29.8.24

O melhor marcador do Nacional Sub-23 é um jogador do Rio Ave. E é um central! (Veja aqui todos os seus golos)



Ao fim de 4 jornadas, o melhor marcador do Campeonato sub-23 é um jogador do Rio Ave.

Chama-se Konstantinos Kostoulas, tem 19 anos e é um central grego!

Todos os golos (4) foram marcados na sequência de pontapés de canto (Cruzamento e ele encosta).

Segundo o Zerozero, Konstantinos Kostoulas tem apenas 1.85m (embora me pareça ter mais uns centímetros) mas isso não é impeditivo que se afirme de jogo para jogo, como um jogador muito perigoso nas bolas paradas.

Há também uma grande curiosidade: todos os golos à exceção do terceiro, foram marcados já depois dos 90min, sendo que o terceiro foi marcado também muito perto dos 90 (foi aos 88min).

O central está inscrito neste momento na Liga (sénior) por parte do Rio Ave.


Vejam de seguida os 4 golos

(golo na primeira jornada frente ao Braga)

(golo na terceira jornada frente ao Famalicão)




(os dois golos na quarta jornada frente ao Leixões)










A Direção está cessante: Quem gere e como é que gerida a Associação Grupo 39? E o clube? Tomou algumas diligências?


É importante começar por dizer, que reconheço quer o esforço que todos os membros fazem em prol desta associação como também reconheço a importância da mesma.

Conheço muitas das pessoas envolvidas, algumas são amigas e que eu nutro um grande respeito e admiração. Mas ser isento é isto mesmo.

Antes de escrever este artigo, tive o cuidado de falar individualmente com vários membros desta associação. (Podem consultar aqui)
Nas últimas semanas, tenho olhado com muita curiosidade para o “estado” e desenvolvimentos da associação adeptos do Rio Ave FC - Grupo 39 (AARAFC-G39).


Não vou escrever sobre o que terá originado este término mas sim sobre o estado atual desta associação. Irei escrever por pontos para que seja de mais fácil compreensão:
  1. A associação foi criada em em finais de 2017 e foi criada com objetivo de aproximar os sócios e adeptos do Rio Ave FC ao clube;
  2. Segundo os seus estatutos Artigo 13. Alinhea 1, “os membros dos órgãos sociais serão eleitos por períodos de 2 anos”;
  3. No ano passado, deveria ter acontecido um ato eleitoral o que não se veio a verificar. Quer isto dizer que a direção que dirigia esta associação o fazia sem qualquer legitimidade e desrespeitando assim os seus estatutos (independentemente do valor e reconhecimento que lhe possamos atribuir);
  4. Existe um conjunto de regalias que são cedidas por parte do clube (não SAD) a esta associação;
  5. Apesar de não ter existido esta época até ao dia de hoje qualquer iniciativa de mobilização a terrenos de adversário por parte da associação, existe um conjunto de regalias que continuam como por exemplo a exploração de um bar;

Agora passarei a enumerar aqueles que são os aspectos mais importantes desta associação:
  1. É notório que nas últimas temporadas tem havido um aumento do número de pessoas que tem acompanhado o Rio Ave em jogos fora e que tão importante é para o clube. Esta temporada, desde que esta organização “está na situação atual” o número de pessoas que tem acompanhado a equipa tem diminuído. Mesmo no jogo em casa contra o Feirense, a “claque” tinha muitos poucos membros;
  2. Reconheço que o convívio no bar da avenida é benéfico e que permite-nos a nós sócios reunir um pouco antes do jogo perto do estádio;
  3. Este tipo de acções promove a coesão da massa associativa o que só contribuiu para a união dos sócios e adeptos do Rio Ave FC;

Ora, depois de enumerar o “rumo dos acontecimentos” e de reconhecer a importância que esta associação tem, não posso deixar de também enumerar um conjunto de situações que me parecem menos corretas:
  1. A direção desta associação demitiu-se mas não apresentou qualquer comunicado a divulgar a sua decisão. Não deixa de ser verdade que não estavam legitimados para fazer essa comunicação mas também não deixa de ser verdade que é contraproducente com o facto de terem exercido os seus cargos no último ano;
  2. O bar, mesmo com a direção cessante e tendo esta comunicado a Presidente Alexandrina Cruz a sua decisão de não presidir mais a associação (foi-me garantido) continua a estar aberto (assim aconteceu frente ao Farense). O clube está a ceder o espaço a quem se a associação não tem orgãos sociais eleitos e pessoas com legitimidade para gerir os “seus ativos”?
  3. Há comunicados públicos em grupo de adeptos e sócios do Rio Ave, em que há sócios que dizem que irão assegurar o funcionamento da associação e que assumiram (embora de uma forma não oficial) a responsabilidade de gerir o seu património. Mas com que legitimidade? O clube, reconhece alguma legitimidade a alguém que não foi a eleições?
  4. Tal como já escrevi: o relatório de contas da associação não é conhecido. Quanto é que a associação “faturou” no último ano e quanto dinheiro é que irá transitar para a direção seguinte? E nos anos anteriores?
  5. O bar, que foi uma regalia cedida à associação, continua a abrir com a direção cessante. Quem está a abrir o bar e como está a direção a controlar os seus ativos?
  6. Tendo o Rio Ave FC elementos na direção que já presidiram esta associação, logo deduzo que haja conhecimento dos seus estatutos, como é que permite este “anormal funcionamento”?

Eis o procedimento que eu acho ser o mais correto neste momento:
  1. O clube deverá suspender de imediato qualquer protocolo/regalias que estejam a ser cedidas até que este processo esteja resolvido;
  2. A antiga direção elaborar e apresentar os Relatórios de Contas dos anos transatos;
  3. Os mesmo, ainda que sem qualquer legitimidade, apresentarem a sua demissão por escrito e posteriormente convocarem eleições;
  4. Acontecer o ato eleitoral;
  5. Após a nomeação da nova direcção, esta direção sentar-se com a direção do Rio Ave FC e celebrar/reativar os protocolos necessários para o bom funcionamento da associação;


Seja quem for que assuma a direção desta associação, o mesmo deve ser eleito conforme está previsto nos estatutos da associação e o Rio Ave FC, como entidade referência que é, deve apenas elaborar acordos com associações que cumpram as suas obrigações legais.
É pouco relevante se é pessoa A, B ou C.
Existem trâmites que devem ser respeitados. 

Para o bem do Rio Ave FC (que a direção pode alegar que é alheia ao que se passa dentro da direção porque todos sabemos a relação de proximidade que tem com esta associação), é bom que a direção do clube não vá pelo caminho mais fácil para resolver este imbróglio: o término definitivo de qualquer protocolo de uma forma definitiva.
Para o bem da associação, é bom que quem se "chegue à frente" o faça de uma forma correta e seja legitimado para tal.
O clube agradece, a associação agradece e nós todos agradecemos. 

