Não foi a primeira vez que o Sotiris desfez o trio de centrais, mas penso não estar enganado se disser que só o fez, até hoje, a perder.
Ontem voltou a acontecer, mas com a curiosidade, que é um aspeto positivo: o Estrela marcou aos 28' e o Rio Ave não dava mostras de conseguir assumir o jogo. Sotiris leu bem e mexeu ao intervalo, sem esperar pelos 65 ou 70 minutos. Pohlmann foi bastante importante porque, com o seu jogo interior, conseguiu mais espaços e criar dificuldades à defesa do Amadora. O Rio Ave empatou e até acabou por ganhar, embora com metade dos remates do adversário. A sorte que nos faltou contra o Arouca, por exemplo, apareceu ontem e, sendo o empate mais justo, trouxemos os três pontos.
Sotiris também bem no final, quando reforçou o centro da defesa, já o Amadora tinha três avançados.
Acredito que a intervenção do treinador ao intervalo, com a mudança tática, foi essencial, mas, estando todos os Rioavistas satisfeitos, ninguém ficou encantado com a exibição. Lá chegaremos?
Uma nota final: entre os nove suplentes, apenas havia um avançado e nenhum extremo. Jogando o Rio Ave com dois extremos, tirar um (Spikic, o pior em campo, por sinal, ou André Luiz) significaria sempre mexer no sistema, ainda que não fosse essa a intenção do treinador.
Como se explica isso? Lobato lesionado, Medina também? Não há um extremo nos sub23 que possa jogar? A mim parece-me coisa de amadores, ainda por cima num plantel tão vasto. Mais, acho que um dos moços dos sub23 faria melhor do que Spikic!
Para a história fica a primeira vitória fora e a segunda, ainda por cima seguida.
[curiosidade: começámos com dois homens no meio, Ntoi e Aguilera, depois entraram Liavas e finalmente Papakanello. Acabámos com quatro e apenas Gual na frente]
(o melhor jogador do Rio Ave nesta altura, sem margem para dúvidas)

