7.4.21

A relação do Rio Ave com os adeptos


Com a derrota caseira do último fim de semana agudizou-se um mal-estar entre os adeptos rioavistas. Ninguém gosta de ver o seu clube perder. A época tem registado resultados muito aquém das expectativas e com facilidade têm surgido dedos em riste apontados a diversos alvos, mas com preferência a jogadores e à Direcção. O Rio Ave tem uma forte presença nas redes sociais e sendo isso muito positivo, acaba por facilitar também a exposição a manifestações de desagrado de quem segue o clube. Cada moeda tem o seu reverso e é preciso saber viver com isso. Já anteriormente tinham surgido notas sobre censura nos comentários sobretudo no Facebook, situação que após a derrota com o Gil Vicente terá voltado a repetir-se.

A situação justificou inclusive uma tomada de posição do Provedor dos adeptos no site do clube no dia dia de ontem.

A forma como cada um se manifesta nas redes sociais é apenas sua responsabilidade. Acho que o clube faz muito bem em apagar um comentário quando acha que o limite da decência ou do bom-senso tenha sido ultrapassado. Já não entendo que apague um comentário quando o teor do mesmo não lhe agrade e, pelo que percebi, é disto que se trata. Como disse, há muitos proveitos a tirar da presença nas redes sociais, mas também há custos e um deles serão as manifestações de desagrado dos adeptos. Há que saber conviver com isso, por muito que nos custe ler coisas que não nos agradam. Não concordo com muita coisa que vejo nos comentários no Facebook do clube. mas tenho que perceber que há muitas sensibilidades distintas da minha e, regra geral, não as acho ofensivas da dignidade de ninguém.

Ter um clube onde só se espera que os adeptos batam palmas e aceitem sem crítica ou sem pensamento divergente tudo o que aconteça, é irreal. Estar num clube e desvalorizar quem o segue, quem o vive intensamente não faz sentido. Se o clube fosse uma SAD detida a 100% por uma pessoa que pagasse todas as contas e a quem fosse indiferente ter ou não adeptos, eu aceitaria. Não é o nosso caso. 

Na minha opinião, o clube comunica bem, tem um departamento que faz um trabalho digno, mas tem de aprender a viver com a diferença de opiniões.