23.5.19

Reis do Ave em maioria contra saída de Daniel Ramos

Carlos Francisco:
Por mim ficava. Fez tantos pontos ou mais na segunda volta como os que por cá passaram com sucesso.  Começou mal, mas quando teve opções e com o tempo de trabalho com a equipa mostrou bons resultados e bom futebol contra adversários superiores e/ou diretos. Depois de ultrapassar uma fase má, ao não ser excluído nessa altura, dificilmente se entende tê-lo sido agora, porque difícil não é chegar de novo e mostrar pontos nos primeiros 2 ou 3 jogos; dificil é estar lá em baixo, piorar e com a força do trabalho e da mensagem ter liderança para dirigir e reerguer um grupo e orientá-lo para que fosse possível sustentadamente sair do fundo do poço.

Gil Ribeiro Silva:
Daniel Ramos não mostrou nos momentos mais complicados da época mão de feiticeiro para fazer um brilharete. Daniel chegou a meio da época, não participou nas escolhas do plantel no início do plantel, não tem culpa das lesões e quando voltou a ter toda a gente disponível arrancou para uma série de boas prestações e resultados. No entanto, fica a ideia que qualquer outro técnico também faria a equipa melhorar recebendo tamanha injecção de qualidade. Merecia o benefício da dúvida? Defendi a certo momento da época que não era o homem certo no lugar certo, mas acho que lhe devia ser dada oportunidade face ao bom final de época que nos proporcionou.

Gualter Macedo:
Mesmo sabendo hoje que Daniel Ramos não vai continuar no Rio Ave, talvez fique com a sensação de que este podia ter tido outra sorte. A ausência de jogadores importantes ora por lesão, ora por castigo, aquando da sua chegada, talvez tenha contribuído para essa falta de sorte. Mas acho também que Daniel demorou muito tempo a perceber como podia extrair o melhor dos jogadores disponíveis e a colocar esta equipa essencialmente a ganhar. Essa indefinição prolongada, principalmente no sistema de jogo (tivemos jogos muito maus, que também devem ter assustado o próprio), retiraram a Daniel alguma capacidade negocial no que toca à sua continuidade, bem como à perda de algum crédito para com a massa associativa (os tais 6 meses de ausência de vitórias em casa). Eu entendo a sua saída (em Vila do Conde os santos da casa nunca fizeram milagres), e também concordo com ela. Assim ninguém sai chamuscado, ele saiu de Chaves e o Chaves desceu, mas ao mesmo tempo colocou o Rio Ave no 7º lugar, que, não sendo o pretendido, é talvez o melhor que ele pode fazer dadas as circunstâncias. Mas também fico com a sensação de que tudo poderia ser diferente para melhor, caso a nova época fosse totalmente preparada pelo Daniel. Boa sorte Daniel, um dia talvez regresses e poderás confirmar o que digo…No futebol tudo é possível.

João Paulo Meneses:
Penso que DR demorou demasiado tempo a acertar no onze (havia lesionados, mas não justifica tudo), a tirar o melhor rendimento dos jogadores e a mostrar um futebol com qualidade (que se viu contra FC Porto e Benfica). E - principalmente - achei que foi bastante conservador ao longo da época (joga muito pelo seguro e, de uma forma geral, é mais defensivo do que aquilo que eu gostaria). Se a Direção decidisse renovar com Daniel Ramos, seria o meu treinador Mas em coerência com o que escrevi a seguir ao jogo com o Aves (agravado em Alvalade) entendo como correto procurar alguém com outro perfil.

Vítor Carvalho:
"O míster Daniel Ramos assumiu o cargo de treinador do Rio Ave FC com a missão de levar a equipa à Liga Europa. Entrou num momento em que a equipa já estava a passar um período menos positivo. Também viu a equipa ficar desfalcada do ponta de lança até aí titular indiscutível. A equipa passou por momentos de muitas dificuldades, mas acabou por conseguir atingir bons resultados e termina a época em excelente forma, intrometendo-se claramente, na definição do título de campeão da presente época. Entendo que, dadas as circunstâncias, o Daniel Ramos fez um bom trabalho e a sua continuidade para a próxima época devia ter sido assegurada."