Este fim de semana voltei a ver alguns jogos das equipas do Rio Ave. No entanto, queria centrar-me no jogo das seniores femininas. Antes de mais, aproveito para parabenizar a decisão de abrir o Estádio dos Arcos para este jogo – o futebol feminino merece esta visibilidade.
As bancadas estavam bem compostas, fruto da apresentação, ao intervalo, de todas as equipas femininas do clube. Relvado cheio de atletas, treinadores, equipas técnicas e pais – um momento bonito e simbólico.
Mas, no meio deste ambiente positivo, houve algo que me saltou à vista e que foi comentado por vários sócios que estavam no estádio: a descaracterização total dos nossos equipamentos. Dentro de campo, a equipa sénior feminina jogava totalmente de laranja, sem vestígio do verde e branco que sempre nos identificou. Na bancada, todas as atletas surgiam com equipamentos oficiais de treino… azuis. Já as equipas técnicas, para completar o arco-íris, trajavam de vermelho e laranja.
É impossível não sentir tristeza perante este corte cada vez maior com a essência do clube. O verde e branco não é apenas uma cor – é identidade, é história... E a sensação que fica é que, se os estatutos não obrigassem, já teríamos até perdido as nossas cores no equipamento principal.
Senti-me triste, e sei que não fui o único. Este sentimento foi partilhado por muitos dos que estavam à minha volta. O Rio Ave pode ter muitos desafios pela frente, mas um deles não deveria ser nunca renegar aquilo que o faz ser o Rio Ave: as suas cores, a sua identidade, a sua alma.
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