Há dias, li no Reis do Ave um artigo do João Paulo Menezes sobre a possibilidade de termos o melhor quarteto defensivo dos últimos anos. Em teoria, até posso concordar que o potencial está lá, mas há um dado que me impede, para já, de subscrever essa ideia: o Rio Ave, desde que Petit assumiu o comando técnico da equipa, sofreu sempre pelo menos um golo por jogo.
São 15 jogos consecutivos sem conseguir manter a baliza inviolada. É verdade que nem sempre jogaram os mesmos quatro defesas – até porque dois deles chegaram apenas no mercado de inverno –, mas também é verdade que, mesmo quando o falado quarteto defensivo esteve em campo, os golos sofridos continuaram a acontecer.
O caso mais evidente foi o jogo frente ao São João de Ver, equipa do terceiro escalão do futebol português, onde também sofremos um golo. Se a solidez defensiva é um dos principais critérios para avaliar a qualidade de uma linha defensiva, então parece-me que este quarteto ainda não demonstrar em campo todo o potencial que teoricamente tem.
Se há potencial? Sim, acho que sim. Mas até que essa evolução se traduza em consistência e solidez defensiva, penso que ainda é cedo para atribuir esse estatuto a este quarteto.