12.10.25

Futsal 5-1 ao Caxinas: vitória sem contestação

A diferença entre as duas equipa ficou bem evidente ao longo do jogo. O Caxinas até teve os dois primeiros lances de perigo, mas a partir daí o Rio Ave mostrou mais qualidade, coletiva e individual.

Foram 5, podiam ter sido mais.

Nota para o facto de o nosso guarda-redes Moreira ter sido expulso a meio da partida, mas o seu 'suplente' esteve à altura.

Góis voltou a fazer das suas e é cada vez mais um caso sério, mostrando que valeu bem o esforço de querer recontratar. Nota muito positiva para a exibição de Dinis.

Com esta exibição e com este resultado, os Rioavistas (que lotaram a parte do Pavilhão que era da sua 'responsabilidade', como se percebe pela foto) só podem esperar coisas boas desta equipa a partir de agora. 

Foi uma festa do futsal em Vila do Conde, mas apenas os de verde e branco puderam rir no final. 


 

10.10.25

Nomeação de Alexandrina Cruz: antes de formar opinião, leia este exemplo de incompatibilidade


Na passada sexta-feira, fomos confrontados com a notícia de que a Presidente do Rio Ave FC, Alexandrina Cruz, foi também nomeada Presidente da Rio Ave SAD.

Na altura, escrevi um texto a exigir a sua demissão imediata da presidência do Clube, por considerar esta acumulação de funções uma incompatibilidade absoluta.
Foi um artigo que disputou imensa curiosidade entre o universo Rioavista, prova disso são as mais de 2500 visitas que o nosso blog recebeu sobre este assunto.
As reações nas redes sociais dividiram-se: uns entenderam que, perante este cenário, a Presidente deveria colocar o cargo à disposição, outros viram esta nomeação como algo positivo, alegando que poderia facilitar a comunicação entre Clube e SAD.

Independentemente das opiniões, há um facto que não muda para mim: isto é uma incompatibilidade total, sem espaço para interpretações.

Um trabalhador vende parte de uma empresa a outra entidade, e depois é nomeado Presidente da empresa compradora?
Onde está a independência?
Onde está a separação de funções?
Onde está a defesa dos interesses do Rio Ave Futebol Clube e dos seus sócios?

Mas deixemos, por momentos, o caminho que levou a este desfecho — previsível, diga-se — e olhemos para os casos concretos que mostram, de forma inequívoca, a gravidade da situação.

Imaginemos a seguinte situação:

1. A questão da renda e da tempestade “Martinho”

Na sequência da tempestade “Martinho”, a Direção do Clube, presidida por Alexandrina Cruz, decidiu aplicar um desconto na renda mensal paga pela SAD ao Clube.
Esse desconto será refletido nos relatórios e contas da época anterior e da atual (no mínimo). Isto foi-nos informado pela própria na assembleia de Junho.

A justificação apresentada aos sócios na Assembleia foi clara:

As rendas do estádio não foram cobradas à SAD a 100%, devido à intempérie, pois o estádio ficou inutilizável — seria ilógico cobrar algo que não poderia ser usado.


2. O terreno cedido pela Câmara Municipal

Em julho passado, a Câmara Municipal de Vila do Conde cedeu ao Rio Ave FC um terreno de 17 mil metros quadrados.
Pouco depois, o Clube cedeu esse mesmo terreno à SAD para usufruto, entidade arrendatária do Estádio dos Arcos.

Traduzindo em números:
A SAD, que pagava 15 mil euros anuais ao Clube pelo uso das instalações, passou a usufruir de mais 17 mil metros quadrados — sem que se saiba se o valor da renda foi atualizado.


3. E agora?

A pergunta impõe-se:
Irá a Presidente do Rio Ave FC exigir à SAD — presidida pela mesma pessoa — um aumento da renda anual?

