22.8.24

A importância de Vítor Gomes - O nosso capitão!

 

O futebol é muito mais do que um simples jogo, e, para os adeptos, é uma paixão que transcende as quatro linhas. Dentro desse universo, a figura do capitão de equipa assume uma importância que vai além das suas capacidades técnicas ou físicas. Ele é, em muitos sentidos, a alma de um clube, o elo que liga gerações e que personifica os valores e a história de uma instituição.
No nosso clube, neste momento, essa figura tem um nome - Vítor Gomes.
Formado no nosso clube, desde cedo mostrou a qualidade e a liderança que o levariam a voos mais altos. Ainda jovem, deu o salto para um clube maior, onde a coisa acabou por não correr da melhor forma. Regressaria sendo depois cedido a um clube húngaro.
Foi acumulando experiência que, muitos pensaram, fariam com que não mais regressasse ao clube que o viu nascer para o futebol. Contudo, o destino tinha outros planos.
Nove anos após a sua saída, quando o nosso clube atravessava um dos momentos mais delicados da sua história recente – a descida à segunda divisão – ele voltou. E voltou não como uma estrela em final de carreira, mas como um verdadeiro capitão, pronto para liderar, agora com a braçadeira no braço e o peso do mundo nos ombros. A sua presença no balneário, o seu exemplo de dedicação e a sua voz de comando tornaram-se inestimáveis.
Hoje, quatro épocas após o seu regresso, ele continua a ser a rocha onde se apoia a nova geração de jogadores que chegam ao nosso clube. Num momento de grandes mudanças no plantel, com a entrada de muitos novos jogadores, a sua manutenção na equipa revela-se mais crucial do que nunca. Mesmo que já não seja um titular indiscutível, mesmo que os seus minutos em campo sejam mais escassos, o que ele representa no balneário, o respeito que impõe e a experiência que partilha são valores inquantificáveis. Ele continua a ensinar o que significa envergar esta camisola, a mostrar que o compromisso com o clube vai além dos minutos jogados.
É verdade que é triste ver um ídolo a aproximar-se do final da carreira. Há um misto de nostalgia em cada partida em que o Vítor entra sabendo que o seu papel em campo já não é o mesmo de outrora. Mas há também um enorme orgulho. Orgulho em ver que, ao invés de abandonar o barco, escolheu ficar. Escolheu ser o capitão que lidera pela presença, pelo exemplo, pelo coração. E é esse tipo de legado que define verdadeiramente uma carreira. Não pelos títulos ou pelos golos marcados, mas pelo impacto duradouro no clube e nas gerações futuras.
No fim de contas, ele é a prova viva de que um capitão nunca deixa de ser, mesmo quando a carreira se aproxima do fim.