Ontem, após mais um jogo do Rio Ave, senti que era o momento certo para escrever sobre Petit. O técnico chegou a Vila do Conde para substituir Luís Freire e, ao fim de 15 jogos no comando da equipa (12 para o campeonato e 3 para a Taça de Portugal), já é possível fazer um balanço mais concreto do seu desempenho.
Na Taça de Portugal, os resultados foram positivos: três vitórias em três jogos, ainda que uma delas tenha sido decidida apenas nas grandes penalidades. Já no campeonato, o registo é mais modesto – em 12 jogos, Petit conquistou 3 vitórias, 5 empates e 4 derrotas.
A título de curiosidade, decidi comparar estes números com os do seu antecessor, Luís Freire. Antes de sair, Freire realizou 10 jogos na Liga, conseguindo 2 vitórias, 3 empates e 5 derrotas. Se retirarmos os dois jogos mais recentes de Petit para termos uma base comparativa igual, o atual treinador do Rio Ave apresenta apenas mais uma vitória que Freire nesse período. Uma diferença mínima.
Quando Petit assumiu o comando técnico, viu-se uma equipa com mais vontade e intensidade, muito por força da alteração do sistema tático, que levou a equipa a ser mais ofensiva. Contudo, à medida que as jornadas foram passando a coisa perdeu um pouco de furor quando se esperava que a qualidade de jogo fosse superior à que temos visto.
Seria incoerente não apontar esta crítica neste momento, ainda para mais quando faltam apenas quatro jornadas para que Petit complete uma volta inteira como treinador do Rio Ave. Até agora, a sorte esteve, em alguns momentos, do lado de Petit, algo que Luís Freire nem sempre teve. Mas sorte não pode ser plano de jogo.
Se nos próximos tempos a equipa não demonstrar uma evolução clara na qualidade de futebol praticado, é legítimo questionar se Petit merece continuar para além de junho. E, se nada mudar até lá, não me surpreenderia que a direção optasse por não renovar o seu vínculo.