Como é que esse processo se desenrolará?
Veremos Alexandrina Cruz, na qualidade de Presidente do Clube, a propor um aumento?
E, logo de seguida, na qualidade de Presidente da SAD, a rejeitá-lo?

Irá defender duas posições opostas, em duas cadeiras diferentes, na mesma sala?

Poderá surgir o argumento de que a SAD está a investir valores significativos nas infraestruturas e que, no futuro, essas mesmas infraestruturas reverterão para o clube.
Mas será que o acordo parassocial foi tornado público, de forma a garantir que essa salvaguarda está realmente assegurada?


De acordo com declarações da própria Alexandrina Cruz, numa assembleia geral, a SAD pode renovar o contrato de exploração dos terrenos por períodos sucessivos de cinco anos, sem limite para o número de renovações.
Isto significa que, caso assim o entenda, a SAD poderá continuar a explorar os terrenos — que pertencem ao clube — por tempo indeterminado.

Em termos práticos, poderemos vir a ter a SAD a explorar mais de 17 mil metros quadrados sem que o clube veja um único euro adicional de renda, e sem que, no futuro, as benfeitorias realizadas revertam efetivamente para o Rio Ave FC.

Por outro lado, importa questionar: irá a Presidente do Clube exigir a si própria, enquanto líder da SAD, que o Rio Ave FC tenha mais espaço disponível para as suas escolinhas, numa altura em que faltam campos para tantos jovens interessados?
E se a SAD se opuser, Alexandrina Cruz dirá “não” ao seu novo empregador?


A verdade é que esta duplicidade de funções é insustentável (pouco interessa se é ou não executiva - fontes minhas dizem que não).
É um conflito de interesses evidente, que coloca em causa a autonomia, a transparência e a defesa dos interesses do Rio Ave FC.

Mais grave ainda é a passividade com que a restante Direção do Clube assiste a tudo isto, como se fosse algo normal.
Não é normal.
Não pode ser visto como positivo.
E muito menos pode ser aceite em silêncio.

Como é que o Clube lutará pelos seus interesses quando quem o representa é a mesma pessoa que lidera a entidade que pode ter interesses opostos?

O Rio Ave FC merece uma liderança independente, transparente e unicamente comprometida com o Clube e com os seus sócios.
Por isso, Alexandrina Cruz deve apresentar mesmo a sua demissão do cargo de Presidente do Rio Ave FC.
Não sei se lhe passará pela cabeça pedir um voto de confiança na próxima Assembleia, mas todos sabemos como é que a sala das assembleias se enche em momentos decisivos - seria atirar areia para os olhos, seria mais um teatro.

Deve mesmo apresentar a demissão.

Tudo o resto é fazer de conta.

9.10.25

Derbi histórico em Vila do Conde: Rio Ave e Caxinas frente a frente na Primeira Divisão de Futsal




Este fim de semana faz-se história. Pela primeira vez, o Rio Ave FC e o Caxinas vão defrontar-se num jogo da Primeira Divisão de futsal.

Não sei se haverá muitos casos semelhantes, mas não deixa de ser verdadeiramente notável que uma freguesia — e também cidade — com pouco mais de 6 km² tenha duas equipas a competir no principal escalão nacional. É algo que diz muito sobre a força do futsal em Vila do Conde.

O jogo está marcado para sábado, às 17h30, no Pavilhão de Desportos de Vila do Conde, e acredito que teremos casa cheia. Será interessante perceber por qual das equipas a gente de Vila do Conde vai puxar — se pelo histórico Rio Ave ou pelo consolidado Caxinas.

Por se prever um ambiente vibrante e uma forte afluência, deixo uma sugestão à direção do Rio Ave: que sejam adotadas medidas preventivas para garantir que nenhum sócio do clube fique à porta, em detrimento de adeptos adversários, salvaguardando naturalmente a quota mínima de bilhetes destinada ao Caxinas.

