Até nos clubes 'grandes' os treinadores não podem ignorar que há razões extra-futebol que podem condicionar as suas opções (Rolando ou Iturbe no FC Porto, por exemplo), mas no Rio Ave isso é muito mais evidente.
Júlio Alves precisou de aparecer para ser vendido. E com isso beneficiou o Rio Ave.
Critiquei Carlos Brito na altura, por aquilo que me pareceu ser alguma falta de flexibilidade para colaborar com uma estratégia que permite pagar ordenados.
Vem isto a propósito de uma questão simples: sábado, em Paços de Ferreira, Filipe Augusto ou Vilas Boas?
Vilas Boas merece a oportunidade, sem margem para dúvidas. Mas e se Filipe Augusto tiver de jogar para viabilizar uma saída?
Não é fácil o papel do treinador, mas parece-me essencial que toda a equipa (treinadores e jogadores) estejam sintonizados com os objetivos.
Obviamente que não defendo que essa opção pela valorização enfraqueça a equipa, mas - insisto - há prioridades mais importantes. E sem venda de jogadores não conseguiremos competir na próxima época!