Enfrentar a crise; algumas coisas que precisam de ser ditas

1) Eusébio disse no final do jogo da Trofa que o espírito da equipa local fez a diferença; eu gostava de saber porque é que a nossa equipa não teve um espírito que fizesse a diferença (é que espírito não custa dinheiro nem implica saber rematar à baliza...);
2) Eusébio voltou ontem a dizer, no final do jogo da TRofa, algo que até pode ser verdade, mas dito pelo líder tem leituras perigosas: «O Rio Ave vai andar ali [nos últimos lugares] até ao fim.»; Caramba, é preciso um pouco mais de ambição, mesmo que artificial; quem joga para o empate perde mais vezes do que ganha...
3) Aquilo que eu e outros temiam está a acontecer: o início de campeonato com os três grandes maquilhou a realidade da equipa, porque esses jogos funcionam como «doping» para os jogadores e não mostram a verdade; apenas a adiaram para a 10ª jornada...
4) A nova Direcção tem aqui uma primeira prova de fogo; depois de nos primeiros dias apenas falarem em vender jogadores, é tempo de viver o presente e de mostrar saber lidar com a crise; a dúvida maior será o que fazer relativamente à equipa técnica: dar confiança e aguentar até ao limite do razoável ou antecipar o problema o mais cedo possível? É preciso falar com os jogadores e perceber o estado dos espiritos...
5) Como é legítimo esperar deste blogue, aqui fica a minha opinião: Eusébio não tem condições para continuar; se o próprio não entende isso, alguém por ele que o faça ver que em dez jogos uma vitória é muito pouco; é por isso mesmo que se chama chicotada psicológica!
6) Eu confio nesta equipa; já vi todas as da primeira liga a jogar e não sinto que Estrela, Naval, Trofense, Belenenses ou Paços de Ferreira sejam melhores. Esta equipa tem condições para se manter na primeira liga, mas precisa de vida nova.