Acima de tudo, espera-se um grande espetáculo de futsal, vivido com rivalidade saudável, respeito mútuo e paixão pela cidade. Afinal, este é um daqueles jogos em que, independentemente do resultado, Vila do Conde sai sempre a ganhar (e que seja o Rio Ave) 

8.10.25

SAD e Clube podem e devem ser complementares; mas nem sempre isso vai acontecer. Por isso...

Volto a um tema incómodo que nos últimos dias agitou o universo Rioavista: a nomeação da Presidente Alexandrina Cruz para presidente da SAD.

Apesar da esmagadora maioria das reações (redes sociais) ter sido para congratular a Presidente, dois dos nossos textos (os mais críticos, por sinal, aqui e aqui) tiveram uma soma de mais de duas mil leituras no blogue, o que dá mais do que os adeptos que estiveram domingo a ver o jogo com o Tondela😅.

Ou seja, embora a reação-tipo tenha sido 'parabéns e beijinhos', há mais a dizer.

E por isso aproveito o momento para deixar duas ideias:

- o ideal é que Clube e SAD andem sempre em sintonia. Mas sabemos que isso é impossível. É ao Clube que compete defender os interesses dos sócios e não à SAD. Se a SAD não está mito preocupada com a falta de transmissão do jogo da Taça de Portugal cabe ao Clube 'apertar' a SAD. É um exemplo muito pequeno, eu sei, mas mostra como Alexandrina Cruz pode vir a ficar numa corda bamba, sem saber para que lado cair. Por isso acho que seria de evitar (dei outros exemplos mais relevantes aqui, por isso não os repito agora).

- Acredito convictamente em que se, na época em que o então presidente do Rio Ave FC decidiu gastar o que tinha e sobretudo o que não tinha para subir de divisão, tivesse havido oposição, vozes a alertar para os riscos e consequências, o Rio Ave não teria falido e não seria obrigado a vender a sua SAD a este investidor – até o poderia ter feito, mas noutras condições. Mas não. Todos ou quase todos, a começar pela então vice-presidente e a acabar em sócios anónimos como eu, ficámos calados e o resultado foi o que se viu. E se falo disto agora é apenas por, nesta altura, vivermos exatamente uma situação que exige que as dúvidas sejam expostas. Alto e bom som. Sem medo. Lamento por isso que juristas com história de ligação ao Rio Ave estejam em silêncio, em vez de alertarem para as dúvidas ético-legais que deveriam ser devidamente discutidas. O mesmo silêncio do passado. Depois não venham com estórias...


 

 

7.10.25

Rúben Góis: o motor ofensivo do Rio Ave FC (Futsal)




Quatro jornadas, quatro golos. Todos com a mesma assinatura: Rúben Góis.

A importância do pivot na equipa de futsal do Rio Ave é, neste momento, inegável.

Por um lado, os números refletem a influência que o jogador tem no ataque do Rio Ave — é ele quem carrega o peso dos golos e quem, em muitas ocasiões, dá vida às manobras ofensivas da equipa. Por outro, esta dependência acaba também por expor uma fragilidade: o Rio Ave vive demasiado do talento e da inspiração de um só jogador.

Quem acompanhou Rúben Góis na época passada já sabia do que era capaz. Os números falavam por si: golos (28 - 25 pelo Rio Ave e 3 pelo Leões de Porto Salvo ), assistências e uma capacidade de decisão fora do comum para o escalão em que jogava. Era, sem dúvida, um jogador de primeira divisão à espera da oportunidade certa.

Agora, com o Rio Ave de regresso ao principal escalão, Góis confirma todo o seu valor. A diferença de nível não o intimidou — pelo contrário, parece ter reforçado a sua confiança. As suas exibições têm deixado boas indicações e demonstrado que o futsal português continua a produzir jogadores de enorme qualidade.