De resto, veremos já este Domingo se o Bar Avenida continua aberto/explorado a quem foi deixado a chave. 

28.8.24

Foi há 10 anos que vivi aquela que foi a minha maior alegria com o Rio Ave FC.

 



Foi há 10 anos que vivi aquela que foi a minha maior alegria com o Rio Ave FC.
Esmael Gonçalves, marcava então o golo da vitória frente ao Elfsborg aos 92 minutos, selando assim a passagem do Rio Ave FC à fase de grupos da Liga Europa. (a 1ª vez). Estava a trabalhar para a minha entidade patronal que tinha a responsabilidade de transmissão do jogo. Recordo-me de abandonar o meu local de trabalho por 1 minuto e juntar-me à festa. Levei um grande "raspanete".. Mas valeu a pena!








27.8.24

O dia mais feliz da minha vida

Por vezes perguntam-me qual foi o dia mais feliz da minha vida (mais feliz em geral...).

A resposta é clara: 28 de agosto de 2014, o dia em que o Rio Ave venceu o Elfsborg no playoff da Liga Europa.

Foi este dia:

(curiosidade: nessa equipa estavam Ukra e Boateng, que saíram há poucos meses)


Treinador: Pedro Martins


26.8.24

A Chuteira esteve no Dragão!

 

(clicar na imagem para aumentar; sim, falhou a edição relativa à vitória frente ao Farense; ou férias ou greve...)

A Peculiar apresentação de Pancho (ver aqui)

 


O Rio Ave anunciou a contratação do central Pancho Petrasso de uma forma muito divertida.

A contratação já era dada como certa por muitos meios de comunicação social (e também por nós) desde a semana passada e o Rio Ave reconheceu que foi difícil esconder esta contratação até ao momento da sua apresentação sendo que recorreu ao "truque" da dupla Alemã Siegried e Joy para apresentar o central.


Veja aqui alguns exemplos da dupla Alemã

 




Veja aqui a apresentação engraçada do central que será reforço do Rio Ave por 4 temporadas.






A qualidade de jogo deixa muito a desejar

 

Nas primeiras três jornadas da temporada, o Rio Ave defrontou um desafio que, em teoria, se poderia considerar difícil. Defrontámos duas das maiores equipas do campeonato. O saldo pontual, à primeira vista, pode ser considerado positivo: uma vitória e duas derrotas. No entanto, a análise vai além dos números e o sentimento que prevalece é de insatisfação.


Olhando para a tabela pontual e tendo com consideração os jogos realizados, é tentador dizer que estamos num ponto satisfatório. Conquistar três pontos em três jogos, considerando a qualidade dos adversários, não é um mau resultado. 

Todos sabemos que o campeonato dificilmente se decide nestes jogos contra os grandes mas sim contra as equipas do "nosso campeonato". E, sob essa perspetiva, vencer o jogo contra o Farense foi importante.


No entanto, a fraca qualidade exibicional da equipa não pode ser ignorada. Se por um lado os pontos são o objetivo final, por outro, as exibições deixaram muito a desejar e isso também é de destacar. Frente às duas grandes equipas, a nossa prestação foi apática, desinspirada e sem ideias claras de jogo. Cometemos erros que não se esperam de uma equipa que tem investido tanto e acima de tudo, não conseguimos sequer incomodar seriamente os adversários.


Mesmo a vitória sobre o Farense não foi uma vitória resultante de um domínio avassalador e talvez o empate fosse o resultado mais justo.


A insatisfação que paira sobre as exibições não é um sentimento meu, basta ver as redes sociais do clube para ver que o sentimento é sentido por vários adeptos. As expectativas eram maiores principalmente no que diz respeito à qualidade de jogo. É necessário mais do que a conquista de pontos para que a época seja considerada bem-sucedida: é preciso uma evolução clara na qualidade de jogo, algo que ainda não tem acontecido.


O balanço pontual até pode ser positivo, mas a realidade é que a equipa tem muito a melhorar. Há que encontrar soluções rapidamente para que o futebol jogado esteja à altura das ambições traçadas. 



25.8.24

Vou tentar falar do jogo de ontem no Dragão...

Há quase 20 anos [sim, o primeiro blogue foi em 2003...] que tenho como regra escrever uma análise, ainda que sucinta, ao jogo que acaba de terminar.

Só há duas situações que podem ser exceções: não ver o jogo ou não saber o que dizer. São ambas raras, mas acontecem.

Escrevo agora, quase 24 horas depois da derrota no Dragão.

E demorei tanto tempo porque me custa a aceitar que uma equipa jogue 90 minutos contra outra e não tenha um lance de golo (ou até um ataque digno desse nome, tirando a iniciativa de Pohlmann aos 76). Sinto-me embaraçado.

Já fomos goleados no Dragão e jogámos com olhos na frente, como houve outras situações em que até pontuamos com sorte.

Na época passada empatámos 0-0, o FC Porto dominou mas tivemos algumas oportunidades (fui confirmar, com a estatística, que foram 4).

Para mim, a exibição de ontem foi humilhante (os resumos que passaram hoje na televisão só mostram os golos e Jhonatan a segurar o barco) e tenho dificuldades em aceitar isso.

Mesmo estando no início, a equipa não é melhor do que a do ano passado? Tantos reforços, tantos milhões para ir ao Dragão ver o FC Porto jogar?

Li as declarações de Freire e senti que estava aliviado por ter perdido apenas 2-0. Já não estamos habituados a ver o Rio Ave jogar assim, mesmo sabendo que jogámos 45 minutos com menos um.

Pronto, já disse o que me vai na alma; domingo, frente ao Arouca, é para ganhar.

A mim, parece-me uma barreira mal formada. Jhonatan mais uma vez...


24.8.24

Avé Jhonatan - FC Porto 2 - 0 Rio Ave FC

 Não aprendemos nada contra o Sporting e até pioramos. Em Alvalade aos 6 min já perdíamos, no Dragão foi aos 18 segundos!

 É um jogo fácil de comentar, a estratégia falhou mais uma vez devido a erros individuais, a equipa falhou devido mais uma vez a erros do treinador, que mais uma vez se preocupou em demasia com o adversário e pouco com o nosso jogo. 

O treinador disse no final que era preciso fazer alguma coisa e Freire não foi de modas, aos 36 min, 3 substituições de uma assentada, Sairam :Tiago morais,  Tomé, Kiko Bondoso. Entraram: Olinho, Graça, e Fábio Ronaldo...   

