30.4.25

Terminou a (má) época dos sub-23



Chegou hoje ao fim a época 2024/25 para a equipa de sub-23 do Rio Ave. A formação sub-23 encerrou a sua participação na Liga Revelação com uma vitória por 1-0 frente ao Mafra, numa partida que serviu apenas para subir do último ao penúltimo lugar (em igualdade pontual).

Apesar do resultado positivo, esta foi uma época marcada por muitos obstáculos. A chegada de inúmeros jogadores vindos de outras realidades voltou a ser uma constante, o que evidencia a falta de continuidade e ligação com os escalões de formação do clube. Um escalão como os sub-23 deveria ser, em grande parte, alimentado por atletas formados internamente — algo que não se verificou novamente.

O Rio Ave terminou a temporada em penúltimo lugar na série dos derrotados, com os mesmos pontos do último classificado, o que espelha bem o desempenho da equipa ao longo da competição.

Pedro Cunha, que regressou ao clube no início da época passada, completou a sua segunda temporada consecutiva à frente da equipa. Quando foi anunciado o seu regresso, a sua ligação anterior ao clube gerou alguma expectativa (pelo menos para mim). No entanto, os resultados nestes dois anos não corresponderam. Em nenhuma das temporadas conseguiu o apuramento para a fase de campeão, e ambas terminaram com o Rio Ave na segunda metade da tabela na série dos derrotados. Para além disso, não se registaram progressos visíveis em termos de integração de jogadores na equipa principal.

Com a crescente influência de Evangelos Marinakis na estrutura do clube, tudo indica que a próxima temporada trará mudanças profundas no futebol rioavista — e é possível que Pedro Cunha esteja de saída. 

Saiu-nos a fava; o azar de ter a pior SAD do futebol português

Fui contra (a forma como foi constituída) a SAD, mas, uma vez aprovada, o seu sucesso é o nosso sucesso.

Foi isso que respondi a um amigo, nosso leitor e também do jornal Terras do Ave, para onde escrevo, que me dizia que ocupo demasiado tempo a falar da SAD. 

Repito o que lhe disse: se o sucesso  da SAD é determinante para o sucesso do Rio Ave, o seu insucesso também se reflete, só que negativamente.

Por azar, já não bastava termos o pior estádio da primeira liga (agora nem isso...) e também temos a SAD mais estranha e mais mal gerida da primeira liga e isso preocupa-me. 

Sim, há uma dose de responsabilidade do investidor no que tem sido o percurso desportivo muito fraco desta equipa. Não acreditam? Aqui vai um exemplo desconhecido da maioria: quantos investidores ligam no final do jogo da primeira jornada a despedir o treinador (sim, frente ao campeão Sporting…)? Felizmente alguém convenceu Marinakis a pensar melhor e Freire continuou, mas todos estarão de acordo que isto não é maneira de liderar uma equipa. As intromissões constantes na construção da equipa são outro.

E mais ainda: Marinakis teve tempo suficiente para preparar a substituição do administrador destituído, mas já vão duas semanas e, com Toshav fora de Portugal, ninguém manda. 

Tenho a certeza de que se Marinakis gerisse assim a empresa de barcos já tinha ido à falência. 

Até arrepia…


 

 

29.4.25

Com pouco para dizer do Vitória, 3 - Rio Ave, 0, a A Chuteira dedica-se à crónica social

 


Renovar para crescer: o desafio eleitoral do Rio Ave


Falta ainda algum tempo para as eleições do Rio Ave Futebol Clube. A acontecerem no calendário habitual, só deverão realizar-se no final do próximo ano, muito provavelmente em novembro. 

É verdade que este é um tema que tende a dividir opiniões e gerar algum desconforto — sobretudo para quem há muitos anos se sente confortável nos corredores do poder do clube. 
Mas será cedo para o abordar? No meu entender, não. 
Pelo contrário, este é precisamente o momento certo para lançar a reflexão e abrir caminho ao debate.

O valor democrático da pluralidade de listas

Um clube vive da sua massa associativa e é nessa massa associativa que deve residir a força, a representatividade e a vitalidade das suas decisões. 
Quando existe apenas uma lista a sufrágio, o ato eleitoral transforma-se num simples formalismo — uma validação sem alternativa. Pior: cria-se a ideia de que quem já lá está tem o lugar assegurado por direito quase divino.

A existência de duas ou mais listas é saudável. Obriga a pensar, a discutir ideias, a apresentar projetos, a ouvir os sócios. Abre espaço à renovação e à exigência. E, acima de tudo, devolve aos associados o poder de escolha — esse que é o pilar de qualquer sistema democrático e participativo.

Num clube como o Rio Ave, com uma história rica, uma base de adeptos apaixonada e desafios cada vez mais complexos, a pluralidade eleitoral é um sinal de maturidade. Não se trata de criar clivagens desnecessárias, mas sim de dar voz a diferentes formas de ver o clube e de garantir que quem lidera o faz por mérito, por visão e por capacidade, e não apenas por inércia ou falta de alternativa.

A necessidade de renovação e novos rostos

Importa também olhar para dentro. O Rio Ave tem um conjunto de dirigentes que, com mais ou menos visibilidade, estão presentes nos órgãos sociais há décadas. Não está aqui em causa a competência ou a dedicação de quem dá o seu tempo e esforço ao clube. Mas a verdade é que, quando os mesmos nomes se perpetuam no poder, perde-se oxigénio. A renovação deixa de acontecer, o debate interno esmorece e, aos poucos, o clube vai-se tornando uma estrutura fechada sobre si mesma, desligada da realidade atual.

É fundamental que surjam novos rostos. Gente com ideias frescas, com outra ligação aos tempos que vivemos, com mais proximidade às gerações mais jovens e com capacidade para fazer do clube uma estrutura mais aberta, mais transparente e mais ajustada aos novos desafios.

Os cargos diretivos não devem ser vistos como tronos vitalícios, mas como responsabilidades transitórias, com dever de entrega e compromisso, mas também com a humildade de saber sair quando é tempo de dar lugar a outros.

Na história do Rio Ave, desde a década de 80, que as eleições têm tido apenas uma lista. Quase meio século de ausência de escolha real. Isso é um sintoma de estagnação, não de estabilidade. Um clube sem alternativas é um clube adormecido, onde a crítica se confunde com oposição e onde o receio de incomodar impede o progresso.

