3.10.25

Alexandrina Cruz, presidente da SAD - a questão (fundamental) de ter ou não funções executivas

No dia 9 de julho escrevi pela primeira vez sobre a hipótese, para mim já certa, de Alexandrina Cruz vir a ser a presidente da SAD em acumulação com a presidência do Clube.

Gostaria de deixar aqui a minha posição:

1. Idealmente não deveria acumular. Mas infelizmente as coisas têm corrido tão mal na SAD que irá fazer melhor do que esse caso perdido chamado Boaz (e aqui falo dos interesses da SAD e não do Clube, que em muitos casos podem não ser os mesmos).

2. Idealmente não deveria acumular porque há o sério risco de o Clube ser menorizado numa situação de dúvida. Vai ter de sancionar muitas decisões vindas de Atenas ou de Londres (é que lá está Lina, o seu grande apoio...), mesmo que não concorde com elas. Embora também se possa dizer que, estando lá, vai defender melhor os interesses do Clube, fico com muitas dúvidas.

3. Idealmente, se aceita ser presidente da SAD deveria demitir-se de presidente do Clube (poderia ser um gesto pouco mais do que simbólico, mas com valor ético). 

4. O que me parece francamente errado e mesmo perigoso é se Alexandrina Cruz vier a ter funções executivas na SAD. Aí, sim, acredito que os interesses do Clube podem futuramente ser prejudicados.

5. Uma decisão destas não pode ser transmitida através de um comunicado tão lacónico. Deveria ser acompanhado de uma entrevista aos meios do clube em que explica o seu ponto de vista e estabelece os seus limites. O que pensa fazer? Como pensa fazer? Porque aceitou? Os sócios têm dúvidas e direito a serem esclarecidos.