Durante a semana, tinha escrito que o Rio Ave não deveria entrar em campo com um meio-campo a dois e que Liavas não deveria ser titular. Infelizmente, foi exatamente isso que aconteceu frente ao FC Porto.
O resultado de 0-3 até pode enganar quem não viu o jogo. A verdade é que o encontro foi de sentido único e, não fosse alguma falta de eficácia azul e branca, estaríamos hoje a falar de uma goleada histórica.
Para quem acha que exagero, deixo aqui apenas algumas das situações claras que contabilizei:
- Duas ocasiões flagrantes de Borja isolado;
- Um remate de Samu na primeira parte;
- Outro remate isolado na segunda parte;
- Uma bola ao poste;
- Um remate de Mora;
- Um remate de Zaidu.
(entre outros)
E a sensação que ficou é que o FC Porto entrou em gestão a partir dos 65 minutos.
Do lado do Rio Ave, a exibição foi apática, praticamente inexistente e sem uma única oportunidade clara de golo.
É impossível não apontar responsabilidades a Sotiris. O treinador continua a surpreender pela calma e serenidade com que assiste, imóvel, ao desmoronar da sua equipa dentro de campo.
E aqui coloco a questão: será justo dizer que, se o treinador ainda fosse Luís Freire, já não estaria no cargo depois de uma série de resultados e exibições como estas? Provavelmente sim. Mas como é Sotiris, tudo indica que terá margem para continuar.
PS: Os sócios do Rio Ave ontem mostraram lenços brancos. Um sinal claro de descontentamento que não pode ser ignorado.