Contudo, e olhando para o coletivo, fica o alerta: uma equipa não pode depender exclusivamente de um nome, por melhor que ele seja. O sucesso na Primeira Divisão exige soluções variadas, alternativas de golo e uma maior diversidade ofensiva. E eu acredito que a nossa equipa tenha essa diversidade ofensiva no plantel.

André Luiz eleito Jogador da Semana pela GoalPoint

 

A plataforma GoalPoint, já bem conhecida de todos os adeptos e amplamente reconhecida no panorama futebolístico nacional, destacou esta semana um jogador do Rio Ave FC.

André Luiz foi eleito Jogador da Semana da Liga Portugal, após a excelente exibição que rubricou na última jornada, coroada com um golo.

Fica o registo e a partilha dos dados estatisticos do jogador este fim de semana com todos os nossos leitores — que continuem a vir mais distinções como esta!




6.10.25

(3-0 ao Tondela) O que mudou

 1. O trio de centrais está estabilizado; Brabec voltou e é, para mim, não apenas o patrão mas também um dos melhores centrais do campeonato português; veremos quão estou errado.

2. Sotiris tem finalmente um onze. Estabilizado. Isso só pode ser bom. Omar pode ser melhor jogador do que Nikos, mas este (está a) joga(r) mais.

3. A minha única dúvida no onze é a presença de Spikic a extremo esquerdo. Ainda não vi nada de jeito e ontem foram mais as vezes em que passou a bola a Nikos do que aquelas em que ele próprio arriscou e foi à linha cruzar. Jogador pouco combativo e que se 'esconde' no um-para-um.

4. A verdade é que existindo pelo menos mais dois extremos no plantel (Medina e o jovem brasileiro ex-Botafogo), não havia nenhum no banco, onde, aliás, só estava um avançado, além de três defesas).

5. Ntoi a médio defensivo não ajuda à construção mas dá consistência defensiva. Penso, contudo, que estão aqui os problemas futuros do Rio Ave: Aguilera sente-se muito sozinho no processo de construção (e pode ser facilmente anulado), o que leva a equipa a apostar essencialmente nas laterais e nos passes em profundidade.

6. Clayton e sobretudo André Luiz voltaram a dar alegrias e é isso que se pede a esta dupla.

7. O melhor em campo: Vroussai. É um jogador à Rio Ave, no sentido de nunca virar a cara a luta, de não dar uma bola como perdida e de correr quilómetros. Na primeira parte foi o nosso homem mais perigoso, também porque, ao contrário dos últimos jogos, apareceu finalmente em terrenos mais adiantados.

8. Até a atitude no banco, perante algumas decisões pouco compreensíveis do banco, foi diferente. Já não parecia o elenco da última temporada de Walking Dead... 

9.  O pior do jogo: a equipa entrou na segunda parte demasiado encolhida, a descansar do 2-0. Se o Tondela tivesse feito o 2-1 provavelmente teriamos um filme já antes visto.



O Tondela foi a equipa mais fraca que defrontámos, uma equipa com evidentes limitações individuais. Isso também ajuda a explicar a nossa vitória, mas houve mais mérito nosso do que demérito do adversário (2-0 seria o resultado justo).

Fim de semana perfeito para as equipas profissionais do Rio Ave




Foi um fim de semana de boas notícias para o universo RioAvista. Tanto a equipa principal de futebol, como a formação sénior de futsal, conquistaram as suas primeiras vitórias nos respetivos campeonatos — algo que há muito era aguardado pelos adeptos.

No Estádio dos Arcos, o Rio Ave SAD recebeu e venceu o Tondela por claros 3-0, numa exibição sólida e convincente. Spikic, André Luiz e Clayton assinaram os golos que valeram três pontos importantes e uma injeção de confiança num grupo que procurava, há várias jornadas, uma vitória para o campeonato.

Já em terras beirãs, no Fundão, a equipa sénior de futsal do Rio Ave FC também deu um passo importante na sua caminhada, ao bater o adversário por 1-0, com Rúben Góis a apontar o único golo da partida. Um triunfo também ele, o primeiro do campeonato.

