Consultando hoje a página do Rio Ave no Zerozero, percebe-se que a média de idades do plantel é atualmente ainda mais baixa do que a da época passada — quando já éramos a equipa mais jovem da Primeira Liga.
2023/24: média de 23,46 anos
2024/25: (até ao momento): média de 22,87 anos
É verdade que o mercado ainda está longe de fechar e é natural que venham a chegar mais reforços — o que poderá alterar ligeiramente esta média —, mas o sinal está dado. A estratégia mantém-se: entrada de jogadores jovens, com potencial, tendo em vista a sua valorização e posterior venda.
Alguns dados reforçam esta ideia:
- Apenas quatro jogadores do atual plantel têm mais de 25 anos: João Graça, João Novais, Clayton e Vrousai. Curiosamente, os dois primeiros terminam contrato já no final desta época e o quarto no final da próxima. Ou seja, contratos de curta duração, que apontam mais para transição do que para estabilidade.
- Dos 28 jogadores atualmente listados, 20 têm idade elegível para os escalões sub-23.
A aposta é clara: construir um plantel jovem, moldável, com margem de progressão, com muitos atletas oriundos de clubes controlados pelo acionista — e potenciar o seu crescimento desportivo e financeiro com vista a uma futura valorização.
O Rio Ave assume-se assim como uma plataforma de desenvolvimento. E, embora esta estratégia possa ser vista com diferentes lentes — umas mais críticas, outras mais compreensivas —, uma coisa é certa: o caminho está traçado e está a ser seguido com convicção.
Resta saber até que ponto esta juventude, aliada à inexperiência, conseguirá dar resposta às exigências competitivas da Primeira Liga. A época começa em breve, e será dentro de campo que a teoria será posta à prova.