1. O Rio Ave não pôde fazer contratações no início da época e por isso teve de arrancar com os mesmos (saíram Samaris e Baeza e regressou Zé Manuel). Em muitos jogos, sobretudo quando as coisas estavam a corrrer mal, dei por mim a olhgar para o banco de suplentes e a constatar que Freire não tinha opções que fizessem a diferença.
2. Findo o castigo da UEFA e resolvidos os problemas financeiros, o Rio Ave atacou e trouxe 11 jogadores novos (Aziz foi um regresso). Todos pensámos, até pelo que o treinador foi dizendo, que esses reforços fariam a diferença.
3. Dos 16 golos marcados até agora na segunda volta, 6 foram de Aziz, 7 por jogadores que já cá estavam (Boateng e Joca, 3, Aderlan, 1) e 3 por reforços (Teixeira, Vroussai e Embaló). Ou seja, este critério poderia dizer-nos que os reforços não foram determinantes, mas não é justo: os reforços vieram sobretudo para a defesa e meio campo.
4. Ainda assim, é forçoso reconhecer que por opção técnica ou limitações físicas, apenas Aziz foi um indiscutível e verdadeiro reforço (no sentido de fazer a diferença). Vroussai, Embaló ou mesmo Tanlongo ou Teixeira mostraram qualidade, mas não foram determinantes. Outros, como Adrien ou Hélder Sá, quase não se viram. Fui dos que manifestaram perplexidade, durante a segunda volta, com o facto de os reforços não jogarem (mais).
5. Acresce que Guga saiu em janeiro e nunca teve um substituto à altura [no Beijing Guoan tem sido indiscutível].
Dito isto, a minha conclusão é esta: apesar de tudo, foi principalmente com os que cá estavam que Freire atingiu os objetivos. Acredito que não seja fácil gerir as expetativas de tantos jogadores que chegaram e que queriam jogar. Mérito para o treinador, portanto.