10.1.21

"Já é a sétima pergunta igual que me fazem hoje"

A frase é de Pedro Cunha e vem da conferência de imprensa após a vitória de sexta quando lhe perguntaram se acha que vai ser treinador do Rio Ave até ao fim da época. Ocorrem-me algumas coisas:
1 - PC foi apresentado como treinador interino, logo a pergunta do jornalista é legítima (apesar de ser a sétima igual);
2 - PC é um desconhecido para a maior parte das pessoas (assim parece) e provavelmente esse desconhecimento faz com que esperassem outro nome, com outra dimensão para continuar o caminho de sucesso que o Rio Ave tem tido. Portanto, há desconfiança sobre o Pedro, mas isso não quer dizer que não tenha "boa imprensa", se é que me faço entender.
3 - PC mostra-se confiante nas suas capacidades e no que poderá fazer, mas de certa forma acho que procura ser "legitimado" na posição, o que é natural tendo ele assumido que é a sua cadeira de sonho.
4 - PC está sozinho nesta demanda. É ainda cedo para um voto de confiança da Direcção? Ou o Rio Ave está mesmo à procura de outra solução? Vai a Direcção dizer alguma coisa sobre o assunto? 
5 - Eventualmente, o posto de "interino" servirá para defender o Pedro ou a "estrutura"?
6 - Se a aposta em PC corre mal, a "estrutura" pode sempre dizer que era uma solução transitória, "interina".
7 - Ver PC sair do clube seria uma perda imensa por tudo o que fez. Mas mantê-lo no clube assim como a sua equipa tecnica depois de o tirar da equipa principal e já com todas as alterações nos B e Sub23, seria em que funções? Há como defender Pedro? Há vontade que continue se os resultados não aparecerem?
8 - Tanto silêncio sobre este assunto pode criar instabilidade. Na generalidade dos adeptos acho que provoca, em mim provoca. Quem decide tem legitimidade de manter a postura que assume. Não sei o que se passa dentro dos corredores do clube, só faço votos que tudo corra bem.