O Rio Ave disputou o seu último jogo oficial a 8 de Novembro e só voltará a competir no dia 30 do mesmo mês.
São 22 dias sem qualquer jogo oficial.
Quase um mês parado. Quase um mês sem ritmo competitivo.
As razões desta longa interrupção são conhecidas:
- Pausa internacional para jogos das seleções.
- Paragem do campeonato devido à 4.ª Eliminatória da Taça de Portugal.
Até aqui, tudo normal. O que já não é tão normal é a forma como estas pausas afetam — e penalizam — as equipas que já foram eliminadas da Taça de Portugal.
É verdade que o Rio Ave não joga este fim de semana por culpa própria, fruto da eliminação precoce frente ao Sintrense. Mas mesmo reconhecendo isso, continua a ser legítimo questionar: faz sentido uma paragem tão longa para quem já está fora da prova?
Na minha opinião, não faz.
Esta pausa excessiva parece mais um erro de organização do que uma necessidade real.
Facilmente a FPF poderia distribuir os jogos da Taça ao longo da semanas.
Jogos a meio da semana não são novidade nenhuma — aliás, são prática comum na maioria das ligas europeias. E assim, evitava-se uma paragem que prejudica quem já está fragilizado: os clubes eliminados, que ficam semanas sem competir e entram novamente em campo sem ritmo e sem continuidade.
Num futebol que exige cada vez mais planeamento, competitividade e rigor, estas pausas alargadas parecem tudo menos uma solução eficiente.

