Acrescento mais umas notas ao texto do Carlos Francisco, que já faz um ponto da situação de entradas e saídas.
1) Pelas minhas contas o Rio Ave foi o clube da primeira Liga com mais entradas: 20! Logo a seguir surgem Nacional (19), Estoril e Farense (17, segundo dados de O Jogo de hoje);
2) Mas é preciso perceber que atirar um número (Freire falou em 17 entradas antes do jogo com o Arouca, mais os três que entraram ontem são 20) pode ser enganoso: diversos jogadores dificilmente terão uma oportunidade na primeira equipa (só se houver uma onda de lesões) e jogarão com regularidade nos sub23.
3) Um exemplo: sem contar com Kostas, que está nos sub23, há oito centrais (os quatro que cá estavam mais quatro que vieram). Oito centrais é coisa nunca vista. Mas aqui entra um novo fator a ter em conta: o investidor prepara-se para fazer do Rio Ave aquilo que muitos outros fazem nos seus clubes: uma plataforma para rodar e valorizar jogadores (sobretudo jovens).
4) Freire, nos últimos anos, tinha o plantel mais pobrezinho; agora tem tanta gente que provavelmente terá de haver obras no balneário... Como gerir as expetativas de 30 jogadores?
5) Os responsáveis pelo futebol, desde o início da pré-época, colocaram seis jogadores noutras equipas (empréstimos e rescisões).
6) O lado bom de ter 30 jogadores: há 11 bons e, pela primeira vez em muitos anos, mais seis ou sete no banco de igual valia.
7) Finalmente: não vieram apenas jovens à procura de mostrar o seu valor. Muitos dos reforços são jogadores de qualidade; se confirmarem os créditos, arrisco dizer que o Rio Ave terá um plantel melhor do que o do Vitória de Guimarães.
(a imagem, bem disposta, que o Daniel usou num post e que não resisto a reproduzir neste texto)