Dentro de dois meses, faz 2 anos que Alexandrina Cruz foi eleita Presidente do Rio Ave FC e muitos sócios têm sentido uma quebra evidente na ligação entre quem gere e quem apoia. A falta de informação, o distanciamento na tomada de decisões e a exclusão dos sócios dos momentos estruturantes têm vindo a acentuar a necessidade de mudança.

Por tudo isto, acredito que o futuro do Rio Ave beneficiaria imensamente de eleições com duas ou mais listas. Pela primeira vez em décadas, podermos ter um verdadeiro debate, uma escolha em consciência, um momento de envolvimento coletivo.

Não se trata de “dividir o clube”. Trata-se de o tornar mais forte. Mais plural. Mais representativo.

O Rio Ave merece. Os sócios também.

27.4.25

Uma época perdida



Esta época, por mais fotos bonitas que se tirem às bancadas, por mais publicações sorridentes que se façam nas redes sociais, por mais tentativas de mostrar uma falsa normalidade, é uma época profundamente negativa. Olhar para o que o Rio Ave Clube se tornou — ou melhor dizendo, para o que a sua SAD se tornou — entristece qualquer verdadeiro Rioavista.


A época começou com alguém ao leme que foi quase impingido por quem dirigia o clube na altura, através de uma renovação de contrato ridícula, feita meses antes do início das negociações para a conversão da SAD sem que esta consultasse o investidor. Um ato apressado e intencional que terá levado à SAD a permitir que o mesmo começasse a época. Um erro.
Luís Freire foi dispensado, e, já a meio de uma temporada e sem grande mercado disponível, contratou-se um treinador conhecido apenas por segurar equipas na Primeira Liga — sem grande qualidade de jogo, sem identidade, sem ambição. Mas acima de tudo, apenas para acabar a época, sem qualquer visão futura e de continuidade.

A equipa tornou-se numa verdadeira máquina de lavar roupa: entra quem o investidor quer, sai quem este não quer — muitas vezes de forma lamentável e desrespeitosa. Deixámos de ver uma equipa, uma estrutura, uma família. Hoje, assistimos a um desfile de interesses.

A ligação aos adeptos desapareceu. As decisões que foram tomadas alienaram quem verdadeiramente sente o Rio Ave.
Há um conjunto de pessoas — alguns que nem sequer são sócios do clube — que conseguem pacotes de deslocação mais atrativos do que aqueles que sempre pagaram quotas, bilhetes e viagens com sacrifício e que aconteça o que acontecer, sem eu entender porquê, acabam sempre a bater palmas.

Esta é a nova realidade.
Uma realidade onde até adeptos-ícones, pessoas que em tempos foram escolhidas para representar o clube na SportTV, hoje são silenciadas na bancada.

Uma realidade onde olhamos para o banco e vemos jogadores sem ligação ao Rio Ave, sem amor à camisola, a fazerem frete à espera do próximo clube.

Esta é a nova realidade.
Uma realidade onde nem os membros da administração da SAD sentem necessidade de acompanhar a equipa em todos os jogos. Seja por destituição ou férias.

Esta é a nova realidade.
Uma SAD sem identidade, sem paixão e sem respeito por quem construiu o que hoje tentam transformar num negócio frio e distante.

Que a próxima temporada pelo menos seja de mudança

(derrota 3-0 em Guimarães) Pesadelo durante uma hora do 'Olympiakos B'. Reação sem resultados

Não deve haver Rioavista que, nesta altura, não deseje ardentemente o fim da época. É que vamos terminar pior do que começámos e, mais grave, pior do que nas primeiras jornadas de Petit.

Durante a primeira hora a equipa voltou a mostrar-se à deriva e Petit voltou a baralhar(-se) as contas, desta vez optando por 3 avançados (Morais, Clayton e André Luiz) - ainda não se percebeu quando joga com três ou com dois. 

Bakoulas estreou-se fez o segundo jogo a titular e deixou marca: foi dele o primeiro golo do Vitória...

Os avançados, a começar por Tiago Morais, estiveram muito desinspirados, mas Tomé ultrapassou tudo e todos: falhou nos dois primeiros golos do Guimarães e foi substituído (entrou defesa e saiu defesa).

Ao intervalo, zero substituições.

Só aos 60 minutos, quando o Vitória já estava a descansar, é que se viu alguma coisa do Rio Ave, com três boas oportunidades de golo.

Em resumo: pesadelo durante uma hora e tentativa de reação quando estavam 3-0, sem resultados.

Nota: terminamos com três gregos, ex- Olympiakos, na defesa (mais Bakoulas)

Miszta foi o melhor


 

 

25.4.25

FUTSAL: Rio Ave volta a tropeçar frente ao “carrasco” Nogueiró e Tenões



A equipa sénior de futsal do Rio Ave FC saiu derrotada esta sexta-feira da deslocação ao pavilhão do Nogueiró e Tenões, perdendo por 7-6 num jogo em que Ruben Gois brilhou ao apontar cinco dos seis golos do Rio Ave.

Apesar do esforço ofensivo, o Rio Ave voltou a ser travado pela única equipa que, até ao momento, venceu os dois confrontos contra o Rio Ave nesta fase. Curiosamente, esta equipa (Nogueiró e Tenões) já comunicou à Federação Portuguesa de Futebol que não pretende subir de divisão, o que não faz deles um adversário direto.

A derrota complica as contas do Rio Ave na corrida pela subida à Primeira Divisão, no entanto, tudo está em aberto.



Mensagem final no encontro do técnico do Rio Ave quando alguns jogadores estavam desiludidos.



24.4.25

"O Rio Ave vai conseguir o objetivo [da permanência] muito cedo"

No dia 23 de dezembro, após a derrota do Rio Ave na Amadora, o treinador adjunto de Petit (na altura castigado), Nuno Pereira, disse: «Faltam muitos jogos, há muito jogo para ganhar e vamos conseguir os objetivos atempadamente. O Rio Ave vai conseguir o objetivo muito cedo, nem nos passa isso [lutar até final pela permanência] pela cabeça»,

Que eu tenha visto, (a equipa técnica de) Petit nunca se comprometeu com objetivos muito claros e esta terá sido uma das raras declarações nesse sentido.

Estamos a quatro jogos do final e a manutenção não está assegurada, embora pareça bastante provável (precisamos de um ponto em Guimarães e que o Benfica vença o AVS para ser já este domingo).

