À primeira vista, poderíamos dizer que os próximos três jogos do Rio Ave – frente ao Benfica, Famalicão e Tondela – são verdadeiros jogos de vida ou de morte para o treinador Sotiris. No entanto, a realidade pode não ser tão linear.
Se estivéssemos perante uma situação “normal”, o enquadramento seria claro: dois maus resultados nestes três jogos poderiam ditar o fim da linha para qualquer treinador tendo em consideração a situação atual. Mas sendo Sotiris quem é, e tendo em conta a forma como chegou ao clube é difícil prever o que poderá acontecer.
O calendário também joga aqui um papel importante. Após o jogo em Tondela, segue-se uma pausa competitiva de duas semanas (uma para compromissos das seleções e outra para a Taça de Portugal). Em teoria, seria o momento ideal para, em caso de mudança, apresentar um novo treinador e dar-lhe tempo para implementar ideias e dinâmicas, com o jogo da Taça frente a um adversário de divisão secundária a servir de “ensaio”.
Na imprensa grega, já se escreve que ou aparece uma vitória até à 7.ª jornada (frente ao Famalicão) ou então poderão ser tomadas medidas drásticas e “rolar cabeças”.
É difícil perceber qual será o limite de paciência de Evangelos Marinakis em relação ao técnico grego. Mas, arriscando uma leitura, parece evidente que os créditos de Sotiris junto do empresário grego estão cada vez mais curtos.