31.12.25

Melhor jogador, melhor momento e pior momento de 2025 para os Bloggers do Reis do Ave




A diferença de opiniões é uma das principais riquezas do futebol - que piada tinha se todos nos gostássemos do mesmo e fizemos as mesmas avaliações?

Nesse sentido os colaboradores do Reis do Ave identificaram aquele que consideram o melhor jogador de 2025 e o melhor e pior momento do ano (civil).



Daniel Silva Gualter Macedo João Paulo Meneses
Melhor jogador de 2025 Miszta Clayton Clayton (poderia ser Miszta, mas Clayton esteve sempre em alta em 2025)
Melhor momento de 2025 Assistência Rio Ave VS Caxinas Futsal Quando garantimos a manutenção As vitórias sobre o Braga (2-1) e o empate com o FC Porto (2-2) em 24/25. A equipa jogava muitas vezes mal, mas também sabia jogar bem. Dois bons jogos que recordo já com saudades
Pior momento de 2025 Deterioração da ligação do clube com os seus associados AG pouco ou nada esclarecedoras e falta de transparência da SAD e Clube. A eleição como presidente da sad de Alexandrina foi um revés em termos de democracia e transparência sem paralelo no nosso clube Em março o Martinho levou-nos a cobertura da bancada e fomos para Paços de Ferreira. Uma desgraça nunca vem só. E todos a perguntarem pela nova bancada. Depressão...


Daniel Silva
Escolhi o Miszta como melhor jogador do ano do Rio Ave. Sei que muitos adeptos poderão discordar desta escolha, sobretudo por não nomear o Clayton, tendo em conta os golos decisivos que marcou ao longo de 2025. No entanto, considero que o contributo do Miszta foi absolutamente determinante em inúmeros jogos, evitando que o Rio Ave sofresse golos em momentos-chave — e isso também ganha jogos.
O papel do guarda-redes é, por natureza, mais ingrato. Enquanto os golos ficam registados nas fichas de jogo e na memória coletiva, as defesas decisivas tendem a cair no esquecimento com o passar do tempo. Daqui a alguns meses, quando olharmos para os resultados, veremos os marcadores, mas dificilmente nos lembraremos das uma ou duas intervenções fundamentais que evitaram derrotas ou permitiram conquistar pontos.
Ao longo de 2025, o Miszta foi muito mais do que um bom guarda-redes. Foi uma referência dentro de campo, um jogador decisivo em termos desportivos e alguém que representa o emblema do Rio Ave com entrega, identidade e compromisso.
É por tudo isto que a minha escolha recai sobre ele.
Como melhor momento, escolhi o Rio Ave vs Caxinas, em futsal. Nunca deixei de acompanhar a modalidade — mesmo não sendo um sócio que marca presença em todos os jogos, acabo por ir com bastante regularidade —, mas ainda assim fiquei surpreendido com a casa que encontrei nesse dia.O pavilhão estava praticamente lotado, maioritariamente por sócios do Rio Ave, com muitas pessoas vestidas de verde, apesar de o adversário ser um clube da terra de uma grande parte dos associados do nosso clube. Esse detalhe tornou o ambiente ainda mais especial.Foi bonito sentir que o futsal tem importância real para os associados do Rio Ave FC e, ao mesmo tempo, sair vitorioso naquele que foi o primeiro dérbi da cidade na primeira divisão. Um momento marcante, dentro e fora do campo.Como pior momento, não escolhi um episódio específico, mas sim algo que marcou este ano civil como um todo: a deterioração da ligação entre o clube e os seus associados.
O afastamento dos sócios é notório e facilmente comprovável, por exemplo, pelas assistências nos jogos. As causas parecem claras e estão relacionadas com o tipo de liderança que a SAD e o Clube têm vindo a assumir: uma cultura de pouco esclarecimento, pouca partilha e uma lógica de “quero, posso e mando”. Este modelo, inevitavelmente, acaba por afastar muitos associados.
Basta olhar para as redes sociais. Há alguns anos, com sensivelmente metade dos associados atuais, existia muito mais interação — e, sobretudo, uma interação mais positiva. Hoje, apesar do crescimento numérico, sente-se um distanciamento evidente.
A demissão de várias pessoas da direção do clube, motivada pelo facto de se sentirem afastadas dos processos de decisão e da partilha de informação, acaba por confirmar que esta deterioração da ligação não se limita aos associados. Ela existe também dentro da própria estrutura do clube.