29.8.24

A Direção está cessante: Quem gere e como é que gerida a Associação Grupo 39? E o clube? Tomou algumas diligências?


É importante começar por dizer, que reconheço quer o esforço que todos os membros fazem em prol desta associação como também reconheço a importância da mesma.

Conheço muitas das pessoas envolvidas, algumas são amigas e que eu nutro um grande respeito e admiração. Mas ser isento é isto mesmo.

Antes de escrever este artigo, tive o cuidado de falar individualmente com vários membros desta associação. (Podem consultar aqui)
Nas últimas semanas, tenho olhado com muita curiosidade para o “estado” e desenvolvimentos da associação adeptos do Rio Ave FC - Grupo 39 (AARAFC-G39).


Não vou escrever sobre o que terá originado este término mas sim sobre o estado atual desta associação. Irei escrever por pontos para que seja de mais fácil compreensão:
  1. A associação foi criada em em finais de 2017 e foi criada com objetivo de aproximar os sócios e adeptos do Rio Ave FC ao clube;
  2. Segundo os seus estatutos Artigo 13. Alinhea 1, “os membros dos órgãos sociais serão eleitos por períodos de 2 anos”;
  3. No ano passado, deveria ter acontecido um ato eleitoral o que não se veio a verificar. Quer isto dizer que a direção que dirigia esta associação o fazia sem qualquer legitimidade e desrespeitando assim os seus estatutos (independentemente do valor e reconhecimento que lhe possamos atribuir);
  4. Existe um conjunto de regalias que são cedidas por parte do clube (não SAD) a esta associação;
  5. Apesar de não ter existido esta época até ao dia de hoje qualquer iniciativa de mobilização a terrenos de adversário por parte da associação, existe um conjunto de regalias que continuam como por exemplo a exploração de um bar;

Agora passarei a enumerar aqueles que são os aspectos mais importantes desta associação:
  1. É notório que nas últimas temporadas tem havido um aumento do número de pessoas que tem acompanhado o Rio Ave em jogos fora e que tão importante é para o clube. Esta temporada, desde que esta organização “está na situação atual” o número de pessoas que tem acompanhado a equipa tem diminuído. Mesmo no jogo em casa contra o Feirense, a “claque” tinha muitos poucos membros;
  2. Reconheço que o convívio no bar da avenida é benéfico e que permite-nos a nós sócios reunir um pouco antes do jogo perto do estádio;
  3. Este tipo de acções promove a coesão da massa associativa o que só contribuiu para a união dos sócios e adeptos do Rio Ave FC;

Ora, depois de enumerar o “rumo dos acontecimentos” e de reconhecer a importância que esta associação tem, não posso deixar de também enumerar um conjunto de situações que me parecem menos corretas:
  1. A direção desta associação demitiu-se mas não apresentou qualquer comunicado a divulgar a sua decisão. Não deixa de ser verdade que não estavam legitimados para fazer essa comunicação mas também não deixa de ser verdade que é contraproducente com o facto de terem exercido os seus cargos no último ano;
  2. O bar, mesmo com a direção cessante e tendo esta comunicado a Presidente Alexandrina Cruz a sua decisão de não presidir mais a associação (foi-me garantido) continua a estar aberto (assim aconteceu frente ao Farense). O clube está a ceder o espaço a quem se a associação não tem orgãos sociais eleitos e pessoas com legitimidade para gerir os “seus ativos”?
  3. Há comunicados públicos em grupo de adeptos e sócios do Rio Ave, em que há sócios que dizem que irão assegurar o funcionamento da associação e que assumiram (embora de uma forma não oficial) a responsabilidade de gerir o seu património. Mas com que legitimidade? O clube, reconhece alguma legitimidade a alguém que não foi a eleições?
  4. Tal como já escrevi: o relatório de contas da associação não é conhecido. Quanto é que a associação “faturou” no último ano e quanto dinheiro é que irá transitar para a direção seguinte? E nos anos anteriores?
  5. O bar, que foi uma regalia cedida à associação, continua a abrir com a direção cessante. Quem está a abrir o bar e como está a direção a controlar os seus ativos?
  6. Tendo o Rio Ave FC elementos na direção que já presidiram esta associação, logo deduzo que haja conhecimento dos seus estatutos, como é que permite este “anormal funcionamento”?

Eis o procedimento que eu acho ser o mais correto neste momento:
  1. O clube deverá suspender de imediato qualquer protocolo/regalias que estejam a ser cedidas até que este processo esteja resolvido;
  2. A antiga direção elaborar e apresentar os Relatórios de Contas dos anos transatos;
  3. Os mesmo, ainda que sem qualquer legitimidade, apresentarem a sua demissão por escrito e posteriormente convocarem eleições;
  4. Acontecer o ato eleitoral;
  5. Após a nomeação da nova direcção, esta direção sentar-se com a direção do Rio Ave FC e celebrar/reativar os protocolos necessários para o bom funcionamento da associação;


Seja quem for que assuma a direção desta associação, o mesmo deve ser eleito conforme está previsto nos estatutos da associação e o Rio Ave FC, como entidade referência que é, deve apenas elaborar acordos com associações que cumpram as suas obrigações legais.
É pouco relevante se é pessoa A, B ou C.
Existem trâmites que devem ser respeitados. 

Para o bem do Rio Ave FC (que a direção pode alegar que é alheia ao que se passa dentro da direção porque todos sabemos a relação de proximidade que tem com esta associação), é bom que a direção do clube não vá pelo caminho mais fácil para resolver este imbróglio: o término definitivo de qualquer protocolo de uma forma definitiva.
Para o bem da associação, é bom que quem se "chegue à frente" o faça de uma forma correta e seja legitimado para tal.
O clube agradece, a associação agradece e nós todos agradecemos. 

De resto, veremos já este Domingo se o Bar Avenida continua aberto/explorado a quem foi deixado a chave.