15.10.24

Sr. Rodrigues: O Marcelo Rebelo de Sousa do Rio Ave



O Senhor Rodrigues, o eterno mestre da gestão de aparências, continua a surpreender-nos. 
Sabemos que o Rio Ave, enquanto clube, já está reduzido às camadas jovens até aos sub-13 e ao futsal – o que, curiosamente, é a única área onde o Senhor Rodrigues ainda tem uma réstia de poder. 

Este fim de semana, a equipa sénior de futsal fez a sua estreia em casa. Um momento importante, diriam alguns. Mas eis que surge o grande mistério: o Senhor Rodrigues não apareceu. Nem no início do jogo, nem no meio, nem no fim. Simplesmente, nada. 
Talvez tenha havido uma avaria no GPS do seu telemóvel uma vez que o jogo foi jogado pela primeira vez no Pavilhão das Caxinas, ou então não havia fotógrafos suficientes para justificar a deslocação. Ou, quem sabe, o futsal não tenha aquele brilho mediático que o futebol profissional tem, e todos sabemos como o Senhor Rodrigues adora uma boa dose de visibilidade.

Agora, comparemos este cenário com o que se passou no último domingo, nas festividades do aniversário do Estádio dos Arcos. Ah, aí sim, o nosso ilustre Senhor Rodrigues estava lá, de corpo e alma, bem vestido, como sempre, a marcar presença e a distribuir sorrisos para as câmaras. O evento foi grandioso, claro, e todos sabemos que onde há grandeza, há Rodrigues. Afinal de contas, ele ainda precisa de alimentar a ilusão de que é uma figura importante no mundo do futebol.

Mas, no futsal? No futsal, meus amigos, as câmaras são menos, os flashes são mais fracos, e os adeptos não prestam tanta atenção. O Senhor Rodrigues, como figura que se alimenta da ribalta, simplesmente não viu grande utilidade em aparecer. Porque estar presente quando as luzes são fracas, quando não há multidões a aplaudir? Isso, claramente, é uma função menor, destinada a quem tem realmente responsabilidades.

Mas a questão que fica no ar é: se o Senhor Rodrigues não aparece nem nos momentos em que supostamente ainda manda, então para que serve ele? Ora, para a foto, claro! E se a foto é tirada no Estádio dos Arcos, onde a visibilidade é máxima, o nosso querido Rodrigues estará lá, no seu fato de gala, a sorrir como se ainda fosse o grande líder que já foi.

No entanto, quando a ocasião é mais discreta, como no modesto futsal, a verdade emerge: a sua ausência é notada, mas não sentida. 

E assim seguimos, num clube onde o Senhor Rodrigues só aparece quando as câmaras estão ligadas e a visibilidade é garantida.  O Sr. Rodrigues faz lembrar o Professor Marcelo Rebelo de Sousa - cuidadoso com as aparências e muito preocupado com o seu nível de populismo.

A nós, resta-nos esperar pelo próximo grande evento. Certamente, o Senhor Rodrigues já estará a escolher o próximo fato para a ocasião. Até lá, continuamos a olhar para o futsal e para o futuro, sabendo que, enquanto ele prefere as luzes da ribalta, o que importa, de facto, acontece longe das câmaras e dos aplausos.

Parabéns à equipa de futsal pela vitória.

Recorda as outras crónicas sobre o Sr. Rodrigues (quando o comecei a fazer, ainda não escrevia no Reis do Ave).