Mas vamos ao filme do jogo: 

1-0 aos 18 segundos de jogo. Galeno aproveita uma falha de marcação de J. Tomé, e nada a fazer. É um grande golo.

2-0 aos 29 minutos por Niko, marca com a bola a ressaltar num defesa nosso, e Jhonatan nada pode fazer.

Aos 42´min Patrick é expulso, forçado, era o 2º amarelo, tudo nos corria mal e era preciso fazer algo para estancar este FC Porto sob pena de sermos goleados.

 E de facto na 2ª parte mal ou bem conseguimos estancar o FCP avassalador dos 1ºs 30 min, e depois, depois valeu-nos JHONATAN. Se em Alvalade o criticamos porque enterrou, e muito, hoje temos que o elogiar, e se não saímos do Dragão com uma goleada a ele o devemos, calculei umas 8 ou 10  defesas de grande quilate. E por isso,  OBRIGADO Jhonatan.

 O FC PORTO baixou o ritmo na 2ª parte (obrigado...), o Rio Ave cerrou fileiras e por isso mas também por culpa do Jonathan, o resultado não mais se alterou. No final todos falharam, mas em boa verdade os que entraram, entraram melhor, os que saíram,  "entraram" desconcentrados, pouco unidos, e acabaram  por influenciar o resultado e a exibição.

Estatística ao intervalo e o típico nosso futebol sem baliza!

Defesa da noite de Jhonatan. Vale a pena ver!

Resultado peca por escasso. Num jogo onde quase tudo nos correu mal, só Jhonatan e a equipa que se uniu na 2ª parte vi como positivo no nosso jogo.

22.8.24

A importância de Vítor Gomes - O nosso capitão!

 

O futebol é muito mais do que um simples jogo, e, para os adeptos, é uma paixão que transcende as quatro linhas. Dentro desse universo, a figura do capitão de equipa assume uma importância que vai além das suas capacidades técnicas ou físicas. Ele é, em muitos sentidos, a alma de um clube, o elo que liga gerações e que personifica os valores e a história de uma instituição.
No nosso clube, neste momento, essa figura tem um nome - Vítor Gomes.
Formado no nosso clube, desde cedo mostrou a qualidade e a liderança que o levariam a voos mais altos. Ainda jovem, deu o salto para um clube maior, onde a coisa acabou por não correr da melhor forma. Regressaria sendo depois cedido a um clube húngaro.
Foi acumulando experiência que, muitos pensaram, fariam com que não mais regressasse ao clube que o viu nascer para o futebol. Contudo, o destino tinha outros planos.
Nove anos após a sua saída, quando o nosso clube atravessava um dos momentos mais delicados da sua história recente – a descida à segunda divisão – ele voltou. E voltou não como uma estrela em final de carreira, mas como um verdadeiro capitão, pronto para liderar, agora com a braçadeira no braço e o peso do mundo nos ombros. A sua presença no balneário, o seu exemplo de dedicação e a sua voz de comando tornaram-se inestimáveis.
Hoje, quatro épocas após o seu regresso, ele continua a ser a rocha onde se apoia a nova geração de jogadores que chegam ao nosso clube. Num momento de grandes mudanças no plantel, com a entrada de muitos novos jogadores, a sua manutenção na equipa revela-se mais crucial do que nunca. Mesmo que já não seja um titular indiscutível, mesmo que os seus minutos em campo sejam mais escassos, o que ele representa no balneário, o respeito que impõe e a experiência que partilha são valores inquantificáveis. Ele continua a ensinar o que significa envergar esta camisola, a mostrar que o compromisso com o clube vai além dos minutos jogados.
É verdade que é triste ver um ídolo a aproximar-se do final da carreira. Há um misto de nostalgia em cada partida em que o Vítor entra sabendo que o seu papel em campo já não é o mesmo de outrora. Mas há também um enorme orgulho. Orgulho em ver que, ao invés de abandonar o barco, escolheu ficar. Escolheu ser o capitão que lidera pela presença, pelo exemplo, pelo coração. E é esse tipo de legado que define verdadeiramente uma carreira. Não pelos títulos ou pelos golos marcados, mas pelo impacto duradouro no clube e nas gerações futuras.
No fim de contas, ele é a prova viva de que um capitão nunca deixa de ser, mesmo quando a carreira se aproxima do fim.

21.8.24

O plantel não pode ter 30 jogadores; alguns vão ter de sair

Até este momento chegaram 16 jogadores (jogadores que na época passada não estavam em Vila do Conde).

Se considerarmos que saíram 19 e que o treinador disse que viriam mais dois ou três, podemos concluir que as entradas equilibrariam as saídas.

O problema é que, nesta altura, há, potencialmente, 29 jogadores a treinar (os tais 16 mais 13, que já cá estavam). E escrevo potencialmente porque alguns podem estar já nos sub23 e não termos disso conhecimento. [o plantel do zerozero também tem 29 jogadores]

Nenhum treinador gosta de trabalhar com mais de 27 jogadores, pelo que é mais do que lógico que mais alguns passem para os sub 23 (os avançados Chukwudi ou Zoabi são candidatos) ou até que possa haver empréstimos (Rehmi ou Lomboto, por exemplo, vão ter dificuldade em competir e precisam de se afirmar). Repito, como mais dois ou três podem chegar, isso só agrava estas contas.

Uma curiosidade: o Rio Ave inscreveu, até agora, cinco guarda-redes na Liga de Clubes: Jhonatan, Mizta, o reforço Sina e ainda dois que penso serem dos sub23 (o sérvio Lazar, que foi ao Pais de Gales como 3º guarda-redes, e um georgiano chamado Sauri, de 18 anos). Quando um clube inscreve um jogador na Liga é porque admite que pode vir a precisar dele na primeira equipa.




James Bambridge: O inglês que se tornou Rioavista (2ª parte da Entrevista)


Esta é a segunda parte da entrevista feita a James Bambridge. 1ª parte aqui
Nascido e residente em Inglaterra, é sócio e adepto do Rio Ave.


5. Como descreverias a comunidade de adeptos do Rio Ave em comparação com a dos clubes ingleses?
A vossa comunidade é fantástica. Gosto do facto da comunidade se organizar com o objetivo de tornar as viagens sejam mais fáceis e económicas para todos e uma experiência agradável. O novo bar é uma ideia fantástica no exterior do estádio. Considero todas as pessoas que conheço simpáticas e prestáveis. Isto é um verdadeiro mérito do clube e dos adeptos. Têm várias equipas de diferentes idades e uma excelente academia, algo de que se devem orgulhar.
Infelizmente, os clubes ingleses são agora de grandes empresas e são geridos dessa forma. A Premier League é um projeto projeto caro e indulgente e, na minha opinião, não está muito interessada nos adeptos. Mesmo nas ligas inferiores é a mesma coisa. Tudo se concentra apenas em ganhar o máximo de dinheiro possível com os adeptos, por isso, para mim, o Rio Ave é uma experiência única.
Muitos dos meus amigos agora seguem o Rio Ave, pois falo-lhes sempre da comunidade de adeptos e do clube. Eles sabem da nossa viagem e de como o Rio Ave nos ajudou.


