25.4.21

Descontrolo emocional

O árbitro de hoje merece-me uma referência: fraco. Toda a gente se queixa que em Portugal há pouco tempo útil de jogo, que os jogadores simulam muito, param muito, perdem demasiado tempo por qualquer motivo. Concordo que digam que é a cultura estabelecida, que é algo que está no ADN do nosso futebol. Mas não tenho de concordar que os árbitros sejam levados pelas artes teatrais dos jogadores e validem esses comportamentos. Muito menos aceito que com a tecnologia de VAR apitem a cada 15 segundos, a cada contacto, a cada rajada de vento. Se os árbitros apitarem menos, os jogadores cairão menos. Se alguma falta não sancionada influir num resultado, o VAR que auxilie. 
Isto leva-nos a Ivo Pinto. Amarelo chegava para a reacção que teve? Sim, aliado a uma multa pesada se o árbitro se achasse muito ofendido na sua honra ou fosse lá o que fosse. Mal o árbitro. Exibir vermelho directo com tanta facilidade é uma patetice. Há pelo menos uma reacção de um jogador do Paços junto do quarto árbitro com imenso fervor que nem amarelo mereceu. Tenho, no entanto, de concordar que Ivo se coloca a jeito com demasiada facilidade. Gosto muito da raça do Ivo, mas alguma contenção a forma como se manifesta verbalmente só o beneficiava. No turbilhão de emoções que a sua expulsão gerou também o presidente acabou expulso.
Olhando para os nossos últimos 5 jogos são 4 expulsões. A de hoje e a de Filipe Augusto contra o Gil Vicente são de descontrolo emocional. Também a de Léo Vieira no Bessa, mas nesse caso o jogador estava no banco.

A estabilidade emocional faz muita diferença  e nota-se mais quando tudo nos corre mal. Esta temporada tem falhado muitas vezes e não se tem encontrado solução. Ainda há tempo, mas não convém ficar parados na revolta do que se considera  ter sido injusto.