Deixemos os motivos e um balanço do trabalho para mais tarde. Mas é forçoso reconhecer que alguma coisa não correu bem e que as expetativas da própria equipa técnica não se cumpriram.



 

 

23.4.25

Olhar para trás e fazer uma análise ao percurso do Rio Ave na Taça de Portugal




O Rio Ave despediu-se ontem da Taça de Portugal, após perder por 1-2 frente ao Sporting, em Paços de Ferreira, no jogo da segunda mão das meias-finais. Com este resultado, a eliminatória terminou com um agregado de 1-4, desfavorável à nossa equipa. Assim, chega ao fim a caminhada do Rio Ave na presente edição da prova rainha.

É inevitável, neste momento, olhar para trás e fazer uma análise ao percurso do Rio Ave na Taça de Portugal 2024/2025. Eis o resumo das eliminatórias:
  • 3.ª Eliminatória: Atlético CP 1-3 Rio Ave (após prolongamento) – adversário da Liga 3
  • 4.ª Eliminatória: Alverca 2-2 Rio Ave (vitória nos penáltis) – adversário da Liga 2
  • Oitavos-de-final: Casa Pia 1-3 Rio Ave – adversário da Primeira Liga
  • Quartos-de-final: São João de Ver 1-2 Rio Ave (golo da vitória aos 98’) – adversário da Liga 3
  • Meias-finais: Rio Ave 1-4 Sporting (resultado agregado) – adversário da Primeira Liga

Se por um lado é justo reconhecer que o clube chegou às meias-finais da Taça de Portugal — o que não deixa de ser um marco positivo —, por outro lado é impossível ignorar que o trajeto foi tudo menos convincente.

O Rio Ave defrontou, até às meias-finais, apenas uma equipa do escalão principal (Casa Pia) e duas formações da Liga 3. Ainda assim, em praticamente todas as eliminatórias a equipa apresentou dificuldades em impor-se, tendo sido forçada a ir a prolongamento frente ao Atlético CP, vencido o Alverca apenas nas grandes penalidades e conseguido o apuramento frente ao São João de Ver com um golo de Clayton nos descontos.

A eliminatória frente ao Sporting acabou por ser a mais clara: superioridade do adversário sem margem para dúvidas, com o Rio Ave a ter dificuldades em criar perigo e a ser dominado em ambas as partidas.

É certo que para os registos históricos ficará o facto de o Rio Ave ter estado entre os quatro melhores da competição. Mas também ficará, para quem acompanhou a caminhada, a sensação de que a prestação não foi condizente com o estatuto nem com a qualidade que se espera de uma equipa da Primeira Liga. A falta de consistência e de ideias claras ao longo da competição deixam uma nota agridoce neste percurso.

O Rio Ave foi longe… mas nunca foi verdadeiramente convincente.

A Chuteira esteve em Paços, a ver a meia final da Taça

 


22.4.25

(Taça: 1-2 com o Sporting) O Jamor fica prá próxima

Talvez o melhor seja dizer qualquer coisa como: o Sporting tinha uma vantagem confortável, marcou cedo e garantiu a final. Missão impossível para o Rio Ave.

Mas como disse Petit, na antevisão do jogo ,há impossíveis que se tornam possíveis. E isso não pode depender apenas da sorte.

E, neste aspeto, devo dizer que não percebo  as últimas opções de Petit: 

- frente ao Braga vencemos com 3 avançados (Kiko, Clayton e Andre Luiz); 

- perdemos com o Casa Pia em 4-4-2; 

- em Alvalade, André Luiz e Clayton tiveram a companhia de Pohlmann;

-  a vitória em Moreira de Cónegos foi conseguida outra vez com 3 avançados (Tiago Morais, Zoabi e Andre Luiz); 

- mas frente ao Santa Clara houve apenas dois avançados (e empate).

Alguma diferença há de haver entre ter dois ou três avançados. Com mais avançados, teoricamente, haverá mais ataque. Mas num jogo como o de hoje em que o Rio Ave só teria hipóteses se marcasse vários golos, Petit voltou a ter apenas dois homens na frente. Medo de perder por muitos? Não entendo.

Foi por isso que fomos eliminados?

Claro que não, mas - coincidência ou não - o melhor momento do Rio Ave esta noite foi quando Petit mexeu e meteu Pohlmann e Tiago Morais juntamente com Clayton e André Luiz. Não chegou. 



Bicéfalos, sim somos (RA SAD + RA FC)!

Bicéfalos, porquê? Precisamos de o ser?

Ás vezes fico com a sensação de que somos um clube Bicéfalo, e na realidade na passada semana a minha dúvida transformou-se mesmo em certeza, e explico:

  1. Quando a SAD e/ou o FC têm que falar, fala a presidente do Clube por regra, já o representante dos sócios quase nunca fala, embora quanto a mim o deveria fazer mais vezes, seria a grande alternativa á presidente que quanto a mim é muito esquiva na forma o no conteúdo de falar e também porque gosto em regra do que diz o nosso representante na sad do clube(H. Maia), diz-lo com acerto e quase sempre a preceito. Já o presidente da SAD não fala, não fala português e por isso talvez se resguarde de falar em público.(mas pode falar em Inglês, seria importante para percebermos que existe, daria confiança aos sócios, ele falar ainda que em Iglês significa: -Presente!)
  2. Quando há problemas a presidente do clube desaparece. e o Presidente da SAD remete tudo para os comunicados na nossa página da Internet.
  3. Nos clubes ditos  "normais" existe SEMPRE alguém que dá a CARA. No nosso clube nunca sabemos quem vai responder, ou a quem pertence a iniciativa. Muitos têm sido os casos em que alguém fala de mais por falta de sintonia(união) e depois até é despedido.. E nem preciso de os enumciar.
  4. Quando contratamos alguém, se for com sucesso, é sempre a SAD e o Scouting a ter os louros. Ás vezes a presidente do clube tenta colar-se ao sucesso da SAD, mas é difícil, a SAD não a deixa. Mas, e  se correr mal? surge o tal silêncio, aquele que não esclarece ninguém, que atira a falta de transparência para os nossos olhos, olhos que percebem quase sempre o que eles(elementos da SAD e do Clube) não querem esclarecer, segundo alguns(e já ouvi isto): é melhor não falar para não aumentar o problema!!
  5. E quando o problema já está resolvido? É sempre a presidente que fala, que aparece, ela quer e gosta desse  protagonismo.
 Sim somos Bicéfalos, porque não temos um veículo único onde apenas se responde a uma só voz, para que se possa passar para dentro e para fora a ideia de união, de um só clube, sim no final nós somos um só clube. E dou um exemplo:  No FCP, SLB ou SCP, fala-se em presidente da SAD? não apenas se fala de presidente...Mas é o que temos, 2 presidentes, e temos que nos adaptar a esta realidade.