6. Recentemente foste ver o Rio Ave ao estádio do Swansea. Como é que foi ver o Rio Ave no teu país?
Foi ótimo ver o Rio Ave no Reino Unido. Estava entusiasmado por ver a nova equipa e como iria competir contra o Swansea, que há alguns anos esteve na Premier League e que está à espera de regressar. Foi uma longa viagem desde a minha casa até ao País de Gales, cerca de 350 km, e demorou 4 horas, mas valeu a pena. Muitas pessoas em Swansea falaram comigo para saberem quem eu era e porque é que eu apoiava o Rio Ave. Eu era a única pessoa com a camisola verde e branca nas bancadas. Consegui um lugar atrás do banco e pude ver os rapazes. Foi um jogo de pré-temporada. Foi pena que algumas oportunidades de golo tenham sido desperdiçadas numa fase importante do jogo e que o resultado pudesse ter sido mais equilibrado. Imagino que tenha sido uma experiência valiosa para os jogadores pelo facto de jogarem no estrangeiro. Espero que haja mais jogos no Reino Unido.

(James Bambridge no estádio Liberty Stadium, a assistir ao Swansea VS Rio Ave)


7 . O Rio Ave foi recentemente adquirido por um investidor. Qual é a tua opinião sobre esta mudança?

É assim que agora todos os clubes do Reino Unido são geridos, pelo que não se trata de um conceito novo. No entanto, já referi anteriormente a forma como os clubes ingleses são geridos e como empresas e o modelo de associação, na minha opinião, permite um melhor envolvimento dos adeptos.
Tentei seguir o processo da SAD e compreender como estão a correr as promessas feitas. Há alguma insatisfação. Não sei se isso se deve ao facto de os adeptos de deixarem de ter do controlo que tinham ou de uma sensação de desconhecimento. Talvez mesmo tudo não?
Parece que a falta de transparência é a principal questão para todos os insatisfeitos no que diz respeito a toda a condução de trabalho. Há alguns benefícios como trazer alguma estabilidade financeira e melhor acesso aos jogadores, mas parece que se abdicou de muito em troca das promessas feitas. Os adeptos em Portugal terão uma melhor compreensão das questões, uma vez que este é o vosso clube tem 85 anos.
O novo investidor é conhecido por nós no Reino Unido e está envolvido em Nottingham. O clube (Notthingham) tem passado por um período difícil e muitos adeptos tiveram problemas com o aumento dos preços, para além de terem mudado muito de treinadores e jogadores ao longo das várias temporadas. Relativamente ao Rio Ave, espero que agora tenha estabilidade dentro e fora do relvado.
Se pensarmos que investimento vai ajudar o Rio Ave a competir perto do topo da liga é positivo mas se falarmos da ligação dos adeptos ao clube, como sinto que alguns adeptos sentem, parece uma direção de sentido único e sem retorno, o que pode ser um difícil de lidar para alguns.
Penso que o tempo o dirá, mas os adeptos precisam de uma voz e de alguma moderação dentro da SAD. Uma coisa é certa: o Rio Ave não se pode dar ao luxo de sair da divisão principal.
Esse seria um caminho difícil. Como diz, é preciso "Todos a bordo".

8. Onde achas que o Rio Ave vai estar esta época?

Espero uma época em que a equipa esteja, pelo menos, segura na metade superior da tabela. É um plantel muito novo e o facto de ter acabado de sair do "bloqueio" às transferências significa uma começar do zero e um novo começo. A equipa tem tido dificuldades em marcar golos desde a perda de Medhi (pelo que não entendi que fosse fosse transferido por uma verba tão pequena) e isso será um desafio. No futebol, as equipas precisam de marcar golos.
Será importante, com um início de jogos difícil nas primeiras jornadas, entrar rapidamente no meio da tabela e ganhar alguma confiança. Contra o Swansea, a equipa teve dificuldade em defender e criar oportunidades. É importante uma época de consolidação e de deixar assentar a poeira das mudanças do SAD.
Uma boa campanha na Taça deve ser uma prioridade. Gostaria de ver o Vitor Gomes a desempenhar um papel mais importante e espero que não haja reacções/mudanças drásticas se as coisas ficarem difíceis na fase inicial. O treinador deve ter tempo para construir a sua equipa agora sem interferências, para depois poder ser julgado. Para mim, será interessante ver como é que o Panzo se comporta.

9. Queres deixar uma mensagem aos adeptos do Rio Ave?
Sim, espero ver-vos em breve no nosso estádio e nos jogos fora de casa, que são dias divertidos.
Mantenham-se com a equipa e sejam pacientes, o Rio Ave é um grande clube.
No fim de contas, é desporto e os dias difíceis tornam os dias bons ainda melhores.
E, por fim, um grande obrigado a todos e aos meus amigos que conheci no clube.
Mantenham-se seguros, saudáveis e divirtam-se com o futebol.


Primeira parte da entrevista pode ler aqui

20.8.24

Quem é Omar Richards? Lateral esquerdo Inglês.

É o jogador mais titulado do nosso Plantel e também o mais valioso, conquistou já:


1 Bundesliga; 
1 super-taça da Alemanha; 
1 Conference League

Imagens extraídas do Website Transfermarket e também do Website do Rio Ave

Resumo:
    1. Lateral defesa esquerdo, médio ala!
    2. 26 anos, 1,74m
    3. Empréstimo do Nottingham, veio por uma época.
    4. tem 10 mil minutos de jogo ao longo da sua curta carreira
    5. Hábil, rápido, Intenso
    6. o jogador que o Carlos Francisco tanto pediu, lol
    Sobre:
      O Rio Ave acaba de anunciar mais um reforço. Segundo apurei, através de várias fontes, trata-se um defesa esquerdo moderno, hábil a defender, bastante intenso, rápido, muito versátil, pode fazer as 3 posições da ala esquerda, cruza com intensidade, joga muito bem de cabeça, é esquerdino, é bom no um para um. Vi-o jogar por dentro na esquerda e ainda tem golo.
    Na sua despedida no Nottingham fez golo, na carreira tem poucos mas tem.

    Enfim, ainda que por empréstimo, é uma grande contratação e uma das que realmente precisávamos. Creio que veio um titular e não um potencial, desta vez.

