3.11.25

Ainda a AG da semana passada: aquilo de que não se falou

O Reis do Ave já contou aquilo que de mais importante aconteceu na Assembleia Geral Ordinária, da semana passada. Por razões de saúde, tive de faltar. E por isso só posso falar do que não aconteceu. 
E o que não aconteceu foi que, pela primeira vez, quebrando uma tradição que o então presidente da Assembleia Geral (que saudades...) impusera à Direção, não houve informações sobre as contas da SAD (antes SDUQ).
Apenas ficámos a saber que há 19 milhões de euros de prejuízo e que, segundo a Presidente, isso resulta de investimentos em obras e no plantel (o acionista poderia ter vendido alguns jogadores, mas preferiu manter a qualidade da equipa, foi dito). 

Esta falta de informação surpreendeu-me.
Primeiro porque, até agora, sempre foi ponto de honra da então vice presidente e agora Presidente trazer informação da 'nossa participada', em nome da transparência. Veja-se o nível de detalhe que nos foi dado há um ano. Instruções de Atenas?
Segundo, porque as informações respeitantes à época 24/25 da Rio Ave SAD, existem algures e poderão ser públicas, se soubermos/pudermos lá chegar.
Terceiro porque, acho que já todos aprendemos, 'esconder' serve quem?

Sem outras informações, resta juntarmos os mais de 5 milhoes de direitos televisivos aos 19 e concluir que a SAD teve pelo 24 milhões de euros de faturação (há um ano, na AG, falou-se em 26 milhões). Se Marinakis gastou, vá lá, 2 milhões (os números são relativos relativos à época 24/25, recorde-se) em obras, isso quer dizer que pelo menos 22 foram para o futebol (números por baixo, insisto).

Também poderá ter havido redução do passivo e isso seria uma boa notícia. Que não nos foi dada.
 
Sobre o orçamento para o futebol, havendo uma parte que é passes de jogadores (os de André Luiz e Clayton foram adquiridos em 24/25, parcial ou totalmente pagos), a parte principal do bolo é ordenados. E aí voltam as questões da qualidade do investimento versus os resultados alcançados.