Duas vitórias, dois sinais positivos que há tanto procurávamos.


Resumo do fim de semana de formação do Rio Ave



O fim de semana da formação do Rio Ave ficou marcado por um misto de resultados.

No escalão de Sub-17, o Rio Ave protagonizou uma reviravolta memorável diante do SC Beira-Mar. Depois de se ver em desvantagem por 0-2, o Rio Ave respondeu com grande atitude. Diago reduziu aos 44 minutos, Gabriel Leite igualou a partida aos 57’, e Mateus Martins, já perto da reta final (69’), completou a cambalhota no marcador, fixando o resultado em 3-2. Uma vitória de raça e de caráter.




Já os Sub-19 não conseguiram evitar a derrota caseira frente ao FC Famalicão, numa partida que terminou 1-2. O golo Rioavista foi apontado por Mathéo Maignez, mas não foi suficiente para evitar o desaire.



Nos Sub-15, a deslocação a Famalicão terminou em festa. O Rio Ave venceu por 2-1, com Enzo Semedo a deixar a sua marca na lista de marcadores e beneficiando ainda de um autogolo adversário para garantir os três pontos.







5.10.25

Primeira vitória da temporada frente ao Tondela




Terminou a partida e está confirmada a primeira vitória do Rio Ave nesta temporada. A equipa do Rio Ave soma agora oito pontos, subindo para uma zona mais tranquila da tabela classificativa.

Os golos foram apontados por Spikic, André Luiz e Clayton.

O Tondela acabou por pagar caro o erro que deu origem ao segundo golo e, apesar de ter assumido maior posse e iniciativa na segunda parte — ainda que com um domínio algo consentido — acabou por sofrer o terceiro.

4.10.25

Estocada final!

A nomeação da presidente do Rio Ave FC, como presidente da Rio Ave futebol SAD é um embuste aos olhos de RioAvistas como eu.


Revista Sábado 8/7/2023 

Nos últimos 3 anos tenho escrito muito sobre esta coisa das contas, dos passivos, dos sócios fantasmas, sobre as assembleias, enfim e também sobre Alexandrina Cruz a presidente do nosso clube. 

 Eu não sei se esta nomeação é uma burla, ou embuste mas que alegadamente cheira a burla lá isso cheira. Eu alertei para esta situação em, agosto de 2023 denunciei o embuste criado em torno das contas provei que a crise do Rio Ave afinal tinha começado em 2020(antes da descida) comparando as contas dos vários anos. Percebi a inércia em torno de ASC e denunciei-a. Em Outubro de 2023 e a seguir á assembleia de 26 de Outubro, falei e voltei a colocar o dedo na ferida, denunciando quem eram os credores e o desastre que seria a partir da tal assembleia geral onde a Sra. Presidente anunciou as suas intenções. Em Novembro de 2023 disse isto:

"Este dia ficará para a história, tanto para o bem como para o mal, e uma coisa é certa, ninguém será responsabilizado por este descalabro, por se ter permitido que o clube fosse vendido a um estranho, sem se saber os contornos da negociata, sem se saber que estatutos a SAD vai ter, quanto vai passar a ganhar o presidente da SAD e restantes membros! - Quais os prémios a atribuir? Enfim, sem se responsabilizar as anteriores direções, vamos dar a quem VENDEU o clube (Alexandrina) com fortes suspeitas de má gestão, o direito de ganhar milhões em salários, sim porque administradores de SAD têm salário, e muito altos…valores, que deveriam entrar nos cofres do clube. Dizem eles que agora é que o clube vai dar dinheiro, sim porque se não é viável agora, que milagre grego é este que transforma os jogadores em ouro? Porque não copiamos o que o grego diz que faz, e não fazemos nós próprios? Precisamente porque não existem e não existirão responsáveis pelo descalabro, e porque nenhum de nós quer entrar em “negociatas” como parece que os que vão entrar nos querem fazer crer ser necessário para o sucesso."

