz – algo que era um grande problema e que embora continue a sê-lo, melhorou bastante.

Depois os destaques individuais.

Temos o melhor guarda-redes da Liga NOS entre os postes, a par de Casillas. Para mim Leo nesse aspecto é fabuloso. Tem de trabalhar saídas a cruzamento, melhorar abordagem em remates de longa distância e aperfeiçoar o trabalho de pés, mas no um-para-um com o avançado e na reacção a remates à queima é de facto um génio.

Nadjack mantem as debilidades defensivas, mas parece-me mais agressivo e isso atrapalha o oponente. Estes centrais são muito melhores em todos os aspectos que os que vinham a jogar. Coentrão a lateral é ter um dos 3 melhores laterais esquerdos do campeonato: melhor só Grimaldo e Alex Teles.

Depois vem o problema da segunda volta: o meio campo. Não tem havido estabilidade. Expulsões, acumulações de amarelos e lesões. Leandrinho é esforçado, aprecio o profissionalismo, comprometido, mas não tem qualidade para o Rio Ave FC. Jambor está em baixo de forma, mas tem uma visão de jogo e qualidades técnicas inegáveis. A grande questão será: qual a sua posição? 6 puro, 8, não consegue jogar em duplo pivot? A trabalhar… e definir.  Diego ainda é aquele que consegue pautar o jogo e dar-nos algum critério ofensivo. Esteve bem, como costuma estar quando está disponível para jogar. De referir que no final do jogo, depois de vir de 2 jogos de castigo por ter sido expulso no final de um jogo, no final deste já estava novamente metido num sururu. Já tem idade para ter juízo.

Ataque: Galeno em baixo de forma há muito tempo. Murilo muito trapalhão e perdido. Ronan fez o que tinha a fazer, com sorte, mas fez. Contudo, seja Ronan, seja Bruno, sejam os 2: Vinícius tinha outro nível… e o José Fonte que diga o diga (Vinícius brincou com um central campeão da Europa este fim-de-semana).

Posto isto, com 11, jogamos mal mas ganhamos. E mais que isso: voltamos a marcar primeiro e com 11, conseguimos segurar a vantagem. Como tal, ter 11 é muito diferente de ter 10, porque a equipa recua, mas fica lá na frente 1. E esse 1 segura 2 adversários, o que com 10 não é possível. Noutros tempos não segurávamos vantagens, nem com 10 nem com 11. Portanto, tivemos bola na primeira parte até fazer o golo. Depois demos a bola ao adversário e fomos eficazes a defender. Sendo que Leandrinho não é Busquets nem Fernandinho, Jambor não é Rakitic, nem Matuidi nem muito menos de Bruyne e Diego tendo um 10 nas costas não é Dybala nem muito menos Messi, fez-se o que haveria para fazer. Segurar. Mas sendo mais realistas: Leandrinho não é Pelé, Jambor  (vai ser melhor mais ainda) não é Novais e Diego (tem potencial para, mas) não é Geraldes (o do ano passado e não a múmia que anda este ano por Alvalade).

Com isto quero dizer que prefiro ganhar e jogar mal, principalmente nesta fase, do que carregar e massacrar e empatar ou perder. Porquê? Porque jogar bem e ganhar é para Barcelona, Juventus, Bayern, City ou internamente Benfica e Porto. Os outros ganham como podem.

Daniel Ramos deu estabilidade defensiva à equipa. O futebol é feio mas o que conta são as que entram. Eu não sou a favor de que se defenda um treinador por ser vila-condense. Mas também não sou a favor que se massacre ou que se exija mais do que a outros simplesmente por sê-lo.

É óbvio que 13 pontos em 11 jogos é mau para aquilo que vinha sendo o nosso hábito. Mas para aquilo que as arbitragens nos têm feito parece-me o possível.

Objetivo cumprido

O Rio Ave FC transpôs um obstáculo que se previa difícil e foi-o.

Nem sempre foi bem jogado, é certo, mas houve entrega total.

Sofreu e todos nós sofremos, mas no fim conseguiu a vitória que era o mais importante.

A oito jornadas do fim alcançaram-se trinta e dois pontos. 

O objetivo da jornada, ganhar para se inverter a onda menos positiva que estavamos a passar, foi cumprido.

Aproximam-se jornadas com grau de dificuldade mais elevada, mas jogando-se com tranquilidade, teremos uma palavra a dizer e poderemos vir a ser decisivos para definir o campeão da presente época. 

O que por vezes parece impossível, com trabalho, dedicação, humildade e reconhecimento das capacidades que em cada momento se tem, torna tudo mais fácil.

No período que se avizinha muita tinta vai correr, muita verdade vai ser dita, muitas invenções vão ser criadas. Já todos estamos habituados. Saibamos separar o trigo do joio.

