27.6.25

Lugares anuais: vai ou não haver subida de preços?

Com a constituição da SAD no Rio Ave, muitas mudanças passaram a ser visíveis — umas mais evidentes, outras mais subtis. Uma das alterações significativas, mas menos faladas, prende-se com a definição dos preços dos lugares anuais: esta responsabilidade, que antes era da SDUQ (entidade detida pelo clube), passou agora para a esfera da SAD.

Esta transição levanta uma questão pertinente e que poderá estar na mente de muitos associados: irá o valor dos lugares anuais sofrer alterações já na próxima temporada?

Relembro os preços praticados para os sócios do Rio Ave na época transata.

Num contexto em que os adeptos são, mais do que nunca, chamados a apoiar o clube e a garantir presença regular nos jogos, qualquer alteração no preço dos lugares deve ser ponderada com sensibilidade. Afinal, o impacto de uma subida (ou mesmo de uma reconfiguração) nos preços pode ter consequências diretas na adesão dos sócios e no ambiente vivido em cada jornada.

Por curiosidade fui analisar os preços praticados pelo Olympiakos, clube que, como se sabe, pertence ao mesmo universo empresarial que detém atualmente a SAD do Rio Ave. Eis os valores praticados:

  • Bancadas Centrais: entre os 1200€ e os 1400€

  • Bancadas Laterais: entre os 450€ e os 500€

  • Atrás da Baliza: entre os 250€ e os 500€



É evidente que estamos a falar de realidades muito distintas, tanto em termos de dimensão de clube como do atual momento desportivo. Mas o paralelismo é inevitável, sobretudo quando há uma estrutura acionista comum e práticas de gestão partilhadas.

Na introdução do plano de atividades que será apresentado na próxima Assembleia Geral, a presidente do clube, Alexandrina Cruz, sublinha a existência de uma relação de grande cooperação entre o clube e a SAD. Sendo assim, é natural supor que o clube esteja ao corrente das decisões (ou intenções) da SAD nesta matéria — incluindo se haverá ou não atualizações nos preços dos lugares anuais.

Se a manutenção do valor atual for a decisão tomada, será certamente bem acolhida pelos sócios. Se houver alterações, será importante que sejam comunicadas de forma clara, com justificações coerentes e com uma preocupação de manter o estádio acessível a todos os adeptos que fazem do Rio Ave mais do que um clube: uma identidade.