Nesta entrevista ao Jogo já em 2024, a presidente admite que tinha conhecimento dos problemas antes da descida: "Ainda antes de descermos de divisão, a SAD já era tema, já havia dados em que era fundamental para crescermos. Com as quatro presenças europeias, tivemos muitas dores de crescimento. Vimos que, para crescer, precisávamos de mais. A procura de parceiros começou ainda antes de eu assumir a presidência. Depois, descemos de divisão e ficou tudo ainda mais complicado. Deparámo-nos também com uma política desportiva, na minha opinião, complicada, que, de alguma forma, inviabilizava a sustentabilidade financeira. Eu digo muitas vezes que uma descida de divisão tem um impacto de cinco ou seis anos e já com uma solução"

Pois é, e  o que fez para evitar isso? Nada, ela diz que sabia que o negócio seria necessário para salvar o clube...E agora também acham que foi para salvar o clube? A pessoa responsável pela venda do Clube vai agora ganhar dinheiro para defender os direitos da SAD, e quem vai defender o Clube? ela mesma, - acham isso normal? - eu não acho.

Para finalizar porque razão a Sra. Presidente não aceitou fazer a pedido de alguns sócios  uma auditoria forense  ás contas da SDUQ? Vai a Sra. Presidente dizer aos sócios qual será o seu vencimento como presidente do Rio Ave futebol SAD numa demonstração de TRANSPARÊNCIA?

Só a Sra. o poderá responder, mas se a Sra. Presidente tivesse aceite esta auditoria, talvez hoje estaríamos todos a aceitar esta nomeação com grande agrado! 

O poder está instalado, e esta era sem dúvida a estocada final! Parabéns Sra. Presidente.

Assim sendo só me resta pedir-lhe uma coisa: 

 -Demita-se, era um favor que fazia aos sócios!

3.10.25

Incompatibilidade inaceitável - Demissão já!



A notícia que hoje conhecemos é de uma gravidade sem precedentes na história do Rio Ave FC.

A presidente do Rio Ave Futebol Clube, Alexandrina Cruz, acaba de ser nomeada presidente da própria Sociedade gerida por esse mesmo fundo (algo que já tinha escrito aqui que iria acontecer)

A nomeação de Alexandrina Cruz como presidente da sociedade gerida pelo fundo que comprou a SAD é uma incompatibilidade óbvia e inaceitável. Transformar a SDUC em SAD e depois passar a presidir a entidade do outro lado do balcão não é apenas um conflito de interesses: é a negação da lógica mínima de governação democrática e transparente que um clube associativo exige.

Os elementos da direção do clube que, ao aceitarem, validarem ou — pior — normalizarem esta situação, tornam-se cúmplices. Se a restante direção acha isto “normal”, então temos um problema estrutural e ético que ultrapassa um único nome: é sinal de que a direção, como coletivo, deixou de ver o clube como um bem comum dos sócios e passou a olhar para o clube como transação e um lugar de acomodação de vaidades.
  1. Conflito de interesses: uma pessoa que participou da transformação e alienação da SAD não pode, com legitimidade, presidir a sociedade que resultou dessa alienação. É como vender uma casa e, dias depois, sentar-se à cabeça da imobiliária que a comprou — em que papel está a defender os sócios? 
  2. Quebra de confiança: os sócios confiaram poderes à direção do clube; essa confiança não pode ser esvaziada por manobras que beneficiam interesses externos. A legitimidade da governação do clube baseia-se em transparência e em defesa inequívoca dos interesses da coletividade. Como é que Alexandrina Cruz poderá defender os interesses do clube se em certos momentos os interesses do clube poderão ser os contrários da SAD?
  3. Normalização do erro: quando a direção, em bloco, aceita que isto “é normal”, instala-se uma cultura de impunidade. O risco é a institucionalização de práticas onde o clube é meramente instrumento de negócios e não uma comunidade com deveres e memória.

