Quando Marinakis veio ao Porto, no início do processo de criação da SAD, Alexandrina Cruz saiu do jantar indigitada como presidente da SAD, numa prova de confiança do investidor. E foi isso mesmo que ela disse aos sócios em AG. Tal não veio a acontecer porque o representante que Marinakis, indicado por Jorge Mendes, um tal de Cristiano, convenceu o investidor grego de eventuais incompatibilidades. E seria ele, Cristiano, o novo presidente da SAD. À última da hora, e sem que se saiba ainda a explicação, também ele cai, Boaz é encontrado de baixo das pedras e, exatamente no dia da escritura, depois de alguns convites recusados internamente, o diretor financeiro passa a administrador executivo.
Esta é, em poucas palavras, a história da SAD até ao dia do seu nascimento formal (31 de maio de 2024).
Sabendo o que se sabe, acredito que a SAD teria ficado melhor servida com Alexandrina Cruz como presidente do que com Boaz Toshav - e é público que sou um crítico do trabalho da presidente do Clube.
Por isso, agora que se volta a falar do assunto (e sendo certo que o IPDJ confirmou que não existe qualquer incompatibilidade legal), mantenho a opinião: se vai haver alguém a desempenhar as funções de presidente da SAD que seja alguém que conhece a realidade, como é o caso de Alexandrina, em vez de alguém que está em Inglaterra ou Atenas.
Outra coisa completamente diferente é se esse/a presidente virá a ter funções executivas. Se sim, acho que é o primeiro caminho para haver choques com o CEO Beristain. Por isso, acho que não deveria ter. Até para reduzir especulações sobre eventuais incompatibilidades éticas.