A cinco dias de uma meia-final da Taça de Portugal, os adeptos do Rio Ave continuam sem saber como, onde ou quando poderão adquirir bilhetes para apoiar a equipa.
Em anos anteriores, o clube sempre promoveu com antecedência este tipo de jogos, permitindo organizar deslocações, criar entusiasmo e garantir que a equipa se fazia acompanhar de um forte contingente de apoio nas bancadas. Este ano, esse cuidado parece ter desaparecido.
Ainda mais incompreensível se torna a situação quando olhamos para o lado do adversário. O Sporting anunciou a venda de bilhetes no dia 15 de abril e iniciou a sua venda no dia de ontem. Ou seja, temos o clube visitante com bilhetes disponíveis… antes sequer do Rio Ave (clube visitado e organizador de jogo) informar os seus próprios adeptos sobre como será feita a venda.
Faz sentido?
É inevitável que surjam justificações habituais — como o facto de o Rio Ave ter ainda um jogo do campeonato antes da meia-final. Mas também o Sporting tem um jogo antes e não deixou de planear e promover a sua presença em Paços de Ferreira.
Será que o clube está a tentar evitar mobilizações de grande escala para reduzir custos, como o número de autocarros a disponibilizar? É apenas uma especulação. Mas, tendo em conta o silêncio e a demora, é um pensamento legítimo.
Seja como for, os adeptos merecem mais respeito. E a equipa também. Porque se há jogo que merece uma mobilização clara, planeada e apaixonada… é uma meia-final da Taça de Portugal.