     Algo mais que apurei na net: Antigo internacional inglês dos sub21, tem no currículo jogos a extremo e a médio esquerdo, ou seja é um jogador de ala, ao jeito do que o treinador gosta. Fez 92 jogos e quase 7 mil minutos no Championship, fez 18 jogos na Premier League, na 2 quase 1400 minutos, fez 12 jogos na Bundesliga mas apenas 435 minutos, jogou também na Champions league e inclusive jogou contra o Benfica na época 22-23 com derrotas para o SLB em ambos os jogos. No total, pelo Bayern fez 17 jogos nas várias competições.  Na época passada tem poucos minutos no Olympiacos, na liga grega, no total, fez quase 600 minutos, mas foi quase sempre suplente não utilizado, No entanto ainda fez jogos na Conference League, nomeadamente as meias finais. Valor de mercado: 2,5 milhões, o  Nottingham pagou 7 milhões ao Bayern que o recebeu a custo zero.


      A minha Opinião: Parece que contratamos um craque, o tempo o dirá, mas acho que este jogador veio para ser titular, e não me admira que até jogue já contra o FC Porto. 

    https://www.youtube.com/watch?v=JQZn0FQxFik

    Mais dados do jogador:

    Eles olham para a esquerda… e treme treme

    Após o assunto já ter sido abordado em textos de opinião seja por colegas deste ou doutros espaços, fosse em comentários ou conversas com compinchas e até pelo treinador, escrevo o meu primeiro texto nesta época para assinalar aquela que é para mim a principal “falha” neste plantel. Sim - é não haver um canhoto, mas concordando com alguns argumentos, não creio que o problema seja cingido a não ter um extremo e/ou lateral canhoto.

    Ponto prévio: eu preferia de facto que o jogador que faz a lateral esquerda fosse canhoto porque ao contrário do que disse Luis Freire na época da subida e que veio a assumir mais tarde falando numa (óbvia) linha de cinco, esse jogador não é um extremo esquerdo, não é um médio-ala esquerdo, mas sim um lateral esquerdo, desmentindo-se mais uma vez a semana semana…

    Esse jogador, não sendo canhoto, admito que possa ser destro num determinado contexto.

    O treinador referiu os exemplos de Galeno e de Catamo. Ponto prévio: não são os melhores: esses jogadores jogam em equipas que têm uma percentagem de posse que nós não conseguimos ter pela qualidade geral do plantel o que os projecta e os torna na realidade em médios e não em defesas, mas mais que isso e aí é que o ponto é na minha opinião relevante, o central que lhes dá apoio joga com o pé esquerdo no caso do Otávio com o Galeno (destro a jogar na esquerda) e com o Quaresma (ou St. Juste o ano passado) com o pé direito no caso do Catamo (canhoto a jogar na direita) – este último será o melhor caso para comparar com o nosso dada as parecenças com o sistema.

    Posto isto, Luis Freire tentou mais uma vez fazer de nós parvos (foi só mais uma e como sempre é só uma de cada vez, contradizendo aquilo que já tinha contradito…), mas esquece-se que enquanto adeptos do Rio Ave nós já andamos lá em cima, na Europa, em finais de Taças e temos um histórico de treinadores que também nos fizeram evoluir enquanto adeptos e “leitores” do jogo como Pedro Martins, Nuno E. Santo, Luis Castro, Daniel Ramos ou Carvalhal (só para dar alguns exemplos recentes) sendo eles treinadores de um nível a que Freire ainda não chegou.

    Portanto sim, nós podemos ter um lateral de pé contrário, mas não com um central que ao subir e ao dar o apoio vá para dentro tal como o lateral e o médio que jogam desse lado, pois isso tira profundidade à equipa, porque a quem Luis Freire nos quis comparar tem esse jogador para dar o profundidade à equipa. Vemos por vezes Otávio a subir (não muito é verdade) e vemos muito mais Quaresma a fazê-lo e por fora, quando Geny ou agora Quenda vem para dentro. Patrick William, de quem eu já desde que chegou digo que merece mais oportunidades, tentou, mas acabou por vir muitas vezes para dentro… porque não tem pé esquerdo, fazendo o mesmo movimento de Vroussai.

    Posto isto, para fazer o que fez gostava mais de ver Patrick a jogar a central pela direita pois seguramente ajudaria muito mais, ou então que se contratasse o tal lateral canhoto, ou ainda a solução que resolveria na minha opinião melhor o problema, ter um central canhoto de preferência rápido – e é esta a contratação que creio que é prioritária - um central canhoto e rápido, porque dos que seguem no plantel do ano passado nenhum é, nem canhoto nem rápido.

    Defesa central por 1 milhão de euros



    Segundo Uriel Iugt, jornalista bastante informado no mercado Sul Americano, o Rio Ave chegou a entendimento com o Independiente Rivadavia para a contratação de Francisco Petrasso. Rio Ave FC SAD pagará 1milhão de euros por 90% do passe.

    É um defesa central argentino, tem 22 anos, contabiliza 2 épocas como sénior, sendo que o ano passado foi campeão nacional da segunda divisão argentina.

    Esta temporada contabiliza 20 jogos e 2 golos marcados, sendo que segundo o zerozero desde 15 de Junho (desde que foi expulso num jogo do campeonato frente ao Huracan) tem sido pouco utilizado (apenas jogou mais 5 minutos).

    Esta temporada, nos 20 jogos realizados, foi expulso por 3 vezes.

    Nota: caso seja oficializada esta contratação, ficaremos com 6 centrais (Panzo, Nobrega, Patrick, Aderlan, Renato e Petrasso) + 2 sub-23 (Lomboto e Kostoulas) ou sairá alguém?



    James Bambridge: O inglês que se tornou Rioavista (1ª parte da Entrevista)

    Segunda parte da entrevista pode ler clicando aqu 


    No mundo do futebol, as paixões muitas vezes surgem de onde menos se espera. É comum ver adeptos apaixonados pelo seu clube local, mas de vez em quando, surge uma história que desafia essa norma. É o caso de James Bambridge, um inglês que, contra todas as probabilidades, se apaixonou pelo Rio Ave FC, um clube português situado na pitoresca cidade de Vila do Conde.

    Recentemente esteve no País de Gales a ver o Rio Ave jogar frente ao Swansea.

    Entrevistei-o: explorei como nasceu esta ligação improvável, como James Bambridge  acompanha o dia a dia do clube a partir de Inglaterra, e o que faz do Rio Ave FC tão especial para ele. Ao longo desta entrevista, James Bambridge partilha connosco as suas experiências, momentos inesquecíveis e reflexões sobre ser um adepto de coração verde e branco, mesmo a milhares de quilómetros de distância.