O Rio Ave merece o respeito de todos, dos adversários, das equipas de arbitragem, dos sócios e dos adeptos do futebol.

Saibamos fazer-nos respeitar.

26j - Nacional: 3 pontos são 3 pontos

A equipa parece não ser capaz nesta altura de dar mais do que aquilo que deu ontem. Tem capacidade para mais, mas não consegue. As aflições defensivas entram na ementa como prato do dia em cada jogo que fazemos como se não houvesse mais nada para comer. Custa ver tanta incapacidade, tanta tremura nas pernas na hora de defender e tanta indecisão, falta de arrojo e de confiança na hora de pegar no jogo. A equipa super-controladora que queria comandar o jogo desde a sua área até à área adversária é só uma memória, um fantasma, uma alma penada que nos assombra. Agora chega a haver momentos em que parecemos contentes por não termos a bola na posse do adversário junto da nossa área.

foto: desporto.sapo.pt

Como se perde uma identidade em 26 jogos? Como se passa da ilusão de morder calcanhares aos 4 primeiros, aos super-orçamentos desta Liga a termos de olhar para quem está abaixo de nós com ar de desconfiança e receio que nos passem à frente?

Eu não gosto de ver este Rio Ave a jogar. Causa-me arrepios, sobressaltos, custa-me as unhas e cria-me úlceras nervosas. Eu já não estava habituado a ter um critério tão largo para aceitar vitórias, sejam elas como forem, aconteçam como acontecerem. O nosso nível de exigência subiu os resultados das épocas anteriores e subiu acompanhando os orçamentos. Estou satisfeito por termos ganho, mas até parece que tenho de me convencer que estou contente com a vitória.

Há muitas reflexões que podem já se ir fazendo. Acredito que quem está nos comandos do clube já tenha um caderno de apontamentos bem carregado. A época que ainda decorre tem-nos dados muitos ensinamentos, alguns penosos mas costuma ser com os penosos que se aprende alguma coisa.

Rio Ave ganha 0-1 no Nacional. Os deuses estiveram connosco

O pior jogos da época? Provavelmente.
Em 99 minutos o Rio Ave fez 4 remates à baliza.
Esta época já fizemos jogos melhores com 10 do que hoje.
Mas também já perdemos pontos em jogos em que mereciamos ganhar ou empatar.
Futebol também é isto.

O que é muito preocupante - e acho Daniel Ramos o primeiro responsável - é a má qualidade do nosso futebol.
Hoje correu tudo bem (exceto as saídas por lesão de Murilo e sobretudo Coentrão, que estava a ser dos melhores). Mas infelizmente não vai ser sempre assim.
Leo, mais uma vez, decisivo,

Vitó - alô Rio Ave!

A escolha de Vitó como melhor jogador da Liga Revelação só surpreende porque, na corrida, estavam jogadores de Benfica, Sporting ou Braga.
Para os que, como eu, há muitos anos acompanham o seu percurso, isto só confirma o que sabíamos.
Que os responsáveis do Rio Ave FC percam, de uma vez por todas, a vergonha (ou o medo) de apostar em jovens valorosos da formação.

PS - a ausência de Tiago André da lista de nomeados é uma profunda ijustiça.

As escolhas de DR para o ataque

Só a defesa do Rio Ave está estabilizada - esperemos que não haja mais lesões [embore me custe ver Coentrão amarrado à linha lateral quando a equipa precisa de raça e criatividade].
No meio campo o treinador tem sido obrigado a fazer tantas alterações que, contado, ninguém acredita (amanhã, frente ao Nacional, sem Tarantini e Filipe Augusto, devem regressar Jambor e Diego Lopes).
Mas no ataque não tem havido cartões e percebe-se que DR anda à procura.
A verdade é uma: o Rio Ave perdeu Vinicius e não houve um sério esforço para o substituir - mais difícil de compreender se for verdade que recebemos meio milhão pela saída. Quem chegou para jogar no ataque ou não joga (Said) ou não joga a ponta de lança (Carlos).
Ronan e Bruno Moreira têm sido as opções.
Entre os dois prefiro claramente Moreira (desejo estar enganado, mas Ronan não é 'aquele' jogador).

PS - Neste contexto, Dala faz ainda mais falta

"O Rio Ave joga e pensa como equipa pequena"

Subscrevo quase tudo o que Rui Rodrigues escreve esta semana no jornal Vilacondense.

Uma frase como esta "O Rio Ave joga e pensa como equipa pequena" deve fazer-nos refletir.

"A equipa mais cara de sempre foi perdendo objetivos e agora luta pelo pontinho para alcançar a manutenção".

