14.5.24

O papel da Direção no sucesso desportivo deste ano

Já falei dos jogadores, já falei do treinador é tempo de falar daquele que foi o contributo da Direção para o sucesso desportivo alcançado.

1. Freire dividiu os adeptos (uma percentagem não negligenciável, penso, tê-lo-ia despedido, se pudesse, a meio do caminho), mas não a Direção, ou pelo menos a Presidente, que já deixou os maiores elogios ao treinador;

2. Já disse o que penso sobre a generalidade dos reforços, mas desconheço se foram nomes propostos pela Direção e aceites pelo treinador ou o contrário.

3. O negócio com Costinha merece elogios: embora os contornos não sejam completamente conhecidos, vender o jogador (ao Olympiakos?) e ter ficado com ele na segunda volta foi de mestre: entrou o dinheiro ainda antes da SAD e a equipa não ficou fragilizada.

4. Relativamente às arbitragens, hoje tenho uma ideia diferente da que muitas vezes aqui exprimi: criticar publicamente os árbitros só mesmo em último caso, porque acredito que eles tendem a castigar (por solidariedade/corporativismo) os clubes que os atacam, sobretudo quando são ataques fortes e clubes mais pequenos. Alexandrina Cruz foi à sala de imprensa na 11ª jornada (em Barcelos) e não voltou a fazê-lo. Penso que foi inteligente: em toda a segunda volta, que me recorde, só tivemos dois jogos com arbitragens negativas (Chaves e Arouca). Em contrapartida, frente ao Sporting e frente a Braga a arbitragem decidiu a nosso favor lances bastante polémicos.

5. No auge das dificuldades, a Direção teve mais um contratempo: a estranha entrevista do diretor desportivo, que, como é evidente, ditou a sua saída. Imaginando que o diretor desportivo tem um trabalho para fazer, e como não foi substituído, foi mais trabalho que sobrou para quem ficou.

Em resumo: a Direção e Alexandrina Cruz podem e devem, justamente, reivindicar uma parte do sucesso alcançado esta época (algumas deslocações em massa de adeptos, sobretudo ao Bessa, não se podiam ter feito sem o apoio da Direção).