    1. Como e quando começou a tua paixão pelo Rio Ave FC?
    Esta é uma longa história que já vem de há alguns anos. Sou um grande adepto de futebol, mas apenas apoio a seleção nacional inglesa. Vou a todos os seus jogos e a alguns no estrangeiro. Sempre gostei de assistir a jogos de clubes em diferentes países ao longo dos anos e em diferentes campos para conhecer o futebol local e descobrir a história dos clubes de futebol do estrangeiro.
    A minha mulher é da Póvoa e há 25 anos que vamos à região, por isso tenho interesse no futebol português. Vivemos em Inglaterra, mas temos uma casa de férias na Póvoa e passamos algum tempo na vossa zona. 
    Quando eu visitava a Póvoa, eu e o meu filho andávamos sempre à procura de jogos para ver.
    Inicialmente, não sabia que Vila do Conde tinha uma equipa de futebol, uma vez que Rio Ave não é o nome da cidade. Há cerca de 8 anos, estávamos de férias e procurávamos um jogo local para ver e alguém disse-me que o Benfica ia jogar contra o Rio Ave e que eu devia assistir. Nunca tinha feito essa ligação entre a cidade e o Rio Ave.
    Assim, um dia fui dar um passeio à volta da praia. Perdi-me em Vila do Conde e perguntei a algumas pessoas pessoas como chegar ao estádio para ver se conseguíamos arranjar bilhetes. Um homem e a sua mulher estavam no jardim da frente e disseram que iam passar pelo estádio e perguntaram se eu queria boleia. Entrei na carrinha deles com o cão. Foi um pouco louco, mas eles levaram-me ao estádio e consegui bilhetes. Quando chegámos ao jogo, fomos até à cidade.
    Eles tinham bifanas na estrada e havia um pôr do sol vermelho incrível sobre o aqueduto perto do estádio. Foi um momento Wow.
    Foi o início de tudo!
    Desde então, tenho ido ver os jogos quando estou em Portugal e depois comecei a ir a alguns jogos fora com o meu filho.
    Conhecemos algumas pessoas ao longo dos anos e tem sido muito divertido.
    Não tenho um clube em Inglaterra que apoie, por isso o Rio Ave tornou-se a minha equipa.


    2. Com que frequência assistes aos jogos do Rio Ave na TV e como é a experiência para ti?
    Vamos visitar-vos principalmente nas férias ou para ver a família várias vezes por ano. Se houver jogos para ver, faço sempre questão de ir. Também gosto de ver alguns dos jogos dos juniores durante o ano. Eu gostaria de ver mais e talvez no futuro tenha mais oportunidades, pois passo mais tempo em Portugal. Já fui a jogos em casa e fora nas viagens de autocarro.
    Os horários são diferentes dos de Inglaterra, onde temos muitos jogos durante o Natal. O agendamento dos jogos que não acontece com grande antecedência por causa da programação da televisão portuguesa tornam por vezes difícil planear mais. Tenho lugar anual, que tem um valor fantástico em comparação com os clubes ingleses.
    O Rio Ave é um clube local fantástico com pessoas genuinamente simpáticas e a quem não posso agradecer o suficiente por nos fazerem sentir tão bem-vindos. A experiência dos dias de jogo é diferente no Rio Ave. A sensação é de comunidade e os e os adeptos são apaixonados pela sua equipa.


    3. Como é que acompanhas as notícias e o dia a dia do clube a partir de Inglaterra?
    Acompanho todas as notícias online, mas também vejo os jogos em direto na televisão, aqui em Inglaterra. Existe uma grande comunidade portuguesa na cidade onde vivo, chamada Kettering. (estamos perto da cidade de Leicester e a cidade tem vários bares e cafés geridos por portugueses que são muito populares. Eles também transmitem jogos em direto da Liga Portuguesa.


    4. Qual foi o momento mais marcante que viveste enquanto adepto do Rio Ave?
    O meu momento mais memorável é algo especial. Sou voluntário em Inglaterra e administrador do nosso grande clube desportivo local, que pratica seis desportos. É amador e destina-se à comunidade local e para as crianças da zona. Dirijo a nossa secção de futebol chamada Hawks FC. Com o tempo, fiquei a conhecer a Marcela Schacht que trabalha no clube e o Rui Fernandes. A Marcela conheceu-me a mim e ao meu filho, pois éramos um dos poucos sócios estrangeiros. Eu treinava a nossa equipa de jovens dos 6 aos 18 anos e começámos a falar de uma digressão para jogar em Portugal. Era um bocado um sonho mas graças ao Rio Ave e à Marcela tornou-se possível. Fomos a Vila do Conde no verão de 2022 para fazer três jogos.
    Jogámos contra Laundos, Varzim e terminámos a nossa digressão contra a equipa sub-17 do Rio Ave no campo de treinos dos Arcos. Foi uma experiência fantástica. No Rio Ave foram fantásticos connosco e criaram memórias para todas as vinte e três pessoas que viajaram e teremos sempre no nosso coração este gesto. É por isso que acompanho as equipas jovens. Houve alguma cobertura local da viagem, e temos fotografias no nosso site. A nossa equipa de sub-10 chama-se Hawks Rio Ave, e recebemos uma mensagem de Ukra nos prémios de fim de época e da equipa sub-10 do Rio Ave. Esperamos um dia poder trazê-los para jogar em Portugal.
    Desde ver a equipa jogar, todas as viagens fora de casa e as viagens de autocarro são memoráveis. Fui convidado por alguns sócios para almoçar numa delas no ano passado. É claro que ver a equipa esta pré-época a jogar no Reino Unido foi fantástico.
    Para mim, este tipo de recordações são importantes. 
    Gostaria muito de ver a equipa jogar no Jamor.

    (a equipa de jovens quando visitou a academia do Rio Ave)



    19.8.24

    Tenho grandes expectativas mas este arranque não tem sido positivo (formação)

     



    O início de época não tem corrido como o esperado para as nossas camadas jovens.

    Com a constituição da SAD toda a formação acima dos sub-15 (inclusive) passaram para a alçada da SAD. Perante esta reorganização, foram feitos grandes investimentos (novos jogadores e bastantes alterações a nível de coordenação) que me levam a pensar que vamos ter uma melhoria a nível de resultados nas camadas jovens.

    No entanto, é algo que não se tem verificado.

    É importante dizer que estamos numa fase muito precoce da época mas esperava mais neste arranque.

    Resultados das nossas equipas:

    Sub-23
    1 Derrota e 1 empate em 2 jogos.

    Sub-19
    2 Derrotas em 2 jogos.

    Sub-17
    2 Empates em 2 jogos.