Fale Presidente! (CORR)

Esta é a minha opinião: o Rio Ave comunica quase sempre bem e informa quase sempre mal (no sentido de que pura e simplesmente não informa e não tanto de o fazer de forma deficiente).
O Clube tem uma boa presença nas redes sociais, sabe 'criar' conteúdos adaptados aos tempos que vivemos, mas quando se trata de informar ficamos pelo mínimo. Não me refiro apenas ao dia a dia da equipa principal, mas sobretudo a informar os sócios sobre os temas mais importantes.
Por exemplo: estamos em março e as obras não avançam. Os sócios têm o direito e saber porquê. 
Vinicius e Schmidt saíram e iso deu polémica? Os sócios ficaram sem saber como e porquê (é verdade que cada jogador rendeu meio milhão de euros?).
A equipa principal atravessa uma momento menos bom? O Presidente deveria falar aos sócios (e o site também serve para isso). Apelar à união. Explicar por exemplo o que se passa com as arbitragens. Liderar a questão.
Eu acredito que informação produz confiança e reduz conflitos.
A Direção queixa-se afastamento por parte dos sócios e adeptos? Também deve procurar no que faz algumas explicações para essa realidade.

PS - há duas assembleias gerais por ano. Por regra, agosto e novembro. A partir de dezembro ficamos à espera de agosto? CORRigido: também há uma AG em junho/julho

Leo Jardim

Leo tem sido decisivo em alguns jogos.
Entre os postes é um dos melhores três do campeonato.
Mas por alguma razão não tem tido o destaque merecido. Pelo facto de ser um dos guarda-redes mais batidos no campeonato?
No Brasil falam em guarda-redes milagreiro, na sequência da defesa que fez aos 79 minutos

PS - o empréstimo acaba no fim desta época; espera-se que o Clube já tenha ativado a cláusula de preferência.

Sobre a derrota dos sub23 ontem em casa

O Rio Ave perdeu ontem com o Aves e perdeu também a oportunidade de se isolar no comando.
Um jogo em que, como outros, se percebeu que o Rio Ave tem melhor equipa mas em que houve desinspiração (e desta vez não apenas no ataque) e mérito do adversário e que explorou o contra-ataque, com jogadores rápidos.
Algumas notas soltas:
- não percebi a saída do médio mais criativo (Diogo Teixeira) para a entrada de outro médio mas mais defensivo (Martim), quando estava 1-1. Naquele momento pareceu-me falta de 'ambição' por parte de Pedro Cunha, característica que não é sua e por isso me surpreendeu.
- a verdade é que os golos do adversário calaram a nossa equipa; esperava melhor reação da nossa equipa, sobretudo a perder.
- Carlos Alves não teve culpa em qualquer dos golos, mas fico a sensação de que talvez fosse possível fazer um pouco mais;
Em resumo: a qualidade está lá, é só dar a volta!

(o momento em que Schutte faz o 1-0)

Recuperar

Um mal, nunca vem só.

O Rio Ave FC tem vindo de uma série de resultados menos positivos, o que nos relegou (temporariamente, creio) para o décimo lugar. Classificação que não é nada condizente com o futebol que praticamos, nem com o valor da equipa. Mesmo com menos um jogador em campo não temos sido inferiores aos adversários.

Mas o futebol é isto mesmo, não aproveitamos várias oportunidades e depois acabamos a sofrer.

A sofrer neste momento estará Nelson Monte que foi operado - limpeza artroscópica do tornozelo esquerdo.

Em princípio, esta época dificilmente veremos Nelson Monte a ocupar o lugar de central.

Estamos em período de "mala pata" e é preciso, urgentemente recuperar. Recuperar o Nelson Monte e recuperar o bom futebol que praticamos, a capacidade de marcar e não sofrer golos, recuperar na classificação, recuperar a boa gestão do jogo para deixarmos de jogar com 10 elementos como tem acontecido nos últimos jogos.

Udinese empresta central (médio?) ganês?

Emmanuel Agyemang-Badu é um central ganês que pertence aos quadros da Udinese CORR: pelos vistos é médio).
Joga atualmente na Turquia e virá para Vila do Conde na próxima época, dizem no Gana.

Emmanuel tem 28 anos e é internacional pelo Gana.

Falta saber se vem emprestado.

(o substituto de Rúben Semedo?)

