O parecer de Vítor Pinto, jornalista do Record e atento observador da realidade Rioavista.
"Curiosamente acabei por ficar apenas com avançados, talvez porque criam maiores expectativas.
1) Rivaldo, avançado, 2000/01
Chegou por empréstimo do Deportivo da Corunha e a diferença de qualidade era de tal ordem nos treinos que só pelo nome se entende que tenha sido contratado pelo emblema galego. Como era de esperar nunca jogou oficialmente pelo Rio Ave, apesar da sua contratação ter gerado alguma expectativa... uma vez mais pelo nome.
2) André Jacaré, avançado, 1998/99
Foi o jogador mais caro de sempre da história do clube à altura e, vindo do Santa Cruz, pretendia-se que fizesse a diferença no ataque após a época de sonho de 1997/98. Nunca deixou a mediocridade, nem sequer era um verdadeiro 9 e acabou a jogar no Vianense, Canelas, Rio Tinto e Leça. Isso diz tudo e torna dificilmente explicável a contratação.
3) Franco Parodi, avançado, 2009/10
Já na era Silva Campos o Rio Ave decidiu investir 200 mil euros num jovem argentino, de 19 anos, que tinha estado na Rússia por empréstimo do Defensores de Belgrano. O trabalho de casa tinha sido mal feito e o avançado passou menos de 3 semanas vinculado até pedir para sair, nunca tendo evoluído na carreira. Nem sequer chegou a fazer bons títulos...
4) Honest Amaobi, avançado, 2004/05
Avançado nigeriano possante e promissor, que chegou do Vietname por recomendação de Henrique Calisto. Assinou contrato mas a federação vietnamita entendia que ainda tinha vínculo válido com um clube local, pelo que se recusou a emitir o certificado internacional. Mostrou grande qualidade nos treinos mas nunca competiu oficialmente. Após uma queixa à FIFA, pediu para ir ao Vietname resolver diretamente o problema e... por lá ficou.
5) Chicabala, avançado, 1998/99
Talvez a primeira aposta que Jorge Mendes colocou em Vila do Conde. Veio do Forjães, dos distritais de Braga, e apesar de ser muito trabalhador e ter condições físicas interessantes, Chicabala acusou irremediavelmente a falta de formação adequada. Marcou um golo ao V. Setúbal e depois mergulhou nos escalões secundários.
Menção Honrosa) Marko Pantelic, avançado, 1997/98
Um jovem sérvio que se viria a tornar uma vedeta internacional. Chegou a Vila do Conde para treinar-se à experiência por empréstimo do Paris Saint-Germain. O que poderia ter acontecido nunca vamos saber porque, ao fim de menos de uma semana, a falta de adaptação associou-se ao temperamento problemático que criou problemas no balneário e o regresso a Paris foi a única saída.