Em Portugal, existe um problema que é transversal a muitos campeonatos: a influência dos apanha-bolas no ritmo de jogo. É frequente vermos equipas da casa instruírem os apanha-bolas para acelerarem a reposição de bola quando estão em desvantagem ou, pelo contrário, retardarem o processo quando a sua equipa está em vantagem. Esta prática não só coloca em causa a igualdade competitiva, como também pode gerar situações de conflito entre jogadores e apanha-bolas. Será que não está na altura de seguirmos o bom exemplo da Premier League e introduzirmos medidas claras para resolver esta situação? Penso que sim, e a Liga Portugal vai avançar já hoje com o teste. O teste vai ocorrer na Final Four da Taça da Liga.
Espero que venha para ficar!A Premier League implementou, nesta temporada, uma nova regra para regular a atuação dos apanha-bolas e promover maior transparência no jogo. De acordo com as novas regras, os apanha-bolas estão proibidos de entregar a bola diretamente aos jogadores. Caso isso aconteça, o lance é imediatamente anulado pelo árbitro.
Mas como funciona este sistema? Quinze bolas são posicionadas ao longo do campo, cada uma sobre um cone específico. A função dos apanha-bolas limita-se a garantir que estas bolas sejam colocadas de volta nos cones assim que utilizadas, permitindo que os jogadores sejam os únicos responsáveis por recolher as bolas. Há, no entanto, uma exceção: os apanha-bolas que se encontram por trás das balizas podem entregar a bola diretamente ao guarda-redes.
Esta medida tem como objetivo eliminar qualquer interferência externa no ritmo do jogo, seja ela intencional ou não. Além disso, previne potenciais conflitos entre jogadores e apanha-bolas – algo que, infelizmente, já assistimos em várias ocasiões – e evita situações de "jogo sujo" onde a manipulação do tempo é utilizada como uma arma tática.
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