Algumas opções de Daniel Ramos (e os reforços de janeiro)

- Demorou mas encontrámos a dupla de centrais que, nesta altura, melhor serve os interesses do Rio Ave;
- Não acho que haja um ganho claro entre Coentrão (mais combativo, é certo) e Matheus Reis naquela posição. Acho, pelo contrário, que a posição que está a ser ocupada por Carlos poderia ser - com vantagens - ocupada por Coentrão, nesta altura muito amarrado à linha e ao nosso meio campo;
- Relativamente ao meio campo há infelizmente pouca coisa a dizer; depois das lesões, vieram os disparates e os jogadores não precisam de procurar culpados na arbitragem;
- Galeno está 'de férias' há muitas jornadas, mas não ponho em causa a sua atitude e entrega. No entanto, onde está aquele jogador que chegou a ser o melhor do campeonato???
- Daniel deixou Ronan em campo e tirou Bruno Moreira, quando foi preciso meter Leandrinho (tirar um dos dois avançados era a opção lógica). Terá pensado que Ronan seria uma mais valia nas bolas altas. Eu acho que a combatividade de Bruno poderia ter feito a diferença;
- Em geral, não temos tido sorte com as substituições. Nem Leandrinho nem Gabrielzinho [Presidente Campos, nos próximos anos está proibido de contratar outro jogador terminado em inho...!] fizeram a diferença e esse continua a ser o problema geral da equipa: desinspiração coletiva.
- É cedo para fazer um balanço dos cinco reforços que vieram em janeiro, mas parece claro que Ruben Semedo e Filipe Augusto (desde que jogue 90 minutos...) são mais-valias. Messias é seguro e eficaz mas dele ainda se espera mais. Carlos é super-lutador mas talvez esteja fora da sua posição natural (há muita parra e pouca uva); Said ainda não teve minutos suficientes.

(foto: Rio Ave FC)

Chaves perdidas...

Poderia explorar aqui o jogo contra o Chaves.

Mas continua a ser difícil opinar sobre algo que me parece condicionado.

Em 3 jogos, num total de 180 minutos, ficamos com 10 jogadores em cerca de 90 minutos.

Ou seja: metade do tempo a jogar com menos.

Há críticas ao treinador: algumas justas, outras (na minha opinião a maioria delas) injustas;

Há poucas críticas aos jogadores: na minha opinião poucas, porque têm sido os principais responsáveis.

Há críticas à direcção: muitas direccionadas ao presidente, quando eu acho que apesar de ASC intervir pouco publicamente tem de haver mais directores a falar. Há cargos e tachos para tudo no Rio Ave. Alguém tem de dar a cara mesmo quando é para se "ser porco". Director de Futebol, Director Geral, Team Manager, Director de Comunicação... e ninguém fala? Ninguém ataca? Estão à espera de cargos directivos em clubes com outras ambições ou nas instituições que regem o futebol ou desporto? Há clubes em que até os acessores jurídicos e directores financeiros falam...

Depois há críticas à arbitragem e bem. Acho que poucas, porque quem fala são os sócios... e as críticas e tomadas de posição oficiais não existem, o que é perfeitamente inqualificável.

Daqui achar que nem vale a pena comentar o jogo porque não há treinador nem equipa que resista a jogar 1 jogo e meio 11 para 11 e outro jogo e meio 10 para 12... em 3 jogos.

Posto isto, claro que surgem na nosso cabeça teorias da conspiração:

1- Há uns tempos quando se falou em jogadores comprados nenhum de nós quis acreditar. Um jogador expulso tão cedo em 2 jogos consecutivos (não podia jogar a semana passada) faz-me pensar... mais ainda quando o seu substituto comete proeza parecida no jogo em que este está impedido.

2- O facto de sermos o único clube na Liga Nos que não é SAD incomoda assim tanto? Temos de ser SAD para ficarmos na I Liga?

3- O facto de não termos vendido SAD ao Jorge Mendes, implica que tenhamos de descer para o Famalicão, para onde foi Miguel Ribeiro, ter de subir?

4- Com Gil Vicente, Paços e Famalicão para o ano na Liga NOS não há espaço para o Rio Ave FC. Fica muito centralizada a liga com Braga, Vitória, Moreirense, Aves, Famalicão, Gil Vicente, Rio Ave, Boavista, Porto e Paços? É isso? 60% das equipas num raio de 80km assusta assim tanto? 

E temos de ser o Rio Ave FC o Cristo porquê?

5- Quem manda no clube, tem mais vantagem em proteger-se do que expôr-se ao defender o clube?

Qual é a chave? Como se pode contornar esta situação? Como podemos ter resultados que nos afastem todas estas dúvidas?

Não estou a acusar ninguém... Estou a partilhar questões, dúvidas e perguntas que me sobem ao cérebro...

VOTEM NO QUE É NOSSO... PORQUE O QUE É NOSSO É BOM

Depois de sermos primeiros classificados na fase regular da Liga Revelação, a qualidade dos nossos jogadores é claramente reconhecida pelos de fora quando muitas vezes não o é cá dentro.
Estão nomeados 4 jogadores Rioavistas. Creio que mais 2 poderiam estar, mas não posso deixar de concordar com a nomeação destes 4... e como tal a "cota" esgotou-se não estando Costinha ou Tiago André que também foram muito importantes.

