No dia de ontem, durante a Assembleia Geral do Rio Ave FC, viveu-se um episódio que, para mim, ficará marcado pela falta de transparência e pelo desrespeito aos sócios do clube. A presidente Alexandrina Cruz, durante a sua intervenção, ignorou, de uma forma propositada, algumas questões colocadas e, em vez de esclarecer os pontos levantados, optou por um ataque pessoal.
Após a intervenção da presidente, exerci o meu direito legítimo, pedindo a palavra ao presidente da Mesa da Assembleia Geral. Com o meu direito assegurado, expus a minha visão sobre o Relatório de Contas do clube, colocando várias questões pertinentes sobre a gestão atual. No entanto, o que se seguiu foi profundamente desolador.
A presidente, em vez de responder às questões levantadas, dirigiu-se a mim com um ataque pessoal injustificado e agressivo, numa tentativa clara de denegrir a minha imagem. Além de atacar a minha pessoa, decidiu estender a sua retórica aos meios de escrita, insinuando que estes mesmos locais muitas vezes mentem propositadamente sobre os assuntos do clube. Convido-a a provar essa intencionalidade no que diz respeito "ao meu espaço".
Após essa intervenção, pedi novamente a palavra ao presidente da Mesa da Assembleia e, com a devida autorização, voltei ao púlpito. Disse-lhe que iria ignorar os ataques pessoais e reforcei a importância do debate democrático, lembrando que eu, como sócio, estava apenas a exercer o meu direito. Questionei novamente a presidente, enfatizando que aquele era o momento adequado para o esclarecimento das dúvidas dos sócios, sublinhando que esse deveria ser o dever de quem ocupa uma posição de liderança.
Contudo, e para meu espanto, a presidente tomou novamente a palavra e, com uma frieza que chocou alguns dos presentes, afirmou categoricamente que não iria responder a nenhuma das questões que lhe foram colocadas por mim.
Este foi, sem dúvida, um momento triste. Um momento onde a democracia, a transparência e o respeito pelos sócios foram colocados em segundo plano. A postura da presidente Alexandrina Cruz mostrou um claro desinteresse em promover um diálogo aberto e construtivo com os associados, demonstrando uma falta de respeito pelos direitos daqueles que, como eu, apenas desejam o melhor para o Rio Ave FC.
Lamento profundamente que, num clube que deveria primar pela proximidade com os seus sócios, haja este tipo de atitudes. Espero que, no futuro, possamos ver um maior compromisso com a transparência e com o debate democrático, elementos essenciais para o bom funcionamento de qualquer instituição. O Rio Ave merece mais. Os seus sócios merecem mais.