Há quase 20 anos [sim, o primeiro blogue foi em 2003...] que tenho como regra escrever uma análise, ainda que sucinta, ao jogo que acaba de terminar.
Só há duas situações que podem ser exceções: não ver o jogo ou não saber o que dizer. São ambas raras, mas acontecem.
Escrevo agora, quase 24 horas depois da derrota no Dragão.
E demorei tanto tempo porque me custa a aceitar que uma equipa jogue 90 minutos contra outra e não tenha um lance de golo (ou até um ataque digno desse nome, tirando a iniciativa de Pohlmann aos 76). Sinto-me embaraçado.
Já fomos goleados no Dragão e jogámos com olhos na frente, como houve outras situações em que até pontuamos com sorte.
Na época passada empatámos 0-0, o FC Porto dominou mas tivemos algumas oportunidades (fui confirmar, com a estatística, que foram 4).
Para mim, a exibição de ontem foi humilhante (os resumos que passaram hoje na televisão só mostram os golos e Jhonatan a segurar o barco) e tenho dificuldades em aceitar isso.
Mesmo estando no início, a equipa não é melhor do que a do ano passado? Tantos reforços, tantos milhões para ir ao Dragão ver o FC Porto jogar?
Li as declarações de Freire e senti que estava aliviado por ter perdido apenas 2-0. Já não estamos habituados a ver o Rio Ave jogar assim, mesmo sabendo que jogámos 45 minutos com menos um.
Pronto, já disse o que me vai na alma; domingo, frente ao Arouca, é para ganhar.
A mim, parece-me uma barreira mal formada. Jhonatan mais uma vez...