Os nossos nomeados são:

Kelechi;
Diogo Teixeira;
Vitó;
Leandro.

Pode-se votar em 3 jogadores, o primeiro com 5 pontos, o segundo com 3 e o terceiro com 1.

A minha escolha foi um bocado tendenciosa (admito que sim) e votei só em jogadores do Rio Ave.
Pelos jogos que vi, pela consistência, regularidade e qualidade, votei assim:

1º Diogo Teixeira - 5 pontos
2º Vitó - 3 pontos
3º Kelechi - 1 ponto.

VOTA AQUI:

http://sjogadores.pt/?pt=revelacao#_self

O que se passa com Filipe Augusto?

Depois do que se passou no Bessa, ninguém mais do que Filipe Augusto deveria ter um cuidado especial com os amarelos.

Aos 7 minutos entrou à maluca junto à linha lateral, numa jogada em que também estava Nadjack

A imagem não é a melhor mas mostra o que pretendo dizer (aqui está o vídeo).

Este amarelo não é de forma nenhuma aceitável.

No segundo amarelo, penso que chegou um pouco tarde ao lance e o contacto foi inevitável. Mesmo assim, tendo amarelo, poderia ter tido outros cuidados. O lance é a meio campo do meio campo do Chaves.! Sem necessidade.

Por tudo isto pergunto, o que se passa com Filipe Augusto?

Atenção: acredito sinceramente que ninguém se sente mais penalizado do que o jogador. A minha desilusão é proporcional à admiração profissional que tenho por ele.

(1-1 em Chaves) Apesar de tudo, correu bem

Reação a quente: por mim, Filipe Augusto (sim, o melhor jogador da equipa) não jogava mais esta época. Expulso aos 22 minutos depois de dois amarelos. O primeiro, aos 7, é completamente desnecessário e despropositado.
Com menos um, o Rio Ave foi melhor do que o Chaves na primeira parte. Gostei. Mas desapareceu completamente na segunda. Massacre do Chaves que, para sorte nossa, só resultou num golo. Em 45 minutos tivemos uma oportunidade de golo. É muito pouco. Mesmo com menos um, esperava um pouco mais
Ruben Semedo e Messias são a dupla de centrais que o Rio Ave procurava desde a primeira jornada.
Melhor em campo: Leo Jardim.

Pela primeira vez os cinco reforços convocados

Para amanhã em Chaves:
Léo Jardim, Paulo Vítor, Matheus Reis, Rúben Semedo, Borevkovic, Murilo, Tarantini, Bruno Moreira, Carlos Jr., Saïd, Fábio Coentrão, Filipe Augusto, Ronan, Leandrinho, Nadjack, Afonso Figueiredo, Gabriel, Messias e Galeno.

- Borevkovic regressa após muitas semanas (Buatu volta a não ser convocado, depois de ter sido repescado na bancada e até ter entrado em campo)

- Junio está desaparecido há muitas semanas da lista;

2 jogos, 2 derrotas, 3 expulsões

É algo que tem de mudar amanhã em Chaves.
Se as expulsões aconteceram por coincidência, é tempo acabar com as coincidências:
Se as expulsões aconteceram  por descontrolo emocional dos jogadores, é preciso ver o que se passa.
Não cabe na cabeça de ninguém voltarmos a ter jogadores expulsos por razões parvas (o primeiro amarelo de Filipe Augusto, as palavras finais de Diego Lopes no Bessa ou o segundo amarelo de Jambor).

A vitória dos sub23 no Seixal (2-0)

O Benfica tem uma das três melhores equipas deste campeonato e a vitória ontem no Seixal (2-0) mostra que o Rio Ave também está forte mentalmente.

Cumprindo os objetivos, Pedro Cunha tem vindo a apostar em diversos jogadores e rodando o onze, o que permite valorizar mais elementos do plantel.

Ontem tivemos o inevitável regresso de Costinha, mas não só: Filipe Almeida fez dupla com Kelechi (Bianchi no banco), Martim deu lugar a Ruben Gonçalves e Schutte ocupou a vaga que, frente ao Braga, foi de Said (desta vez não houve AA nos sub23).

Mérito para os jogadores e para o treinador.

PS - estreia (penso) de Landry, avançado camaronês de 18 anos, que tem estado na equipa B e que ultimamente apareceu nos convocados dos sub23.

Um final de campeonato tramado

Frente ao Braga batemos um recorde desta época: pela primeira vez três derrotas seguidas.

Assim, a equipa terá encontrar ânimo reforçado para ir a Chaves buscar os 3 pontos.

