16.9.24

Porque não defendo a saída do treinador nesta altura

Começo por dizer que Freire já não seria o treinador do Rio Ave se eu fosse o anterior presidente (cruzes, canhoto!): deixar levar a decisão da subida para a última jornada foi muito arriscado. Mas resultou. Ainda bem.

Depois veio a inibição da FIFA de inscrever jogadores e - reconheço-o com gosto - Freire não só aguentou o barco como alguns, no lugar dele, teriam preferido ir embora.

Com mais ou menos facilidade, os objetivos têm sido cumpridos - e este é o principal argumento de quem defende a sua continuidade.

O meu é outro: acho que, de uma forma geral, os Rioavistas estão cansados de ver o Rio Ave jogar (mal...). Mesmo quando ganha as exibições são pobres.

Quem se lembra do último bom jogo? O da Luz, até Aderllan ser expulso?

E acho, sobretudo, que o modelo de jogo do treinador não é bom, como já foi percebido por todos os adversários.

Dito isto: defendo a saída do treinador neste momento? Não.

Embora ache que ninguém ficaria surpreendido, e muitos até contentes, com a notícia da sua demissão, acho que não é justo porem 20 reforços na mão do treinador [acredito que ele não pediu tantos], ter um plantel de 30 para treinar e esperar que cinco jornadas depois já estivesse a faturar.

Por isso, acho que a Administração da SAD tem de ser a primeira a dar mais algum tempo a Freire. Quanto, não sei ao certo. Mas eu esperaria até ao jogo com o Famalicão e só depois tiraria as devidas ilações.

(por natureza sou pessimista e tendo a ver sempre o copo meio vazio; podem acreditar que ninguém mais do que eu quer o sucesso de Freire, o nosso sucesso. Mas para isso alguma coisa tem de mudar, no sistema tático e na escolha dos jogadores - jogam sempre os mesmos, até quando estão em baixo de forma? Que contributo trouxe Pohlmann ao Rio Ave nestes cinco jogos?)

                                Batalha, Freire!