Esta é a segunda parte da entrevista feita a James Bambridge. 1ª parte aqui
Nascido e residente em Inglaterra, é sócio e adepto do Rio Ave.
5. Como descreverias a comunidade de adeptos do Rio Ave em comparação com a dos clubes ingleses?
A vossa comunidade é fantástica. Gosto do facto da comunidade se organizar com o objetivo de tornar as viagens sejam mais fáceis e económicas para todos e uma experiência agradável. O novo bar é uma ideia fantástica no exterior do estádio. Considero todas as pessoas que conheço simpáticas e prestáveis. Isto é um verdadeiro mérito do clube e dos adeptos. Têm várias equipas de diferentes idades e uma excelente academia, algo de que se devem orgulhar.
Infelizmente, os clubes ingleses são agora de grandes empresas e são geridos dessa forma. A Premier League é um projeto projeto caro e indulgente e, na minha opinião, não está muito interessada nos adeptos. Mesmo nas ligas inferiores é a mesma coisa. Tudo se concentra apenas em ganhar o máximo de dinheiro possível com os adeptos, por isso, para mim, o Rio Ave é uma experiência única.
Muitos dos meus amigos agora seguem o Rio Ave, pois falo-lhes sempre da comunidade de adeptos e do clube. Eles sabem da nossa viagem e de como o Rio Ave nos ajudou.
6. Recentemente foste ver o Rio Ave ao estádio do Swansea. Como é que foi ver o Rio Ave no teu país?
Foi ótimo ver o Rio Ave no Reino Unido. Estava entusiasmado por ver a nova equipa e como iria competir contra o Swansea, que há alguns anos esteve na Premier League e que está à espera de regressar. Foi uma longa viagem desde a minha casa até ao País de Gales, cerca de 350 km, e demorou 4 horas, mas valeu a pena. Muitas pessoas em Swansea falaram comigo para saberem quem eu era e porque é que eu apoiava o Rio Ave. Eu era a única pessoa com a camisola verde e branca nas bancadas. Consegui um lugar atrás do banco e pude ver os rapazes. Foi um jogo de pré-temporada. Foi pena que algumas oportunidades de golo tenham sido desperdiçadas numa fase importante do jogo e que o resultado pudesse ter sido mais equilibrado. Imagino que tenha sido uma experiência valiosa para os jogadores pelo facto de jogarem no estrangeiro. Espero que haja mais jogos no Reino Unido.
(James Bambridge no estádio Liberty Stadium, a assistir ao Swansea VS Rio Ave)
É assim que agora todos os clubes do Reino Unido são geridos, pelo que não se trata de um conceito novo. No entanto, já referi anteriormente a forma como os clubes ingleses são geridos e como empresas e o modelo de associação, na minha opinião, permite um melhor envolvimento dos adeptos.
Tentei seguir o processo da SAD e compreender como estão a correr as promessas feitas. Há alguma insatisfação. Não sei se isso se deve ao facto de os adeptos de deixarem de ter do controlo que tinham ou de uma sensação de desconhecimento. Talvez mesmo tudo não?
8. Onde achas que o Rio Ave vai estar esta época?
Será importante, com um início de jogos difícil nas primeiras jornadas, entrar rapidamente no meio da tabela e ganhar alguma confiança. Contra o Swansea, a equipa teve dificuldade em defender e criar oportunidades. É importante uma época de consolidação e de deixar assentar a poeira das mudanças do SAD.
9. Queres deixar uma mensagem aos adeptos do Rio Ave?
Sim, espero ver-vos em breve no nosso estádio e nos jogos fora de casa, que são dias divertidos.
Mantenham-se com a equipa e sejam pacientes, o Rio Ave é um grande clube.
No fim de contas, é desporto e os dias difíceis tornam os dias bons ainda melhores.
E, por fim, um grande obrigado a todos e aos meus amigos que conheci no clube.
Mantenham-se seguros, saudáveis e divirtam-se com o futebol.
Primeira parte da entrevista pode ler aqui