Até porque o final do campeonato é tramado:

- em 10 jogos jogamos com os 6 primeiros (só falta o Braga);

- temos 6 jogos fora (mas isso não tem sido o maior problema desta equipa);

- as próximas três jornadas (Chaves e Nacional fora, Aves em casa) são decisivas; decisivas para fazer pelo menos seis pontos e para ganhar moral para a ponta final que se segue.

- 38 pontos à partida serão suficientes para garantir a continuação na Liga

Vamos ao fundo do poço para ver que o poço tem fim?

Ontem tivemos um jogo mau.
5- razões, sendo as 3 mais óbvias:
1-jogamos mal quase todo o jogo, tal como o adversário mas eles só até aos 55 minutos;
2-jogamos com 10 e a partir desse momento o adversário jogou bem;
3-o vento.

Já lá vou à quarta e à quinta razões.

O "11" não era para ser aquele. Íamos jogar com 5 a defesas e na hora de sair Monte seria um falso lateral e Nadjack o extremo. Foi o que percebi da explicação de Daniel Ramos quando questionado sobre o mudança de última hora na flash da Sporttv. Monte lesionou-se. Entrou Carlos de início.
Não contesto a equipa inicial até porque com os castigos e lesões poucos sobram.

Entramos no jogo contra o vento e conseguimos fazer o que era suposto fazer contra uma equipa mais forte e contra o vento. Defender com eficácia, tentando sair o que não foi possível, porque não dá para meter bolas nas costas da defesa com o vento contra e por norma é isso que fazemos com Galeno.
Não houve grandes oportunidades na primeira parte e vinha aí a segunda parte com o vento a nosso favor.

Na segunda parte entramos melhor e durante 10 minutos encostamos o Braga lá atrás até fazermos um golo. Depois do golo não vi o Braga pegar no jogo e vi a nossa equipa tranquila... até que fica a reduzida a 10 jogadores.
Aqui entra a quarta razão e é unânime que foi um ponto de viragem (exploro mais abaixo). O Braga a partir daqui tomou conta do jogo e com mais um, sendo uma melhor equipa com melhores jogadores, virou o resultado.
Ainda tivemos a bola no ferro por Galeno... com um cruzamento excelente de Coentrão.

4- A expulsão. Eu sou sincero, na bancada fui dos poucos (pelo menos à minha volta) que critiquei o jogador quando este saía debaixo de um mar de aplausos. A verdade é que, à primeira vista, para mim, Artur Soares Dias cumpriu a lei e o jogador é que foi pouco inteligente, negligente, burro, o que lhe quiserem chamar... quando ao saber que tem um amarelo mete o pé na bola após a marcação rápida de um livre.
No entanto, ao chegar a casa fui rever o lance. Quando Fransérgio marca o livre, a bola está em andamento, o que não pode acontecer e que como tal, anula a infracção do jogador do Rio Ave FC pois o livre teria de ser repetido. Isto não se vê da bancada, mas o árbitro (internacional e o melhor português, tinha obrigação de ver). O VAR não podia intervir porque é uma situação de segundo amarelo.
Depois, num lance em que Galeno fica 1 para 1 com Viana (que já tinha amarelo) e portanto ou arrancava para a área e tinha oportunidade de golo ou Viana poderia ser expulso, Soares Dias decidiu parar o jogo no meio-campo por uma falta sobre um jogador do Rio Ave FC, beneficiando assim o infractor: SC Braga. Portanto, Soares Dias, com a ânsia de querer mostrar autoridade borrou a pintura toda num jogo que tinha até então controlado e MAIS UMA VEZ FOMOS ROUBADOS.

Vamos agora ao ponto 5 e ao ponto da discórdia e das discussões entre os adeptos. Daniel Ramos e as substituições:

5- Não é fácil montar um "11" com tantos indisponíveis. Muito mais difícil é orientar uma equipa que em 2 jogos consecutivos fica com 10 aos 55 minutos. Somando, é quase um jogo inteiro com menos 1.
Mais difícil de entender quando os jogadores são expulsos por pura estupidez (Jambor se não metesse o pé, apesar da bola em andamento, não seria expulso). Isto para não falar da de Diego por palavras. Que nos tempos que correm é uma coisa surreal. Os jogadores têm de ser mais inteligentes que isso.
Aceito o 11 inicial como disse em cima.
Aceito a substituição de Ronan por Leandrinho como sendo obrigatória, até porque era o único médio no banco.
Apesar de ser Buatu, até compreendo a segunda substituição. Fazer uma linha de 5 (tal como fez Mourinho na Liga dos Campeões pelo Inter quando vencia por 2-0, ou como fez Lage quando ficou com 10 no dia anterior contra o Porto, ou como fez Daniel Ramos o ano passado no Marítimo quando roubou pontos aos grandes... e como fazem tantos outros) pareceu-me até lógico. O problema é que o central que havia, até porque Bore e Monte estavam lesionados era Buatu. Pois bem, na primeira intervenção fica a olhar para o Paulinho... e claro... golo. A culpa é só dele? Não... mas ele está fresco... Tem de estar mais concentrado do que quem tem 70 minutos de desgaste nas pernas e na cabeça.
Aqui pode-se tambem falar na saída de Carlos. Eu sou sincero, eu faria o mesmo. Galeno não estava tão bem nem tão disponível para defender, mas a verdade é que desequilibra mais e com pouca bola seria necessário para arrancar e prender Goiano.
Podia tambem pensar-se em pôr Tarantini no meio do Messias e do Ruben... mas não havia mais médios no banco para entrar e não podíamos ficar sem meio-campo. Vitó? Diogo Teixeira? Para quando?

O problema maior para mim é a última substituição.
Entrada de Matheus. Primeiro se tira o único que desequilibra... tem de pôr outro capaz de o fazer. Ou seja, sai Galeno... entra Murilo ou Gabriel... Se queria dar altura metia Said.
Se queria meter Matheus... tirava Coentrão.
Depois... aquilo era para fazer uma linha de 6? Era para pôr Matheus à frente de Coentrão, ou Coentrão à frente de Matheus? Eu não percebi e não sei se alguém percebeu.
É que era super importante perguntar isto a Daniel Ramos, porque quando Matheus chega à esquerda, fica a olhar para Coentrão e Coentrão para ele... e é Coentrão que lhe dá instruções... e fica uma linha de 6... passado 1 minuto, golo do Braga pelo extremo direito, com 2 laterais esquerdos que não sabiam o que tinham de fazer...
E isso é que eu não acho de todo normal. Era mesmo uma linha de 6? Os jogadores desrespeitaram o treinador? O treinador não foi claro no que queria? Matheus não sabia o que fazer? Coentrão deu uma ordem contrária a Matheus àquela que este trazia do treinador?
Era muito importante perceber o que se passou ali.

Posto isto, defendi na altura da saída de José Gomes, que a vir alguém de fora do clube, o treinador deveria ser Daniel Ramos... hoje tenho mais dúvidas... mas contínuo a achar que é o melhor treinador possível, que na altura não estando nos quadros do clube e dos que estavam sem clube e no mercado, para o Rio Ave.

Mas também é importante referir que seria mais fácil jogar sempre com 11, ter os jogadores mais vezes disponíveis e menos burros...
e ter jogadores com a qualidade dos anos anteriores também seria um ajuda... ou pelo menos ter uma base como houve nos últimos 8 anos de uns anos para os outros.
Tem culpa. Mas não é o único.
Os jogadores têm de ser chamados à razão... 3 jogadores expulsos sem necessidade? O director do futebol não se impõe? O team manager onde anda?

Somos roubados nos 2 últimos jogos em lances capitais e não vejo ninguém responsável a dar a cara. A pedir explicações.
O Presidente?
Ainda tem de ser Daniel Ramos a falar do árbitro?
Faz-me lembrar Paulo Bento na altura do Sporting. Era treinador, director desportivo e presidente... e ainda queriam que fosse jogador.

Furacão?

O forte vento sentido ontem em Vila do Conde durante o jogo, condicionou-o.

Defrontaram-se duas equipas com qualidade, mas que estavam pressionadas pelos resultados menos positivos das últimas jornadas.

A pressão atmosférica era muita e a pressão no jogo era igualmente muita.

Por tudo isto não se previa um bom jogo, mas havia a esperança que fosse combativo. E foi-o. Todos lutaram até à exaustão, todos foram grandes profissionais.

Quando tudo corria de feição para o Rio Ave (ganhava por 1-0 e tinha o jogo controlado), eis que passa a jogar com 10, em virtude da expulsão de um médio. A partir daqui tudo se alterou. O Braga começou a confinar o Rio Ave à sua grande área e aqui e acolá a criar algum perigo. O Rio Ave ainda fez um ou outro contra ataque e poderia ter marcado (bola na trave), mas não conseguiu. E quando já não era expectável o Braga marca o segundo golo e a tristeza assola-nos fulminantemente.

Este jogo deixa marcas profundas em toda a estrutura do Rio Ave. Não importa, aqui, apontar-se culpados para esta fase negativa.

O importante, agora, é sabermos reagir positivamente. Seremos capazes?