Exemplos de outras SAD em que o Presidente da SAD é o mesmo do clube? Não tenho conhecimento de nenhum caso em que aconteça o clube ser acionista minoritário o processo de condução de alienação (da maioria da capital) ter sido conduzido pela futura presidente (indigitada pelo grupo de investimento) dessa sociedade.

Eis o que exijo, com urgência e sem ambiguidades:

  1. Demissão imediata de Alexandrina Cruz do cargo de presidente do Rio Ave FC. Não existe solução intermédia aceitável: incompatibilidades sérias requerem medidas imediatas.

  2. Assembleia Geral Extraordinária convocada imediatamente pelos órgãos competentes, para os sócios exigirem esclarecimentos formais de todo este processo, com presença obrigatória dos membros da direção.

  3. Divulgação pública e integral dos termos da venda/contrato que originou a transferência da SAD ao fundo — quem comprou, por quanto, todas as clausulas e com que garantias para o clube. Transparência total. (Acordo Parassocial) 

  4. Independência temporária da gestão: até resolução definitiva, criada uma comissão independente (preferencialmente com sócios e elementos reputados, sem conflitos) para garantir que as decisões que afetam o clube não sejam feridas por interesses cruzados.

À restante direção digo isto com clareza: aceitar este estado de coisas, fingir que nada se passa ou procurar “justificar” a nomeação com subterfúgios é uma traição aos sócios. Se a direção acredita que isto é normal, então que saia. Não peçam aos sócios que confiem em quem banaliza conflitos de interesse. Confiar é coisa séria; governar um clube como o Rio Ave FC exige pudor, separação de poderes e serviço público — não a promoção de interesses entre empresas e presidentes.

Um trabalhador vende parte de uma empresa a outra entidade e depois vai presidir à empresa para a qual vendeu tendo decido o preço e as condições de venda ao seu novo "empregador"? Onde está a independência? Onde está a separação de funções? Onde está a defesa dos interesses do Rio Ave Futebol Clube e dos seus sócios?

Não há espaço para desculpas, não há espaço para esperar. A incompatibilidade é evidente!
Não há espaço para meias palavras: Demissão, transparência e responsabilização. Hoje.

Alexandrina Cruz, presidente da SAD - a questão (fundamental) de ter ou não funções executivas

No dia 9 de julho escrevi pela primeira vez sobre a hipótese, para mim já certa, de Alexandrina Cruz vir a ser a presidente da SAD em acumulação com a presidência do Clube.

Gostaria de deixar aqui a minha posição:

1. Idealmente não deveria acumular. Mas infelizmente as coisas têm corrido tão mal na SAD que irá fazer melhor do que esse caso perdido chamado Boaz (e aqui falo dos interesses da SAD e não do Clube, que em muitos casos podem não ser os mesmos).

2. Idealmente não deveria acumular porque há o sério risco de o Clube ser menorizado numa situação de dúvida. Vai ter de sancionar muitas decisões vindas de Atenas ou de Londres (é que lá está Lina, o seu grande apoio...), mesmo que não concorde com elas. Embora também se possa dizer que, estando lá, vai defender melhor os interesses do Clube, fico com muitas dúvidas.

3. Idealmente, se aceita ser presidente da SAD deveria demitir-se de presidente do Clube (poderia ser um gesto pouco mais do que simbólico, mas com valor ético). 

4. O que me parece francamente errado e mesmo perigoso é se Alexandrina Cruz vier a ter funções executivas na SAD. Aí, sim, acredito que os interesses do Clube podem futuramente ser prejudicados.

5. Uma decisão destas não pode ser transmitida através de um comunicado tão lacónico. Deveria ser acompanhado de uma entrevista aos meios do clube em que explica o seu ponto de vista e estabelece os seus limites. O que pensa fazer? Como pensa fazer? Porque aceitou? Os sócios têm dúvidas e direito a serem esclarecidos. 