 Um clube é união, ou não? - Eu acho que sim!
 Ou seja na minha opinião, deveria haver mais "UNIÃO" nestas coisas da comunicação (acho que o nosso clube tem ainda que aprender muito nesta área). Não vos parece? 
 Pode não haver união dentro das instituições (SAD+Clube), o que é aceitável, nestas coisas existe negócio, e não tem que existir necessariamente unanimidade, mas deveríamos pelo menos sentir essa união quando se comunica cá para fora nas mensagens de, e para os sócios, como foi o caso desta páscoa(fotografia) onde ambos(SAD + Clube), enviaram através das redes sociais mensagens de boas festas. A ideia que passa é que estando "eles" na mesma "sala" não se falam.. de que há uma separação(tu és da SAD eu sou do Clube..) nada contra, se as mensagens fossem diferentes, ás vezes pode ser necessário "ouvir" a SAD e o Clube sobre um determinado assunto, mas quando os conteúdos são duplicados, acho e parece-me lógico que o façam em uníssono, ou então se não o quiserem fazer, fica sempre a ideia de que todos querem mandar o "bitite"  apenas e só  com vontade de aparecer como Bicéfalos!

21.4.25

Árbitro polémico apita o Rio Ave x Sporting

Hélder Carvalho é o árbitro nomeado para o jogo de amanhã. 
Foto: RR online

Como se não bastasse o facto de termos sido enganados (na minha opinião ) no jogo da 1ª  mão em Alvalade, ao ser assinalado um pênalti inexistente a favor do Sporting e que, como se percebeu, acabou por ter um peso elevado no resultado final, obrigando-nos agora a reverter uma desvantagem de 2 golos para a 2ª mão, ainda levamos com este árbitro...

 Já poucos se devem lembrar, mas Hélder Carvalho foi o VAR  que anulou um golo por 5cm ao Estoril, num lance bastante polémico e ainda assinalou um penálti no mesmo jogo a favor do Sporting aos 90+6 no jogo contra o Estoril, mais uma vez quanto a mim polémico porque eu, e a maioria dos comentadores acharam que não foi penálti. O Sporting venceu este jogo  por 3-1. Ainda segundo a Renascença, este árbitro, como VAR, teve nota 2 (negativa).

É  caso para dizer: não havia necessidade! Quanto a mim é sempre tudo muito suspeito. E apenas suspeito porque mais não posso dizer. Tirem as vossas conclusões!! 

Ps: Boa sorte para a "remontada" de amanhã!

Quem vai estar na nossa bancada?


O Rio Ave defronta amanhã o Sporting, no segundo jogo das meias-finais da Taça de Portugal, e apesar da importância do que vai acontecer dentro de campo, há um tema fora das quatro linhas que merece ser falado.

Na semana passada, o clube anunciou a venda dos bilhetes para esta partida. No entanto, algo saltou de imediato à vista: a comunicação inicial referia a venda de bilhetes para o “público geral” na bancada central — a mesma onde costumam estar os sócios e adeptos do Rio Ave. Rapidamente surgiram dúvidas entre os nossos sócios: estaria o clube a abrir a bancada central a adeptos do Sporting? Iriam os dois conjuntos de adeptos ser misturados?

Confesso que, na altura, pensei tratar-se apenas de um erro de comunicação, sobretudo tendo em conta que o clube apressou a venda de bilhetes depois do que aqui foi escrito.

Contudo, nos últimos dias, dois amigos meus, sportinguistas, enviaram-me mensagens retiradas de fóruns leoninos onde se debatia uma “solução criativa e barata” para garantir bilhete: tornar-se sócio do Rio Ave e assim ter acesso à compra de ingressos através da loja do clube ou mesmo online.

Para lém disso, que em jogos como este, há sócios que emprestam os seus cartões a familiares ou amigos de outros clubes para que possam assistir à partida, algo que tende a aumentar nesta fase em que jogamos “fora de casa”, em Paços de Ferreira.

A pergunta impõe-se: teremos uma bancada central cheia de adeptos do Sporting — ainda que disfarçados, sem adereços visíveis — no setor onde deveriam estar os nossos?

É certo que o clube não pode controlar tudo, nem todos os comportamentos individuais. Mas há uma coisa que tem de ser assegurada: a segurança e o bem-estar dos seus sócios e adeptos. Espero que haja um reforço a nível de segurança.

Que amanhã, em Paços, quem lá estiver a vestir verde e branco… seja mesmo pelo Rio Ave.

18.4.25

(1-1 com o Santa Clara) Justo, mas...

Os números dizem que o Santa Clara teve mais oportunidades e o dobro dos remates, mas no estádio não me deu essa impressão: jogo equilibrado, com mais atitude, é certo, dos açorianos.

No onze do Rio Ave destaque para a estreia do central Kostoulas (campeão da Europa na Youth League, pelo Olympiakos) que tem jogado nos sub23. Nos primeiros cinco minutos (dois lances) tremeu, mas para mim acabou por ser foi o melhor em campo. Temos homem!

Gostei de Abbey, de Ndoj, Novais e de Graça (ainda que irregular). Miszta seguro.

O Rio Ave jogou com 4 médios e com Clayton e André Luiz (desinspirados) na frente.


 

17.4.25

Vai ser mais caro ver o Rio Ave em casa do que em Alvalade






Cerca de uma hora depois da publicação do texto onde se lamentava a ausência de informações sobre a venda de bilhetes para a meia-final da Taça de Portugal, eis que surgiu o anúncio oficial por parte do Rio Ave. Fica o registo: parece que às vezes vale a pena questionar e escrever.

No entanto, ao olhar com atenção para os preços praticados, surge uma nova dúvida — talvez até mais difícil de explicar do que a demora na divulgação.

