Nota prévia: dos jogos com menos assistência que me lembro de ver em casa para o campeonato.
Pode um jogo começar pior? Pode. Por acaso até já aconteceu e sabem contra quem?
Bem, depois desse erro terrível e do golo do adversário, eu acreditava que ia ser uma tarde penosa, uma equipa que vem de derrotas pesadas não encontra facilmente forças para se motivar. Enganei-me. O Rio Ave não se encolheu, disse presente, empata num penalty por Hassan e depois vira por Braga ainda na 1ª parte. Ainda houve mais uma bola no poste e na recarga dois jogadores a não conseguirem fazer o 3-1. O Setúbal fica com 10 e os meus receios esfumaram-se porque se já com 11 o Setúbal só tinha durado nem 15 minutos, agora não iria fazer mossa. Não foi bem assim. O Rio Ave pareceu-me acomodar-se na vantagem de golos e de homens e não fez muito mais para se adiantar mais no marcador. O Setúbal, em sacrifício, foi crescendo aos poucos e quando o árbitro decide expulsar Hassan cresceu ainda mais. Depois oportunidades de lado a lado, o Setúbal mais dominador, mas a não conseguir criar muito perigo. Os meio-campos quase desapareceram, houve emoção até ao fim. Eu não gosto de emoção até ao fim, gosto de jogos ganhos com facilidade e sem calafrios. Mas não me posso queixar, no fim de contas somámos mais 3 pontos.
Nuno: entendo a utilização de Braga. Afinal jogámos em casa e era preciso um homem que estivesse no meio-campo mas com os olhos postos na baliza. E resultou. Não entendo sem ser à luz da necessidade de mostrar um jogador para o vender a presença de Filipe Augusto na equipa inicial. Ou então, sentar Tarantini no banco pode ter razões que eu desconheço. Se é assim e estou enganado, as minhas desculpas mister. Tudo esprimido, dou-lhe nota 3. Jogo pobre mais uma vez, mas boa reacção ao golo do adversário e 3 pontos que vão mantendo uma réstia de esperança no objectivo europeu que assumiu.