4.11.24

Falta oficialização mas Freire já não orientou a equipa no treino de hoje. Quem está de saída? Quem assume? Gama fica?



O Rio Ave enfrenta já este sábado o Boavista no Estádio do Bessa, num encontro importante para o campeonato. É um jogo crucial contra uma equipa que luta pela manutenção, enfrentando também dificuldades financeiras que os impediram de reforçar o plantel.

Estamos a viver dentro no nosso clube uma fase de transição após o afastamento de Luís Freire do comando técnico, ainda que oficialmente a desvinculação não tenha sido consumada.

A situação levanta algumas questões: quem orientou a equipa no treino de hoje à tarde? Posso garantir que Freire já não orientou o treino desta tarde apesar da sua saída não é oficial? Será um dos adjuntos a tomar as rédeas? E quanto a Gama que acompanhou Freire durante o seu percurso — permanecerá ele na estrutura técnica ou estará também de saída?

Para além disso, tenho as minhas dúvidas quanto ao timing do despedimento de Freire. Com o campeonato a parar por duas semanas após o jogo com o Boavista, esta seria uma excelente oportunidade para a equipa técnica se adaptar e implementar uma nova metodologia de trabalho. Será que este foi o melhor timing para tomar a decisão?

O momento escolhido para o despedimento de Freire, na minha opinião, levanta questões legítimas. Por um lado, a decisão pecou por ser tardia, com muitos a defenderem que esta mudança deveria ter sido feita já há algum tempo, num esforço para evitar que o Rio Ave se visse enredado numa série de empates e exibições aquém do esperado. No entanto, o facto de o campeonato estar prestes a entrar numa pausa faz questionar a lógica desta transição nesta semana específica.

A saída de Freire, se fosse inevitável, poderia talvez ter sido prolongada por mais uma semana, permitindo que a equipa continuasse a preparar-se para o jogo contra o Boavista sem distrações ou mudanças na liderança. Com a pausa para os compromissos internacionais e a Taça de Portugal, haveria então uma janela ideal para que o novo técnico chegasse e tivesse tempo para se adaptar, integrar-se e conhecer melhor o grupo. Esta fase de pausa é geralmente crucial para os ajustes e seria uma oportunidade ideal para uma transição tranquila e ponderada.

Enquanto se aguarda a oficialização do novo comando técnico o tempo corre. A direção terá agora a responsabilidade de garantir uma transição rápida e eficaz, de forma a tornar esta mudança o mais “pacifica” possível.

Esta pausa no campeonato pode representar uma excelente oportunidade de reorganização, mas o impacto do timing desta decisão no jogo de sábado poderá ter repercussões (sejam elas positivas ou negativas). Que o próximo passo seja dado com convicção e que traga ao Rio Ave a estabilidade que a nossa equipa e adeptos tanto anseiam.