O João Paulo Meneses escreveu sobre o amadorismo que caracteriza a estratégia de comunicação da Rio Ave SAD.
Deu como exemplo a apresentação do Masterplan:
“Haja ou não dúvidas sobre o que vai ser feito, é um enriquecimento do património do Clube e melhores condições para adeptos e atletas. São boas (excelentes, mesmo) notícias, portanto.”
Concordo com o João. E podia acrescentar outro exemplo: a equipa sénior de futebol jogou no sábado, saiu uma crónica sobre o jogo — com meia dúzia de linhas e uma “análise” que pouco refletia o que se passou em campo — e desde então, silêncio absoluto. Hoje é dia 5. Quatro dias depois, e o clube continua sem comunicar mais nada.
Mas deixemos o futebol e foquemo-nos no Masterplan.
Por que motivo o clube não elucida melhor os sócios sobre o que está a ser feito?
No último jogo nos Arcos, muitos se depararam com o avanço da construção junto ao estádio. Nas bancadas, ouviam-se comentários (irónicos) de adeptos que acreditavam tratar-se dos novos armazéns da Câmara Municipal, tal é o aspeto metálico e inacabado da estrutura neste momento.
Acredito — e espero — que se trate de uma construção modular e que a aparência final nada terá a ver com o que hoje se vê.
Mas este episódio ilustra bem o ponto: se o clube comunicasse de forma clara, cuidada e próxima, estas conversas nem sequer existiriam.
Comunicar também é construir.
E quando não se explica o que se está a fazer, abre-se espaço à especulação, à desinformação e à distância entre o clube e os seus sócios.
