Na semana passada escrevia que a minha maior curiosidade para o encontro frente ao Moreirense passava por ver em ação Lobato, jovem extremo brasileiro recentemente contratado pelo Rio Ave. Estava convicto de que iria, pelo menos, somar alguns minutos. Contudo, tal não aconteceu.
O jogador foi oficializado há três semanas, mas continua sem merecer a confiança do treinador Sotiris, não tendo ainda sequer integrado uma ficha de jogo oficial. A única vez que envergou a camisola rioavista foi num amigável frente ao Chaves, onde entrou no decorrer da partida.
Confesso ter dificuldade em perceber esta ausência. Lobato chega com ritmo competitivo, uma vez que em maio e junho alinhou em dez jogos pelo Botafogo, todos como titular. Ou seja, não estamos perante um jogador sem minutos ou em recuperação. Ainda mais curioso se torna quando constatamos que outros reforços, como Nikitscher ou Omar Richards — ambos com histórico de utilização mais reduzida nos últimos meses — já foram convocados para o duelo com o Moreirense, com o húngaro até a merecer a confiança de Sotiris em campo.
Sem notícias oficiais de qualquer lesão, resta concluir que se trata de uma decisão técnica. O treinador entende, para já, que Lobato não é ainda uma mais-valia para a equipa.
No entanto, olhando ao calendário exigente que se aproxima e à necessidade de alternativas que possam dar descanso ou substituir André Luiz e Spikic com características semelhantes, parece inevitável que a estreia de Lobato esteja para breve. Arrisco dizer: nos próximos dois jogos, será muito provável ver o jovem brasileiro finalmente entre os convocados.