24ªj - Braga: Há algumas coisas que é preciso dizer

Sobre o jogo jogado: com aquele vento não seria muito fácil fazer muito melhor, ainda por cima com duas equipas que têm estado muito desinspiradas. Não tenho nada de muito mau a apontar aos nossos atletas, um reparo ou outro que abdico até de trazer para aqui por agora.

foto: desporto.sapo.pt

O factor arbitragem: os árbitros portugueses pouco ou nada fazem para se credibilizar. Parece que não lhes interessa. Parece reinar um medo que tudo tolhe, tudo aperta. Dão-lhes ferramentas e eles abdicam de as usar bem, de forma adequada e em prol de uma clarificação e credibilização do complexo acto de arbitrar. De onde vem o medo? O medo vem do poder. Contra o Braga este ano tivemos duas arbitragens muito infelizes, muito incompetentes, muito medrosas. É incompreensível o penalty não marcado sobre Galeno em Braga, é incompreensível ontem a expulsão de Jambor, é incompreensível deixar que um jogador do Braga se arraste para dentro de campo para parar o jogo, quando se lesionou fora dele, é incompreensível parar uma jogada quando um jogador nosso tem a bola e se prepara para ficar isolado marcando uma falta anterior a nosso favor, ..., ... enfim.
A nossa Direcção tem de se posicionar a sério. Tem de dar um sinal muito claro que está muito insatisfeita com o tratamento que o clube tem tido. Também há medo? Mas medo de quê? Que os árbitros nos levem de ponta e nos prejudiquem? Mais ainda? Que vai ser preciso? Que um árbitro pegue a bola com a mão e a meta na nossa baliza e assinale golo contra nós? Anda-se a brincar com a verdade desportiva, mas tudo assobia para o lado. Nesta miséria de futebol português parece que a coisa só mexe se alguma das 3 donzelas se sentir ofendida e prejudicada. E se assim é, se não nos ligam, há que fazer com que passem a ligar. E a solução é simples: vamos mexer onde dói. Não nos respeitam, não respeitaremos ninguém. Eu quando jogasse contra o líder da classificação jogava com a "melhor equipa" e quando fosse jogar contra o segundo, metia em campo a equipa Sub23 ou a B. Como isto é susceptível de causar uma polémica imensa, passávamos a ter atenção. Íamos ter o ódio dos adeptos? E? Temos agora o amor deles, por acaso?

O factor treinador: ontem com tanto condicionalismo (lesões no aquecimento, vento, Soares Dias) o treinador quase passa despercebido. Mas só quase. Eu entendo as cautelas defensivas contra o Braga. O Braga é uma boa equipa. Não entendo é que se convide o Braga a literalmente nos esmagar contra a nossa área. Não se deu um único sinal de ambição, uma centelhazinha, uma tentativa de sacudi-los pra longe. Galeno estava rebentado, não conseguia fazer a diferença. Em vez de tentar refrescar quem pudesse pelo menos tentar sacar um amarelo aos dois amarelados centrais do Braga, o treinador foi metendo mais defesas. E sempre que metemos um defesa, sofremos um golo.
Daniel Ramos parece sempre ultrapassado pelos acontecimentos. Daniel Ramos ainda não trouxe nada de diferente nem de bom a esta equipa. Daniel Ramos parece sempre sem chama no banco. Daniel Ramos tem de nos dar mais.

(1-2 Braga) Neste momento apenas tenho 3 coisas para dizer

- Com onze, o Rio Ave não perdia este jogo;
- A expulsão de Jambor é exagerada, mas o jogador pos-se a jeito ao pontapear a bola (já tendo amarelo).
- Não me lembro de ver o Rio Ave com seis defesas. DR tirou dois avançados (fisicamente estourados) e meteu mais dois defesas. Passámos a jogar apenas na grande área e perdemos o jogo.

Ainda as saídas de Vinicius e Schmidt (e o que diz o JVC)

Nos últimos números o Jornal de Vila do Conde tem insistido nas críticas à Direção pelo facto de ter permitido as saídas de Vinicius e Schmidt. "Foram incompreensíveis pois tinham contrato até final da época. Só saíram porque a Direção do Clube o permitiu para encaixar umas centenas de milhar de euros. Foi um erro..."

Antes de mais quero dizer que, não tendo a Direção explicado aos sócios o que se passou, todas as especulações são possíveis [e por favor não me venham dizer que o fará na próxima AG, que será em agosto. Estamos no século XXI, não faz sentido esperar 8 meses por informação). Critiquei e critico a Direção por isso. A informação acaba com a especulação.
Dito isto, não sei se o JVC tem razão, mas acredito que não.
Acredito que os jogadores saíram porque o Rio Ave não tinha alternativa. Saíram porque os seus clubes de origem assim o determinaram e o Rio Ave nada pôde fazer.
É nisto que acredito.
Se foi como JVC diz é mais grave