Os bilhetes para sócios do Rio Ave na bancada central do Estádio Capital do Móvel têm exatamente o mesmo preço que o Sporting praticou para os seus sócios na bancada nascente. Isto é: o nosso clube, que joga em "casa" vai praticar o mesmo preço para os seus sócios que o clube adversário pratica para os seus sócios.

Faz sentido?

Se olharmos ainda com mais detalhe, torna-se ainda mais caricato:

  1. Para ver o jogo da primeira mão, em Alvalade (cerca de 400 km de distância), os sócios do Rio Ave pagaram 5 euros pelo pack bilhete + deslocação.
  2. Para ver a segunda mão, num jogo "em casa", em Paços de Ferreira (cerca de 40 km de distância), o preço do mesmo pack sobe para 7 euros.

Ou seja, ver o Rio Ave em Alvalade saiu mais barato do que ir ver o Rio Ave "em casa".

Será que as portagens da A41 estão mais caras do que as da A1? Ou será que o gasóleo esta semana subiu drásticamente?

É difícil perceber esta lógica. E mais difícil ainda é aceitar que um clube como o nosso, que tanto precisa do apoio dos seus adeptos e que já joga longe do seu estádio, não procure ser mais agressivo nas suas campanhas de mobilização. 

Lamentável: Sporting já vende bilhetes e nós não sabemos absolutamente nada!





Na próxima terça-feira, o Rio Ave disputará em Paços de Ferreira a segunda mão da meia-final da Taça de Portugal frente ao Sporting. Um momento de enorme importância para o clube, que pode recolocar o Rio Ave na final da prova-rainha do futebol português. Mas, por incrível que pareça, a cinco dias do jogo, o clube ainda não anunciou qualquer informação sobre a venda de bilhetes.

A cinco dias de uma meia-final da Taça de Portugal, os adeptos do Rio Ave continuam sem saber como, onde ou quando poderão adquirir bilhetes para apoiar a equipa.

Em anos anteriores, o clube sempre promoveu com antecedência este tipo de jogos, permitindo organizar deslocações, criar entusiasmo e garantir que a equipa se fazia acompanhar de um forte contingente de apoio nas bancadas. Este ano, esse cuidado parece ter desaparecido.

Ainda mais incompreensível se torna a situação quando olhamos para o lado do adversário. O Sporting anunciou a venda de bilhetes no dia 15 de abril e iniciou a sua venda no dia de ontem. Ou seja, temos o clube visitante com bilhetes disponíveis… antes sequer do Rio Ave (clube visitado e organizador de jogo) informar os seus próprios adeptos sobre como será feita a venda.

Faz sentido?

É inevitável que surjam justificações habituais — como o facto de o Rio Ave ter ainda um jogo do campeonato antes da meia-final. Mas também o Sporting tem um jogo antes e não deixou de planear e promover a sua presença em Paços de Ferreira.

Será que o clube está a tentar evitar mobilizações de grande escala para reduzir custos, como o número de autocarros a disponibilizar? É apenas uma especulação. Mas, tendo em conta o silêncio e a demora, é um pensamento legítimo.

Seja como for, os adeptos merecem mais respeito. E a equipa também. Porque se há jogo que merece uma mobilização clara, planeada e apaixonada… é uma meia-final da Taça de Portugal.






Teremos de esperar pelo menos mais uma jornada



A permanência do Rio Ave na Primeira Liga foi um tema muito debatido entre os sócios. Muitos já a dão como garantida. E a verdade é que, estatisticamente, é de facto um cenário altamente provável — eu próprio o referi no final o último jogo.

No entanto, importa reforçar: ainda não é matematicamente certa.

Neste momento, o Rio Ave tem 9 pontos de vantagem sobre o lugar de play-off de descida, ocupado pelo AFS, quando faltam disputar cinco jornadas, ou seja, 15 pontos. No final da jornada deste fim de semana, restarão apenas 12 pontos por disputar.

Agora imaginemos o melhor cenário para nós: o Rio Ave vence o Santa Clara e o AFS perde com o Casa Pia. A diferença pontual entre as duas equipas ficaria então nos tais 12 pontos, mas… há um detalhe importante que não pode ser ignorado: o AVS tem vantagem no confronto direto, fruto da vitória na primeira volta e do empate nos Arcos.

Ou seja, mesmo no melhor dos cenários possíveis, a manutenção ainda não poderá ser confirmada esta semana. Para isso, teremos de esperar, pelo menos, mais uma jornada.

É compreensível que muitos já se sintam tranquilos — e com alguma razão. 

Mas a "festa"... essa terá de ser adiada pelo menos mais uma semana.


Ficam aqui os critérios de desempate




O papel dos administradores que representam o Clube na SAD

A administração da SAD do Rio Ave tinha quatro elementos, agora tem três, mas um dia acabará por ter cinco. Em qualquer caso, dois estarão sempre em representação do Clube. 

Tenho a certeza de que todos querem(os) que tudo corra bem. Mas vamos imaginar o seguinte (o que nem sequer é original, no futebol português ou europeu): os dois administradores que representam o Rio Ave entendem, após um acumular de situações, que os interesses coletivos (os do Clube) não estão a ser bem protegidos por algumas decisões do investidor - infelizmente, o que temos visto são decisões erráticas, inconsequentes e amadoras da administração, que culminaram agora com a destituição de um dos dois executivos. 

O que devem fazer? 

Em primeiro lugar, expressá-lo nas reuniões da Administração. Mas se isso não for suficiente, porque nada conseguem mudar? 

Então, devem dizê-lo aos sócios que os elegeram e que eles estão a representar. 

Não basta vir dizer depois que não concordavam com o que se estava a passar. Já tivemos um exemplo parecido no último mandato de António Silva Campos e são bem conhecidos os resultados desse silêncio.


 

 

16.4.25

O jantar de aniversário do Rio Ave com os associados está de volta!





Após alguns anos de interregno o jantar de aniversário do nosso Rio Ave Futebol Clube com os associados do clube está de volta.

As inscrições já estão abertas e podem ser feitas presencialmente na loja oficial do clube.
Custo por pessoa: 25€
Data limite para inscrições: 6 de maio


Parabenizo a direção do clube por ouvir os seus sócios e por ler os locais de escrita e trazer de volta uma iniciativa há muito desejada. 



