Depois de uma pré-época marcada por jogos à porta fechada e de um amigável de última hora frente ao Al-Nassr, o encontro com o Nacional, nos Arcos, acabou por ser o primeiro verdadeiro teste do Rio Ave em competição oficial.
É ainda precoce fazer uma análise definitiva ao estilo de jogo da equipa orientada por Sotiris, mas a impressão que ficou deste primeiro jogo é que pouco ou nada mudou em relação ao modelo antigo de Luís Freire. Um futebol previsível, com o momento ofensivo muito dependente da inspiração e capacidade de André Luís.
O Rio Ave até começou bem: marcou cedo e, ainda na primeira parte, viu-se em superioridade numérica após a expulsão de um jogador do Nacional. Seria natural esperar, a partir daí, um domínio claro da nossa equipa, tanto pelo fator numérico como pelo facto de jogar a maior parte do tempo restante a favor do vento. Contudo, o que se viu foi um jogo partido, sem um Rio Ave capaz de controlar as operações.
O Rio Ave dispôs de boas oportunidades — incluindo duas bolas ao poste e mais dois lances de perigo — mas o Nacional respondeu, também ele, com uma bola ao ferro e algumas situações de ameaça. O equilíbrio acabou por marcar a segunda parte.
Já perto do final, a substituição de André Luís acabou por deixar muitas dúvidas. Num jogo em que tudo passava por ele no ataque, a sua saída pareceu um erro de leitura do treinador, retirando à equipa a sua principal referência ofensiva.
O empate (1-1) aceita-se e acaba por refletir o que se passou dentro de campo: um jogo repartido, sem domínio claro de qualquer das equipas. Para o Rio Ave, fica a sensação de que há ainda muito caminho a percorrer para encontrar uma identidade própria e um futebol mais consistente.