Luis Freire assume que vai continuar no comando da equipa, mas quer lutar para outros objetivos.
Notas da entrevista de Luís Freire ontem ao canal 11.
Vários objetivos cumpridos, estabilidade foi importante, tivemos
uma autêntica família, mantivemo-nos fortes e unidos até janeiro, e fizemos
disto objetivo. Quando janeiro chegou avaliamos muitos jogadores e conseguimos aumentar
a competitividade da equipa, o desafio foi não deixar entrar a instabilidade, a
par disso mantivemos a equipa á “tona”, nunca caímos no último lugar e isso foi
importante. No início da época, tivemos necessidade trazer jogadores jovens e
fazê-los crescer rapidamente.
Tivemos também uma Direção muito forte, a presidente
esteve sempre lá
À pergunta, porque
empata muitas vezes? - Jogo para
ganhar, e é curioso porque não perco, e dou 2 exemplos, em Portimão joguei para
ganhar e perco a vitória nos últimos minutos, e com o SLB, por exemplo ia
perder o jogo, e empatei nos últimos minutos, isto quer dizer que joguei para o
empate nos 2 jogos? Não, é futebol, e só se justifica assim.
Podemos ver as coisas pelo lado positivo ou pelo negativo, o
positivo é que na 2ª volta só perdemos 1 jogo, ou por exemplo em 2 anos só há 2
vitorias fora.
O melhor e o pior:
- Fomos sempre uma equipa muito competitiva. Com uma ideia
de jogo bem definida. - A equipa tenta sempre fazer o seu jogo, foi sempre
positiva, tivemos coerência na forma de jogar.
Conforme foi avançando o campeonato a equipa foi ficando
melhor, tivemos sempre coragem para pressionar
alto e de ter bola, tivemos sempre comportamentos de resiliência, e um grupo muito
forte.
Destaco como negativo alguma falta de controle emocional, demoramos
muito tempo a acreditar em nós. O estigma apoderou-se da equipa em determinada
altura, e acho que podíamos ter sido mais autoconfiantes na 2ª volta.
Destaques: Costinha
foi uma aposta minha na 2ª liga, assim
como no ano passado, este ano continuou e foi o dono do lugar(não percebi muito bem mas
creio que Luís Freire abriu a porta a costinha poder continuar mais uma época
no Rio Ave). No entanto Costinha evoluiu muito, está muito forte até no treino, evoluiu
muito na tomada de decisão, e também no processo ofensivo, tem personalidade, grande caracter
e muita ambição.
O mês de janeiro foi muito intenso porque quem vinha
tinha que se adaptar, e nós tínhamos que os integrar rapidamente. Os capitães
tiveram um papel fundamental sem dúvida
na integração dos que vieram. Mas quem chegou foi muito humilde. Adrian por
exemplo, foi um exemplo, e reforçou muito a nossa mística. Não jogou mais
porque teve algumas lesões. Tanlongo: Muito forte na construção de jogo, e na
sua ligação, jogou 600 min, ajudou-nos muito.
Salários em atraso: geriu-se naturalmente estávamos todos
no mesmo barco. Tudo o que podíamos fazer era por nós. Isso não podia ser
motivo de desculpa, focamo-nos nos jogadores, no processo e nos jogos que tínhamos pela
frente. A Presidente não se escondeu e deu a cara aos jogadores, assumiu o problema
e tranquilizou o balneário.
É seguro que, ou melhor dizendo tudo indica que vou continuar no
Rio Ave. Ao dia de hoje tenho contrato. Espero que o projeto seja mais
ambicioso na próxima época. Mas ainda me faltam dados. Eu quero jogar para objetivos
maiores. Para o ano não quero jogar para a manutenção.
Os meus objetivos no futuro são de chegar a clubes com outros
objetivos. Eu prefiro a pressão de ganhar. Sinto-me melhor em contexto de
ganhar, do que em contexto de jogar para me manter. Tivemos que perceber o fundo da tabela, para
conseguir gerir um pouco os objetivos.
Ukra:
Foi e tem sido um amigo, sem Ukra estaríamos mais fracos. O Ukra
é um exemplo. Ele treina sempre no limite, muito competitivo. O Ukra dá muito
dele aos outros com a sua a energia positiva, e alegria, consegue sempre ver o
lado bom das coisas.
Ukra entra na emissão e diz: -o que conseguimos foi porque na
verdade tivemos um grande treinador e um grande homem no nosso leme. Eu acho
que Luis Freire vai dar o salto em breve. Eu nunca fui tão bem preparado para
um jogo como fui com Luis freire. O Rio Ave tem sorte por ter Luis Freire.
Luis Freire agradece também ao staff do Rio Ave e aos restantes
membros da equipa técnica. Somos e fomos uma verdadeira família. Eu tive toda a
gente do meu lado quando tivemos 5 derrotas seguidas. Depois do click foi tudo melhor, e mais fácil.
Origens, do mar(Ericeira Mafra) ajudou muito a
compreender o Rio Ave. Nestes clubes trabalha-se muito. Muitas horas, revejo-me
muito com o espírito do pescador, do trabalho e espirito aguerrido, de serem puros.
Identifico-me muito com jogadores com traço de sofrimento, por
exemplo Graça e Teixeira, têm cunho no jogo sem bola, e identidade aguerrida.
Com Bola tínhamos que ter cabeça fria e eles davam isso. Gosto de centrais que
tem que assumir, e de guarda redes que
joguem subidos. Prefiro um jogador com propensão
para ter bola. Tentamos jogar de igual para igual contra os grandes.
A ideia de jogo é assente
sempre em 343 ou 352, tudo depende dos jogos, e adversários mas ao longo do
jogo as minhas equipas podem ter várias nuances para que se possa
superiorizar aos adversários. Jogamos num sistema semelhante ao do Sporting.
Quem me dera ter uma fornada de jogadores jovens para
fazer subir á 1 ª equipa. Pedro Cunha trabalha os sub23 para um jogo
ofensivo, faz parte da filosofia do clube. Plantel Ideal: 23+3, acabamos a
época com 25+4. Entre poucos jogadores e muitos, prefiro muitos.
Tenho que melhorar a questão dos cartões amarelos, pois fiquei
sem jogar após 5 cartões amarelos. Tenho mesmo que melhorar a questão do
controle emocional.