Foto: Ivan Del Val/Global Imagens |
Escrevo sem qualquer inside information sobre o que possam ser as ideias da Direcção quanto ao trabalho que Mário Silva tem feito. Sobre o que os adeptos pensam, parece-me que estamos conversados, a opinião não é positiva.
Nas redes sociais as manifestações de desagrado não faltam. Há quem diga que a equipa só jogou bem enquanto ainda tinha as rotinas da época passada e que à medida que o treinador tenta impor o seu modelo a equipa piorou gradualmente. Há quem diga que não tem unhas para um plantel de muita qualidade, há quem diga que não controla os pesos pesados do balneário.
Não estaremos a ser precipitados ao pedir a cabeça do treinador?
A minha grande preocupação depois da eliminação da Liga Europa era saber até que ponto a moral da equipa se ia aguentar em níveis elevados. Cair como caímos não nos desonra, mas deixa marcas porque o jogo, há que dizê-lo sem rodeios, esteve nas nossas mãos diversas vezes. O jogo que se seguiu â queda foi a recepção ao Benfica e os sinais não foram animadores. Mas se o Benfica não era talvez a melhor equipa para testar o estado de espirito do grupo, os jogos que se seguiram confirmaram os meus receios: a chama foi-se.
Não sei até que ponto o treinador ou "o seu modelo de jogo" sejam responsáveis por esta quebra. O que sei é que um treinador tem de estar sempre do lado da solução e nunca do problema.
Dito isto e sem certezas, repito a questão: Não estaremos a ser precipitados ao pedir a cabeça do treinador?