 

2.10.25

Mais oráculos para a CMTV ("Nikos no banco Athanasiou a paciência")

 

Depois do genial trabalho 👀😁😤com a primeira lista de frases, fomos contratados para fazer os oráculos dos diretos da CMTV.

Aqui ficam mais algumas frases:

- Panzo, logo existo  

- Tobias ou não Tobias, eis a questão? 

Isto só vai Abbey ou a mal (comentário retirado do nosso FB) 

Ntoi a achar graça nenhuma (comentário retirado do nosso FB) 

- Bakoulas lesionado, Ndoi muito? 

- Nikos no banco Athanasiou a paciência 

- Clayton é o único com Olinho para o golo? 

- Sotiris um jogador aos 70 minutos? 

Mais dois processos judiciais (dividas) contra a SAD do Rio Ave







aqui tínha falado sobre o histórico preocupante de processos judiciais e dívidas acumuladas que a SAD do Rio Ave tem vindo a somar nos últimos anos. Infelizmente, a lista não pára de crescer, e nos últimos meses surgiram dois novos processos em tribunal contra a SAD.

O primeiro é movido por José Manuel Silva Oliveira (Jogador Zé Manel), que reclama uma quantia de 7.000 euros. Reclama valores que não foram pagos.

O segundo, mais significativo, é de Pedro Albergaria, ex-diretor desportivo do Rio Ave, dispensado no final da época passada. O antigo dirigente reclama 40.669 euros, valor que, ao que tudo indica, estará relacionado com a rescisão contratual ou remunerações em atraso.

Dois casos diferentes, mas que acrescentam mais peso a uma realidade cada vez mais difícil de ignorar: a SAD do Rio Ave tem um problema crónico de gestão e cumprimento de compromissos. Não me refiro aos montantes, mas sim de dívidas sucessivas que, somadas, vão desgastando a credibilidade e a imagem do clube/SAD.

Tudo isto levanta uma questão que não pode continuar a ser varrida para debaixo do tapete: até quando? Até quando continuaremos a ver a direção do clube (não SAD) a assistir a isto tudo no camarote?

O mais preocupante é que estas situações não são exceções pontuais — são sinais de um padrão que se repete. Cada novo processo é mais uma pedra na mochila pesada que o Rio Ave SAD carrega, e que inevitavelmente fere a credibilidade do clube e da SAD.

1.10.25

"Merecemos mais pontos do que os que temos" - As contas de Sotiris

No final do jogo de Famalicão, Sotiris voltou a repetir esta ideia: "merecemos mais pontos do que os que temos".

Penso que, entre os seus defeitos, não está o facto de ser gabarolas ou desonesto nas observações que faz dos jogos, pelo que faz sentido tentar perceber as contas do treinador:

Rio Ave,1 - Nacional,1 (o Rio Ave poderia ter vencido, mas lembram-se da péssima segunda parte?) seriam + 2

Arouca, 3 - Rio Ave , 3 (o Rio Ave permitiu o empate no final, em jogo equilibrado) poderiam ter sido + 2?

Rio Ave, 2 - Braga 2 (resultado justo porque houve duas partes distintas) +0

Moreirense, 3- Rio Ave, 1 (derrota justa)  +0

Rio Ave, 0 - FC Porto, 3 (derrota justa) + 0

Benfica, 1 - Rio Ave, 1 (o Benfica fez o suficiente para ganhar) -1

Famalicão, 0 Rio Ave, 0 (o Rio Ave não mereceu o empate) -1

Ou seja, com alguma boa vontade podemos admitir que o Rio Ave teria mais dois pontos do que os cinco que tem agora. Mas também se aceita uma outra leitura: que poderia ter menos dois do que tem (os dois últimos empates)