21.12.08

(Braga) É triste fazerem-nos pequenos...

Eusébio pensa pequeno, pensa no 0-0 e esta época até teve sorte duas vezes - pensar no zero a zero significa que se arrisca quase ou nada e até pode ser que - por exemplo de fora da área, como Niquinha, na Madeira - se marque um golito.
Seis jogos fora, quatro derrotas, dois empates, um golo marcado (contra várias equipas do nosso campeonato, como gosta a equipa técnica de lembrar).
Ontem Eusébio voltou a pensar pequeno. Até aos 82 minutos de jogo (golo do Braga) o Rio Ave não teve uma oportunidade de golo - e isto é que me parece mais importante.
Somos pequenos, mas sobretudo pensamos pequeno, há quem nos faça mais pequenos do que realmente somos.
É evidente que o Braga iria dominar o jogo, mas seria de esperar muito mais da nossa equipa. Acreditem que - apesar de acreditar (acredito sempre) numa surpresa - fui a Braga a saber que o mais normal era regressar a Vila do Conde com uma derrota. O que me custa é ver a minha equipa desistir. O que me custa é que me falam mais pequeno do que realmente sou.
E por isso responsabilizo Eusébio. Pela falta de audácia (em todo o jogo apenas um ou dois remates de fora da área) e pela falta de visão na construção do plantel no sector atacante.

O melhor em campo: Wires (para quem não tinha jogado esta época esteve muito bem, com muito trabalho) e Gaspar (apesar, eventualmente, do golo, lance que não vi bem no estádio). Também destaco Vítor Gomes. Uma referência pela negativa para Paiva. Parece mesmo que não está em forma: pontapés disparatados e defesa incompletas ao longo de todo o jogo.

Para o treinador só posso dar nota zero. A jogar assim, fora de casa, o Rio Ave só pontuará com sorte. Mais a mais, é absolutamente desesperante a aposta sempre nos mesmos jogadores do ataque. Espero que o mister reflicta bem nestes dias de mudança de ano sobre o que quer para o Rio Ave e o que pode conseguir.

1 comentário:

Moisés Cambola disse...

Querido Pai Natal dê a António Silva Campos a audácia de perceber que precisamos de ir ao mercado, buscar pelo menos «dois reforços».
Um avançado com fome de golo, que busca o cheiro de baliza, é preciso voltar muitos anos atrás para lembrar de um assim no Rio Ave…tipo Omer, Toni, Quinzinho, ou até mesmo Karim… (entre outros…)
O outro reforço que me parece imperioso, sob pena de ser tarde… UM NOVO TREINADOR!
João Eusébio é o responsável por esta situação.

A mudança de treinador nesta fase é perfeitamente natural, basta analisar a frieza dos números:
12 Jogos dão o mísero resultado de apenas 2 vitórias, 6 derrotas e 4 empates.

Não censuro os números, nós Rioavistas sabemos que o nosso objectivo é sofrer, lutar pela manutenção, censuro é a falta de atitude, não é da equipa, é daquele que devia ser o líder.

Critico ir a Braga só com o pensamento em não sofrer, jogar para o pontinho, fazer um jogo que me envergonha como adepto de futebol, mas que me rasga o coração como adepto do Rio Ave.
Um futebol que só pensa em destruir jogo, não arrisca nada, mesmo nada.
O Rio Ave apresentou uma postura em campo daquelas que irrita.
Não é a 1ª vez que após a derrota o treinador fala de incompetência de alguns jogadores, quando quem dá um exemplo de incompetência é o mister.
Substituições no Rio Ave são a resposta insuficiente aos golos sofridos, tem sido sempre assim, se não sofrermos aguenta-se o 0-0…custa-me estar a ser duro, mas é a realidade.

Vamos estar quase 15 dias sem futebol, dá para encontrar um novo treinador, este inteirar-se da equipa, temos duas partidas em casa seguidas com Guimarães e Belenenses, são jogos difices mas fazer 6 pontos é obrigatório seja quem for o treinador.
Não podemos é deixar as decisões para mais tarde.
Viva ao Rio Ave!