15.4.25

De Jerez de los Caballeros a Vila do Conde: uma lição sobre a mobilização



Este fim de semana, algo absolutamente inesperado aconteceu em Jerez de los Caballeros, uma pequena vila espanhola com pouco mais de 9 mil habitantes. Mais de 500 pessoas, vindas de vários pontos de Portugal, cruzaram a fronteira para apoiar... o modesto clube local, 9.º classificado da quinta divisão espanhola.



Pode parecer estranho à primeira vista. O que leva meio milhar de pessoas a atravessar o país para ver um jogo da 5ª Divisão Espanhola? Tudo começou com uma simples brincadeira num podcast de humor sobre futebol, o Falsos Lentos, conduzido pelos humoristas Diogo Batáguas, Manuel Cardoso e Carlos Coutinho Vilhena.

A história: um dos assistentes de imagem e som do programa faltou a uma gravação e, ao ser confrontado, justificou-se com um jantar com uns tios espanhóis. Perante a pergunta "de onde são os teus tios?", a resposta foi: de Jerez de los Caballeros. O nome provocou gargalhadas e até a suspeita de que aquela terra não existia. Mas existia — e com clube de futebol próprio.

Mais tarde (uma semana depois) num gesto natalício, Diogo Batáguas ofereceu uma camisola do clube aos colegas, sugerindo que aquele passasse a ser o “clube comum” dos três. O que era apenas mais uma piada de bastidores cresceu de forma orgânica: o clube espanhol respondeu nas redes sociais, ofereceu aos humoristas quotas de sócios gratuitas por uma época, e a ligação foi-se tornando mais próxima.
O entusiasmo foi tal que o clube organizou uma excursão ao vivo até Jerez de los Caballeros com direito a bilhete de jogo e almoço para todos os que visitassem o seu estádio. Resultado? Bancadas cheias, cachecóis ao alto, cânticos, convívio e festa... tudo isto por um clube que poucos conheciam até há semanas.





E o que tem o Rio Ave FC a ver com isto?

Escrevo este artigo não só por achar a história maravilhosa, mas porque acredito que há aqui uma lição preciosa para o Rio Ave FC.

Numa altura em que a presença de adeptos nos jogos fora — especialmente nos mais distantes — é escassa, vale a pena perguntar: o que está a faltar? Por que razão um clube com presença na Primeira Liga, com anos de história luta para mobilizar algumas dezenas de adeptos em deslocações fora de portas?

A resposta não está, necessariamente, na qualidade do futebol praticado. Nem sempre se trata do amor ao clube — porque esse existe. A questão central pode muito bem ser: onde está a experiência?

Uma deslocação não deve ser apenas entrar num autocarro, seguir até ao destino, ver o jogo, e regressar. Isso, por si só, pode não ser suficiente para atrair novos adeptos ou mobilizar quem está mais afastado.
Uma deslocação pode (e deve) ser um evento. Um dia especial. Uma experiência.

Por que não criar programas de deslocação mais envolventes?
Por que não pensar em:
  1. Convívios pré-jogo, com churrascos, comes e bebes ou atividades lúdicas (em baixo deixo imagem do que o clube de Jerez proporcionou aos adeptos portugueses)
  2. Visitas culturais ou turísticas à vila/cidade que recebe o jogo
  3. Criação de uma comunidade digital ativa, que partilhe histórias e memórias dessas viagens?
  4. Escolher um adepto (ou grupo) para fazer a “reportagem do dia”, com vídeos e fotos da viagem, partilhados nas redes sociais do clube. Uma forma divertida de dar protagonismo à massa associativa e mostrar que seguir o Rio Ave é uma aventura.
  5. Entre outras...

O caso de Jerez de los Caballeros prova que as pessoas se mobilizam por causas que fazem parte de algo maior do que o jogo em si. Mobilizam-se por experiências, por momentos partilhados, por histórias para contar. E essas histórias não nascem por acaso — são pensadas, cuidadas e promovidas por quem acredita no valor de cada gesto.



Se queremos ver mais verde e branco fora de Vila do Conde, temos de nos reinventar. 
Temos de sair da lógica do “quem quiser, que vá” e passar para a lógica do “quem for, não vai esquecer”. A mobilização começa na forma como o clube comunica, organiza e envolve. 
O amor ao clube está cá. O que falta é o clique emocional que transforme cada deslocação num evento memorável.

O exemplo de Jerez mostra-nos que não é preciso um estádio grande, nem estrelas internacionais, nem uma divisão principal.
Basta uma ideia simples, um toque de humor, e sobretudo: vontade de fazer diferente.

Já agora, por curiosidade, o jogo terminou 0-0. 

Ficam aqui algumas imagens e vídeos desta mobilização


 

O CLUBE ESPANHOL FOI PARTILHANDO IMAGENS DOS SEUS ADEPTOS NAS REDES SOCIAIS


 

O CLUBE ESPANHOL PREPAROU O ESTÁDIO PARA RECEBER OS ADEPTOS PORTUGUESES ANTES DO JOGO


O CLUBE ESPANHOL PREPAROU REFEIÇÕES PARA TODOS OS VISITANTES 


O JORNAL  MARCA ESCREVEU INCLUSIVE SOBRE ESTA DESLOCAÇÃO

14.4.25

Administração da SAD do Rio Ave reduzida a 3 elementos? Diogo Ribeiro de saída (ATUALIZADO: é oficial)

Diogo Pinto Ribeiro foi contratado para diretor financeiro da SAD do Rio Ave (o mesmo lugar que tinha no Guimarães), mas na véspera da escritura de constituição da Sociedade foi apanhado desprevenido com a nomeação para administrador executivo (e mesmo assim foram quatro e não cinco, como faria sentido).

Com o outro administrador no estrangeiro (e os dois restantes não executivos), Diogo Ribeiro ficou a tratar de tudo, mesmo não sendo o presidente.

Os problemas eram visíveis, mas só tomaram outras proporções quando, a 10 de janeiro, Marinakis visitou as instalações e fez de Diogo Ribeiro o bode expiatório de (quase) todos os males. O seu destino estava traçado.

Por aquilo que me dizem, nesta altura a administração está reduzida a três elementos, com a saída de Diogo Ribeiro (no seu perfil do LinkedIn ainda está em funções, falta a confirmação oficial; para já serão apenas férias).

Responsável pela demissão: o novo patrão, Lina Soukoulou, a mulher que Marinakis pôs a mandar no negócio do futebol e que tem estado várias vezes em Vila do Conde.

