18.9.25

Um meio campo que não deve ser opção novamente




No futebol, todos temos opinião. É isso que faz dele uma paixão: debatemos, discordamos, mas também encontramos pontos em comum. E, no caso do Rio Ave, penso que há um consenso quase unânime entre os adeptos: o meio-campo apresentado frente ao Moreirense não pode, nem deve, repetir-se.

O onze inicial trouxe apenas dois médios: Liavas e Pohmann. O resultado foi evidente em campo — enormes dificuldades em controlar o jogo e claras lacunas no momento defensivo. A equipa ficou partida, sem equilíbrio, e o Moreirense aproveitou.



Sobre Liavas, os números falam por si. Já leva quatro jogos esta temporada, mas ainda não demonstrou argumentos para ser considerado uma primeira opção no meio-campo rioavista. Foi demasiado permissivo e não acrescentou a solidez que a posição exige.

A aposta em Pohmann também acabou por ser um erro. Recorde-se que, nos seus melhores tempos, jogava como extremo ou segundo avançado. Sotiris decidiu reinventá-lo como médio centro neste jogo, chegando mesmo a colocá-lo em funções de médio defensivo no momento defensivo da equipa. A experiência, no entanto, não resultou: ficou evidente a partir do momento em que o Moreirense assumiu o controlo do encontro.

Por isso, quero acreditar que este meio-campo será apenas um episódio isolado da temporada. Até porque Tamás Nikitscher já deu sinais de que está pronto para agarrar o lugar. Entrou nos minutos finais frente ao Moreirense, mas tudo indica que poderá assumir-se como o verdadeiro médio defensivo que a equipa tanto precisa.

O futuro dirá, mas uma coisa é certa: o Rio Ave não pode voltar a repetir um meio-campo tão desequilibrado.