    Sub-15
    1 Vitória em 1 jogo.


    Volto a reiterar que ainda é uma fase muito inicial da temporada, mas confesso que esperava uma entrada mais forte por parte dos Sub-23, Sub-19 e Sub-17.


    Patrick William é o novo Hugo Gomes?


    Patrick William foi nomeado pelos sócios e adeptos do Rio Ave como o melhor jogador em campo.
    O golo que ditou a vitória foi marcado pelo central e certamente isso ditou este desfecho.
    O Brasileiro teve entrada no 11 titular fruto da não presença de Miguel Nobrega na ficha de jogo (lesionado?) e foi uma agradável surpresa.
    De resto, para mim, Patrick William era titular na equipa do Rio Ave. É Veloz, é um jogador que normalmente antecipa bem a jogada, tem uma boa capacidade no jogo aéreo e acima de tudo é um jogador que tem bastante critério ao sair a jogar e que volta e meia arrisca um pouco em zonas mais ofensivas.
    Patrick William faz-me lembrar Hugo Gomes quando o Rio Ave esteve na segunda liga: um central que sempre que jogou demonstrou que merece um lugar no onze inicial, mas Freire tem outro entendimento.
    Caso Miguel Nobrega esteja disponível para o Dragão, teremos Patrick William de volta ao banco?
    Sinceramente, depois de jogo de Sábado, creio que não!

    Fomos caso único esta jornada. Mais nenhuma equipa o fez



    É apenas uma curiosidade.

    Voltamos ao estádio e voltamos a estar com os nossos "vizinhos de cadeira". Numa das conversas tidas, constatamos que não tínhamos nenhum esquerdino no onze inicial.

    Por curiosidade, fui verificar se mais alguma equipa do campeonato nacional o fazia.

    O Rio Ave foi a única equipa que jogou esta jornada com um 11 inicial sem que qualquer jogador tenha o pé predominante o pé esquerdo. (Ainda falta realizar o Estrela VS Famalicão)

    De resto, foi algo que já aconteceu na jornada passada.

    E mesmo se tivermos em conta os jogadores que entraram, só Brandon Aguilera é que é esquerdino.

    É uma informação que é pouco relevante mas não deixa de ser curioso.

    Com ou sem esquerdinos, o Rio Ave venceu esta jornada.. E isso foi o mais importante.


    18.8.24

    Jogadores no lugar, equipa a ganhar.

    Fotos; Rio Ave FC
    1. Exibição fraca, Vitória justa.
    2. 1ºs Pontos
    3. Equipa sempre muito motivada.
    4. Exibição de luxo de "Xerife".   
    5. Vento prejudica as 2 equipas.

     


    No jogo contra o Sporting critiquei muito a tentativa do nosso treinador de "inventar" sistemas de jogo com jogadores fora das posições. Hoje (ontem) tenho que elogiar o mesmo, pois não só se percebeu que houve uma preocupação em colocar os jogadores a jogarem nas suas posições, assim como houve a preocupação de evitar que o Farense fosse forte nas alas. Luis Freire (LF) recorreu a um lateral de raiz,  Tomé,  colocando Vrousai como ala esquerdo, o lugar que me parece mais natural para este jogador e onde eu acho que ele rende mais.

     Para além desta alteração, a equipa não alternou/variou tanto nos sistemas, mas a verdade é que Kiko, ao entrar na equipa, a espaços conseguiu esticar o Jogo, mas diga-se esteve muito agarrado taticamente, fechando quase sempre o flanco com Tomé. Pohlmann esteve sempre muito pouco ativo nas questões táticas (jogou de bola no pé, tem 2 passes de morte, pouco defendeu e pouco mais se viu). Enquanto estivemos a favor do vento gostei do alemão, contra o vento, não passava do meio campo, não sei se por indicação do treinador se por questões físicas. A verdade é que, de todos os jogadores, foi o que me pareceu menos fresco.

     Se ontem houve dinâmica  no jogo esta foi dada pela dupla Kiko, Tomé, aliás a equipa jogou e bem muitas vezes pelo lado direito, principalmente aqueles 30 min da 2ª parte conforme referiu o JPM, o jogo de assistências pertenceu quase  todo a Tomé pelo lado direito, muito mais que o esquerdo, que apenas melhora com a entrada de Tiago Morais, a equipa jogou "manca" com o lado direito sempre muito mais forte que o esquerdo, corrigiu bem LF na 2ª parte com T. Morais, talvez a fraca exibição de Pohlmann  explique a ineficácia do lado esquerdo.

      Palavras finais para Xerife (Aderlan) e Tomé. Aderlan fez um jogo como há muito não o via fazer e para mim foi mesmo o melhor em campo, O Patrick também jogou bem, mas para mim Aderlan foi mesmo o melhor em campo. Tomé, porque não é fácil entrar na equipa após o que disse LF, sabemos que o treinador quer alas naquele lugar, mas a verdade é que não só tivemos Tomé a defender bem, como ainda o tivemos a ir à linha cruzar para os nossos avançados. Tomé não é Costinha, mas tem quanto a mim "quilate" de jogador. 

    PS: O vento quase nos dava mais uma dor de cabeça, ao invés deu-nos a cabeçada  de Aderlan, por sorte a bola não entrou para eles e entrou para nós. José Mota não tem razão nas queixas, há falta no lance do golo e a sua equipa falhou pelo menos 4 golos onde de facto podia ter marcado. Ou seja Mota só se pode queixar da sua equipa e jogadores, pois não marcaram!

    17.8.24

    (1-0 ao Farense) Vitória sofrida mas justa

    Já nos descontos o Farense enviou uma bola aos ferros e esse lance poderia ter dado o empate. Aceitava-se, mas a vitória do Rio Ave é justa. Sobretudo nos primeiros 30 minutos da segunda parte houve dinamismo, velocidade, interligação. E houve querer, raça em muitos jogadores. Nestes 30 minutos o Rio Ave poderia ter feito dois golos.

    Foi um bom jogo? Ainda não. A equipa ainda tem períodos em que parece distante e nota-se falta de entrosamento (sobretudo do meio campo para a frente; Clayton tem dificuldades em jogar com os colegas e Pohlmann ainda não se 'encontrou' como segundo avançado).

    E contrapartida gostei de Kiko e sobretudo de Tiago Morais.

    A defesa, em bloco, centrais e alas, esteve segura, com destaque para Aderllan, que foi imbatível.

    Mas se tivesse de escolher o  melhor em campo destacava João Novais. Hoje viu-se um Novais interventivo, lutador, com qualidade de passe e a assumir-se como o patrão da equipa. Só pode melhorar.


    Em resumo: o Rio Ave melhorou face ao jogo anterior (e o Farense não é o Sporting, claro) e vai certamente continuar a melhorar.