Resta saber o que acontecerá a Boaz Toshav e quem substituirá Ribeiro.
 

(junto excerto de um texto que escrevi no jornal Terras do Ave de 5 de fevereiro, há mais de um mês portanto, para se perceber que nada disto é surpreendente) 

Atualizado a 15/4: 




Um fim de semana perfeito para o Rio Ave



O fim de semana não podia ter corrido melhor para o universo Rioavista. Em campo estiveram várias equipas do clube e todas corresponderam com vitórias importantes, cada uma com impacto direto nos respetivos objetivos. Foi, sem margem para dúvidas, um fim de semana perfeito!


Séniores Masculinos – Um passo gigante rumo à manutenção

A equipa principal venceu por 0-2 em Moreira de Cónegos, num jogo difícil frente ao Moreirense. Com este resultado, o Rio Ave soma agora 32 pontos e está a 9 pontos da zona de playoff, quando faltam apenas 5 jornadas para o fim da Liga.
A manutenção está agora praticamente assegurada — podendo até ser confirmada matematicamente já na próxima jornada. Foi uma importante vitória.


Séniores Femininas – A sonhar com a subida

As nossas seniores femininas também brilharam, com uma vitória por 0-1 frente ao Futebol Benfica, atual último classificado.
Com este triunfo, o Rio Ave soma mais 3 pontos e está agora a apenas 2 do líder Vitória SC, quando restam 2 jornadas para o final da competição.
O dado mais empolgante? Ainda vamos defrontar o Vitória na última jornada, o que significa que dependemos apenas de nós para garantir a subida direta à Primeira Divisão. 



Séniores Masculinos Futsal – A subir na tabela!

No futsal, a equipa sénior venceu por 7-4 a formação da UPVN, num jogo mais complicado do que o resultado pode indicar.
O Rio Ave manteve o 2.º lugar da classificação, mas beneficiou da derrota do líder Famalicão para se aproximar da liderança.
Recorde-se que o 1.º classificado sobe diretamente à Primeira Divisão, enquanto o 2.º terá de disputar o playoff. 


Juniores Masculinos – Vitória com a manutenção garantida

Já com o objetivo da manutenção assegurado desde a jornada anterior, os Sub-19 cumpriram a sua missão ao vencerem o Nogueirense, último classificado, por 0-2.
Na próxima jornada, defrontamos a Oliveirense, penúltima da tabela, numa partida que servirá para fechar a época.

13.4.25

(Vitória 0-2 em Moreira de Cónegos) Quem diria?

Depois de uma primeira parte ao nível habitual (fraquinha....) e de o primeiro lance de perigo ter surgido para nós só aos 61 minutos, o Rio Ave acabou por vencer por 2-0.

Explicação? A verdade é que a segunda parte do Rio Ave foi bem melhor, mas houve sorte e tudo nos correu bem (até no primeiro golo).

Depois de tantos jogos a somar derrotas, a vitória soube duplamente bem: pelos 3 pontos e porque quase garante a manutenção.

Justo? O empate teria sido mais justo.

Mais um bom jogo de Tiknaz, o melhor elemento da equipa nesta fase.


 

11.4.25

O porquê de jogarmos em Paços de Ferreira.

 Quando o Rio Ave  anunciou que iríamos jogar a Paços de Ferreira, de uma certa forma todos ficamos um pouco surpresos. Nada contra o facto de ser em Paços de Ferreira, mas a distância não me convenceu, é muito longe para a maior parte dos nossos adeptos e não tem transportes públicos diretos. E como todos sabemos existiam soluções bem mais próximas. O Daniel já aqui tocou no assunto do Rui Abreu! mas eis que a "luz" se fez. Rui Abreu, o atual presidente do Paços de Ferreira, eleito há cerca de 3 semanas, abriu as portas à sua anterior direção para que o Rio Ave pudesse jogar em Paços.

Nada contra  o facto, mas onde fica e está o nosso marketing? não ouvi nada...

Eu lembro que recentemente foi lançado um inquérito e nada se soube sobre o assunto, (inquérito que ainda está disponível???). Pergunto: Quais os resultados? seria interessante que o Rio Ave partilhasse os resultados deste inquérito, e que sugestões surgiram que a direção pode eventualmente implementar imediatamente sem custos para o clube? Ou ainda saber se as propostas dos sócios fazem sentido, bem como os números das muitas perguntas que foram feitas. Era interessante saber algo sobre o assunto, mas acho que a esta direção pedir esclarecimentos, é sempre pedir muito, porque nunca esclarecem nada. Lembro que passaram 6 semanas desde que o inquérito se iniciou!

PS: talvez o facto de não termos estádio adie a maior parte das decisões a tomar com base nas perguntas deste inquérito. Mas seria interessante saber muito mais acerca dele, sem dúvida que seria.

Joga quem treina melhor ou jogam por outros motivos?

Começo por dizer que quando um treinador afirma que jogam aqueles que treinam melhor (porque estão mais empenhados) acho isso uma treta. Se o Gyokeres treinar com uma perna às costas joga na mesma...

E se trago isto é porque pretendo desenvolver um tema que anda a intrigar muitos Rioavistas: porque joga a equipa tão mal? Penso que não será exagero dizer que esta é a pior fase da equipa, não só desportivamente mas também a nível de exibições.

A primeira coisa que penso ser justo dizer é que o problema não era de Freire. Eu pensei que era, mas a equipa, apesar de ter conseguido mais pontos, joga igual ou pior - a vitória frente ao Braga foi uma exceção. O problema, acho, não está nos treinadores.

Assim, sendo restam os jogadores.

a) Muitos têm grande currículo, mas na hora de cruzar ou roubar a bola ao adversário o currículo não joga, Pensar que Omar fez alguns jogos na primeira equipa da Bayern até arrepia... Não é o único. Pohlmann é outro caso ou mesmo Panzo. A explicação talvez esteja no facto de não terem recuperado psicologicamente da despromoção.

b) Sabe-se que há jogadores que jogam porque Marinakis manda. Acredito que Petit ainda faça o onze, mas se calhar não todo. E se há alguns que jogam porque o telefone toca de Atenas, isso só vai provocar desmotivação em alguns dos restantes.

Não sei se isto explica tudo o que se passa e se outro treinador não conseguiria fazer melhor (estou a falar em abstrato e não no despedimento de Petit), mas quem jogou o que o Rio Ave jogou frente ao FC Porto e Braga pode e sabe fazer mais do que temos visto nos últimos jogos.


