8.4.25

650 em Paços: sinal para repensar a estratégia?





O jogo de ontem do Rio Ave teve lugar no Estádio Capital do Móvel, em Paços de Ferreira, e havia uma expectativa natural: quantos adeptos estariam presentes num jogo que, embora fora de Vila do Conde, era considerado "em casa"?

No total, estiveram 1060 espectadores nas bancadas. Cerca de 400 desses eram adeptos visitantes (nas bancadas e camarotes). Isso significa que o Rio Ave levou aproximadamente 650 pessoas ao estádio — incluindo os lugares dos camarotes.

É um número baixo. E importa refletir sobre o que pode estar a falhar.

Será que este número não é, por si só, um sinal claro de que é preciso fazer diferente?
Será que a SAD vai finalmente compreender que as deslocações e jogos "em casa", fora do nosso estádio, exigem uma estratégia de comunicação mais antecipada, mais intensa e mais mobilizadora?

A verdade é que muitos sócios e adeptos precisam de tempo para se organizarem. Transportes, horários, trabalho, família — tudo conta. E se a promoção dos jogos for feita em cima da hora, é natural que muitos optem por não ir.

Este número deve fazer soar os alarmes e, acima de tudo, provocar introspeção: como podemos fazer melhor?
Como podemos garantir que, mesmo longe do nosso estádio, o Rio Ave continua a sentir um grande apoio?

A resposta pode passar por campanhas com mais antecedência, iniciativas especiais para os sócios, ou até parcerias com grupos de adeptos para organizar deslocações.

O que não pode continuar é a apatia na promoção destes jogos. Porque o Rio Ave merece mais. E os seus sócios e adeptos também.