16.12.07

13ª j - VARZIM - Vitória do ego

Somos melhores que o Varzim. Vencemos por isso.

E também porque depois do teste da Taça, Eusébio encontrou o esquema ideal para colmatar a ausência de NIquinha e mais do que isso, para ultrapassar o que nos falta desde que Ricardo Nascimento saiu para a Coreia: um organizador de jogo. O 3-5-2 ainda não está completamente rotinado, mas serve na perfeição para aproveitar o jogo ofensivo dos nossos laterais. E com Delson e Vitor Gomes a jogarem muito bem no centro, fomos superiores em 80% do encontro. O Varzim criou mais perigo nas bolas paradas (sobretudo em cruzamentos para a área), mas notou-se que era uma equipa curta para um Rio Ave muito organizado e tão forte a sair para o ataque, mesmo tendo uma dupla de avançados que até nem esteve muito inspirada. E só por isso a vitória não foi mais dilatada.

Mesmo assim, Keita foi o homem do jogo, não tendo porém sido o melhor em campo. Na única oportunidade clara para marcar não falhou.

Vítor Gomes foi para mim o melhor em campo. Esteve em todo o lado, correu a todas as disputas, dobrou colegas, não desistiu de uma única bola. Delson e Miguel Lopes estiveram também em plano de destaque, sobretudo este último, que parece estar muito à vontade neste esquema táctico.

O treinador: hoje Eusébio leva nota máxima, 5, porque teve a estrelinha de manter Keita, quando eu já há muito o teria substítuido. Mas teria sempre boa nota: porque vencemos um rival muito 'especial', porque o vencemos sendo melhores, porque foi ousado tacticamente.

Encontro muito especial
A rivalidade não morre. Pode adormecer, hibernar, ir de férias uns tempos, mas não morre. E posso estar errado, mas é mais sentida pelas gentes do Varzim do que pelos adeptos do Rio Ave. Nunca tinha assistido a um Varzim-Rio Ave absolutamente isolado entre adeptos alvinegros. O sangue ferve com muita facilidade, a linguagem usada para com os nossos jogadores e adeptos era condimentada com adjectivos picantes e fortes. Às vezes para lá do razoável.

Senti-me uma ilha. Ou o soldado na parada que marcha de forma diferente de todos os outros. Só que desta vez, eu era o único que estava MESMO certo. E o único a sorrir no fim.

3 comentários:

Anónimo disse...

"...A Rivalidade não morre. È mais sentida pelas gentes do Varzim do que pelos adeptos do Rio Ave"...

Discordo, eu amo tanto o RA e odeio tanto o Varzim que é dificil existir uma diferença tão grande como a que tu apontas. E não sou a única, conheço mais pessoas assim.
Se calhar precisas levar um banho de amor ao RA para perceberes o pk de nos odiarmos tanto.
Se calhar devias amar mais o RA.

Gil disse...

É uma questão semântica: amar. Amar ama-se a família, os amigos, ..., mas entendo o seu ponto de vista. E nesse campo acho que nos diferenciamos pelo tipo de amor ao clube. Pelo que me parece a Caxineira ama o Rio Ave de paixão, um amor fogoso e expansivo. Eu amo-o de uma forma mais recatada e tranquila.

O importante é amar, seja qual for a forma. E agora na época natalícia estamos mais dispostos a isso. Bom Natal para si. Ame muito!

Anónimo disse...

Caxineira, arranje uma vida. Amar um clube de futebol!!!
Devia sair mais vezes...
:))
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