    PS - o melhor momento do Rio Ave coincide com os três avançados em campo (Clayton e os extremos Kiko e Tiago; quando Kiko saiu e ficaram dois na frente a equipa perdeu poder de fogo e deixou o adversário vir para cima).

    O regresso de A Chuteira

    O primeiro número de A Chuteira, relativo ao jogo em Alvalade, foi-me enviado a meio da semana, mas por incompetência não lhe dei o devido tratamento😇.

    Sobre o projeto, aqui

    Antes que segunda jornada comece, aqui fica.

    A ideia é publicarmos todos os números, assim eles o produzam...

    (um dia destes vamos contar a história de A Chuteira)


    16.8.24

    Farense – Jogo de vida ou de morte?

     Um jogo que à 2ª jornada é muito mais importante do que parece.

     

       O Rio Ave FC inicia este este sábado o seu campeonato em casa contra um Farense que perdeu o seu primeiro jogo frente ao Moreirense. Uma derrota muito mal aceite pelo treinador José Mota, mas para quem viu o jogo como eu, percebe que a 1ª parte de avanço que o farense deu ao Moreirense, só podia resultar numa derrota, mais ainda porque este Moreirense promete, é muito forte nas transições. Aliás as transições é a grande característica deste Farense, sente-se confortável a jogar com pouca posse, baixa linhas, e tenta usar jogadores rápidos para o contra-ataque. Não nos podemos esquecer que é José Mota, um treinador que privilegia a organização defensiva. Ora este é o pior sistema para se opor à nossa equipa, e porquê? Porque nós jogamos “como equipa grande” não gostamos de equipas que se fecham muito lá atrás. Acredito aliás que possa haver alterações ao onze do Rio Ave, pois se por um lado o nossotreinador inventou um pouco contra o Sporting, acredito que amanhã não o faça, e volte ao sistema de 3-5-2 em posse, e 5-4-1  quando a defender no nosso terreno.

     Vrousai é Lateral, é medio ala, joga na esquerda, Joga na direita? Para mim ele é um ala esquerdo, que o treinador, o tente usar noutras posições porque não “confia” em Tomé isso é outra história, mas eu não tenho dúvidas, que o treinador, ainda não fechou o sector defensivo, substituir Costinha está ser uma dor de cabeça, e em termos de centrais, o nosso Santos e Patrick não estão em forma, não caminham para novos, e isso deve estar a preocupar o nosso treinador. Portanto, amanhã, deveremos colocar o Kiko Bondoso a titular e talvez Morais saia da titularidade. Mas não vi treinos, apenas um palpite, pois contra uma equipa que se defende muito precisamos de gente rápida nas alas e Kiko pode dar isso á equipa.

     Finalmente e em relação ao Farense, dizer que ao jogar com, Rio Ave(F), Sporting(C), Nacional(F), FC Porto(F) nos próximos 4 jogos (3 fora 1 em casa) este Farense arrisca-se chegar á 5ª jornada com zero pontos, e isso pode gerar uma crise de treinador. Sabendo disso J. Mota deve estar a motivar os seus jogadores para fazerem um jogo de vida ou de morte, tentando assim evitar a critica interna.

     Quanto ao nosso Rio Ave, esta máxima também se aplica, a equipa não fez uma pré-temporada de encher os olhos, nem um bom jogo contra o Sporting, nota-se que os “novos ainda não estão oleados”, e jogar contra os 4 grandes nas 1ªs  jornadas fora, atribuí uma dupla importância aos jogos em casa e aos pontos que conquistarmos contra os adversários diretos, tal como é para já este Farense. Um empate quanto a mim, será sempre um mau resultado, a pressão sobre a nossa equipa e depois da derrota contra o Sporting está claramente a níveis elevados, principalmente porque todos sabemos o que vem a seguir: FC Porto, no Dragão!

    Boa sorte Rio Ave FC Sad.

    Portimonense: uma forma diferente de gerir a descida de divisão

    É hoje claro que a descida de divisão foi o ponto de partida para a necessidade de uma SAD. Até então os resultados da SDUQ eram positivos e, como se dizia sempre, não havia dívidas.

    Claro que a descida ter acontecido na época em que houve o maior investimento de sempre no plantel não ajudou, mas foi o que aconteceu a partir daí que nos levou ao ponto de termos de encontrar um comprador para salvar o clube da falência, disseram-nos.

    O Rio Ave desceu e na época seguinte apostou fortíssimo na subida, naquela que terá sido a equipa mais cara que alguma vez disputou a subida de divisão em Portugal.

    Essa época na segunda divisão, com poucas receitas e muitas despesas, foi o princípio do fim. O resto já sabemos.

    Mas havia certamente alternativas. Nunca nos foram expostas nem explicadas, mas havia.

    Veja-se o caso do Portimonense, que desceu e, alegadamente, já fez 10 milhões em vendas (cinco aqui e mais cinco aqui). Ou seja, tem dinheiro para pagar despesas e fazer uma época competitiva.

    Além do mais, não me parece que o Portimonense tivesse melhor equipa agora do que a do Rio Ave que desceu, pelo que, em teoria, teria sido mais fácil ao Rio Ave fazer estes 10 milhões.

    Porquê lembrar isto agora, se não há nada a fazer? 

    Há adeptos que só querem que a bola entre. E há outros que, querendo a mesma coisa, acham que vale a pena refletir sobre o passado, o presente e o futuro do nosso Rio Ave FC.




    Freire: "Sporting tem Quenda e Catamo a lateral. O Porto tem o Galeno a lateral esquerdo. O Benfica está a lançar Gouveia a lateral direito"

     


    Hoje foi dia da conferência de imprensa por parte de Freire, antes do jogo frente ao Farense.

    Fica o principal da conferência desta sexta feira de Luís Freire:

    1. "Sabemos que do outro lado (Farense) temos uma equipa muito forte no contra ataque."
    2. "Queremos procurar jogar com posse e criando perígo"
    3. Medina chegou e Freire disse que Medina é um jogador para jogar no flanco direito, é esquerdino e extremo. Diz que tecnicamente é muito forte
    4. Jornalista questiona se sistema do Rio Ave é para se manter e se é para manter Morais a lateral: "É preciso perceber o futebol atacar... Jogamos com 3 defesas porque queremos atacar" "Nós sempre jogamos com Gabrielzinho, Paulo Vitor ou com um Fábio porque não queremos um defesa, queremos um atacante. Para a defesa estão lá três atacantes"
    5. "Estamos atentos ao mercado. Sabemos os alvos e as posições. Faltam à volta de 4 jogadores"

    Ver conferência completa aqui: ver conferência