2.11.25

(0-4 com o Estoril) Sotiris: quantos pedidos de desculpas mais?

Após a derrota frente ao Sintrense, da quarta divisão, o treinador pediu desculpas. Todos elogiaram.

10 dias depois, após a humilhante derrota e nula exibição de ontem, frente ao Estoril, Sotiris voltou a pedir desculpas.

A minha pergunta é, para o treinador e para o seu patrão: quantas vezes mais Sotiris terá de pedir desculpas para se perceber que não há mais condições? Insisto. Para o próprio, que me parece uma pessoa muito decente, e para o patrão. 

Ontem, mais do que em Sintra, Sotiris esteve realmente mal.

- voltou, frente a um adversário pior classificado do que nós, a jogar com três centrais;

- juntou mais dois médios defensivos e apresentou-se (há muitos anos que não via uma coisa destas no onze inicial na nossa equipa) sem qualquer médio mais avançado ou criativo (Aguilera, Pohlmann, Graça no banco).

- após a expulsão, manteve tudo como estava (estava mesmo a ver-se que era preciso dar mais criatividade ao meio campo);

- pior, e para mim incompreensível: já a perder por 2-0, regressa do intervalo sem substituições, mas cinco minutos depois chama dois jogadores. O que é que mudou em cinco minutos? Que plano tinha que se esfumou em cinco minutos? Os jogadores também interpretam o jogo e percebem que alguma coisa não está bem com as ideias do treinador. 

- até final, foram mais algumas opções erradas, como a saída de Lombotto (provavelmente o melhor em campo) ou a entrada de Gual para médio!

- Para terminar da pior forma, após o apito final, Sotiris saiu para os balneários, deixando os jogadores sozinhos em campo. Ou saem todos, e explicam-se no fim, ou ficam todos. Claramente uma opção infeliz do treinador grego.

Em resumo, o melhor do jogo? O resultado. Podiam ter sido seis ou sete. E o guarda-redes do Estoril sem uma defesa em 90 minutos.

 PS - lembram-se do Rio Ave - Nacional da segunda jornada? O Nacional teve um jogador expulso aos 40 minutos, mas na segunda parte nunca deixou de procurar o empate, que conseguiu. Eles tiveram a atitude que o Rio Ave ontem nunca teve.


 

 

"Sintrense" dá 4 ao Rio Ave nos Arcos






Ontem saí do jogo frente ao Estoril com a sensação de estar a reviver o Sintrense-Rio Ave.
A mesma apatia, a mesma falta de ideias, o mesmo vazio dentro de campo.

O Rio Ave foi praticamente inexistente durante os 90 minutos. Não produziu nada ofensivamente e mostrou uma vez mais as mesmas fragilidades que têm marcado esta temporada: uma equipa sem alma, sem criatividade e sem fio de jogo.

A única nota positiva vai mesmo para Lombotto, que aproveitou bem a oportunidade. Com Panzo castigado, o jovem central pode ser chamada para ocupar aquela posiçao e mostrando qualidade também possa agarrar um lugar no onze.

Agora, com a pausa do campeonato à porta (depois do Alverca), fica a pergunta inevitável: será este o momento ideal para mudar o rumo?
Sotiris parece ter esgotado a paciência de muitos adeptos e, mais preocupante ainda, parece ter perdido a da própria equipa. Talvez a paragem da próxima semana seja, de facto, o momento certo para virar a página.