 

 

 

9.4.25

Um Clube sem rosto

 

Daqui a 10 anos o Rio Ave terá um estádio excelente, um plantel a lutar pelos lugares europeus e será apresentado como uma SAD modelo, mas até lá chegarmos vamos ter de comer muito pó...

Desde o início que tenho escrito sobre as debilidades do modelo de gestão adotado pelo investidor, que, nesta altura, se poderia tornar um caso de estudo - pela negativa - nas universidades.

Uma das maiores fragilidades é a falta de uma cara, alguém que assuma quando é preciso assumir: e, se o Famalicão é o exemplo que temos mais próximo, é forçoso reconhecer que ali existe um rosto, mesmo que esteja a cumprir as diretrizes gerais do investidor israelita (o investidor do Famalicão não liga antes ou depois dos jogos a exigir a entrada ou saída de jogadores!).

Em termos de governação da sociedade desportiva, não existe ninguém. Os administradores não executivos aparecem em público (segunda foi Henrique Maia, na homenagem a João Novais), mas eles não mandam.

Quem fala em nome da SAD do Rio Ave? O diretor técnico? 

Neste momento, somos um Clube sem rosto, sem liderança, pelo menos externa, o que não é irrelevante. Talvez a má situação desportiva desta época possa também ter a ver com isso.

Por falar em homenagem a João Novais: é pelo menos a terceira vez que o hino do Rio Ave é interrompido para anunciar que determinado jogador completou X jogos com a nossa camisola. Obviamente que o Pioneiro é a última pessoa com responsabilidades nisso (cumpre ordens...), mas deveria estar na mente de todos que NUNCA se interrompe o hino. Por tudo e também por isto: os adeptos que o estão a entoar sentem-se como, quando são interrompidos?
 

8.4.25

O silêncio que envergonha: a primeira decisão da SAD que mancha o nome do Rio Ave junto das entidades que tutelam o futebol em Portugal



Há episódios que, por muito que se tentem ocultar, não passam despercebidos a quem acompanha verdadeiramente o clube. Este fim de semana aconteceu um desses momentos, e é impossível não o destacar: um erro de gestão que desvaloriza o nome do Rio Ave FC junto das entidades que tutelam o futebol em Portugal, particularmente a Associação de Futebol do Porto.

As seniores femininas do Rio Ave estavam esta época envolvidas em três frentes competitivas: a 2ª Divisão Nacional, a Taça de Portugal e a Taça Distrital do Porto. No entanto, aquilo que parecia uma demonstração de ambição competitiva acabou por se transformar num retrato preocupante de má organização.

O clube decidiu remarcar o jogo do campeonato nacional frente ao Gil Vicente para este fim de semana - estava inicialmente agendado para o mês de Março - (fruto da troca de equipa tecnica?), sabendo de antemão que tinha também agendado o jogo dos quartos de final da Taça Distrital frente ao Romariz Lousada — um encontro importante, uma vez que o vencedor teria pela frente o FC Porto nas meias-finais da competição.

A equipa do Romariz, com o seu calendário apertado e a lutar pela manutenção na Segunda Divisão, deixou claro desde o início que não estava disponível para adiar o jogo. Ainda assim, o Rio Ave insistiu na remarcação do encontro frente ao Gil Vicente, sabendo de antemão que não conseguiria estar presente nos dois compromissos.

Como consequência, o Rio Ave acabou por não comparecer ao jogo da Taça Distrital, perdendo por 3-0 por falta de comparência — uma derrota administrativa que não só impede a equipa de continuar a competir na prova, como levanta sérias questões sobre a imagem que o clube deixa junto da AF Porto.


Qual será agora a posição da Associação? Esta ausência poderá afetar a participação futura da equipa em competições organizadas pela entidade?

Mais grave do que o erro em si, é o silêncio. Nem o clube nem a SAD — que tantas vezes celebraram os bons resultados da equipa na Taça Distrital através dos seus canais oficiais — fizeram qualquer referência a esta situação embaraçosa. O silêncio foi absoluto. Como se nada tivesse acontecido. Mais, divulgaram a vitória frente ao Gil Vicente em meios de comunicação de clube e em lugares de sócios, mas omitiram-nos este capitulo negro. 

Afinal, o que tem a dizer a presidente Alexandrina Cruz, representante do clube, sobre esta gestão por parte da SAD? Uma gestão que compromete não só a participação desportiva como também o prestígio institucional do Rio Ave FC?

Quando se apela tanto ao profissionalismo e ao crescimento do futebol feminino, é essencial que as decisões internas estejam à altura dessa ambição. Neste caso, não estiveram.

650 em Paços: sinal para repensar a estratégia?





O jogo de ontem do Rio Ave teve lugar no Estádio Capital do Móvel, em Paços de Ferreira, e havia uma expectativa natural: quantos adeptos estariam presentes num jogo que, embora fora de Vila do Conde, era considerado "em casa"?

No total, estiveram 1060 espectadores nas bancadas. Cerca de 400 desses eram adeptos visitantes (nas bancadas e camarotes). Isso significa que o Rio Ave levou aproximadamente 650 pessoas ao estádio — incluindo os lugares dos camarotes.

É um número baixo. E importa refletir sobre o que pode estar a falhar.

Será que este número não é, por si só, um sinal claro de que é preciso fazer diferente?
Será que a SAD vai finalmente compreender que as deslocações e jogos "em casa", fora do nosso estádio, exigem uma estratégia de comunicação mais antecipada, mais intensa e mais mobilizadora?

A verdade é que muitos sócios e adeptos precisam de tempo para se organizarem. Transportes, horários, trabalho, família — tudo conta. E se a promoção dos jogos for feita em cima da hora, é natural que muitos optem por não ir.

Este número deve fazer soar os alarmes e, acima de tudo, provocar introspeção: como podemos fazer melhor?
Como podemos garantir que, mesmo longe do nosso estádio, o Rio Ave continua a sentir um grande apoio?

A resposta pode passar por campanhas com mais antecedência, iniciativas especiais para os sócios, ou até parcerias com grupos de adeptos para organizar deslocações.

O que não pode continuar é a apatia na promoção destes jogos. Porque o Rio Ave merece mais. E os seus sócios e adeptos também.